Quando chego na festa, agradeço aos céus por Hannah ter me ajudado a escolher a roupa, pois do jeito que sou, viria com uma calça jeans e uma blusa de moletom qualquer, mas hoje, me sinto muito linda e estilosa.
É claro que Hannah, está diva como sempre neh, fazendo qualquer garota da festa, babar de inveja nela e os garotos salivar em de desejo por ela.
- Fanny!!!!!!! - grita Millah jogando seus braços em cima de mim. - você veio mesmo garota! ai que tudooo!
- eu nem sabia que você estava aqui. - digo sorrindo no mesmo animo.
- Jhonatan me chamou, então eu vim. - ela responde.
- legaall! - grito, por cima da música agitada.
Ela se vira e depois volta a me olhar.
- tem um gatinho me chamando ali, você vai ficar bem?! - ela perguntou.
° relacionamentos abertos são meio...estranhos. °
- claro, vim com meus primos. - digo.
Ela se despede e sai, se jogando em cima de um garoto aleatório.
- Fanny, vem cá! bora bater uma foto. - me chama Dante me puxando, sem direito a recusar.
- oi. - comprimento Jhonatan.
- olá Estefanny, posso te chamar de Estefanny neh? ou prefere Estefânia? - pergunta ele.
- Estefanny ta ótimo. - digo com um sorriso.
Apesar de Jhonatan e eu nos conhecermos de vista por ele ser o namorado de minha amiga, nos nunca se falamos de verdade.
Quando batemos a foto, eu fecho a blusa pois não to afim de aparecer só meus peitos na foto.
- vamos Fanny, olha só essa música! - diz Dante me puxando para o show.
- É Anitta!!! - grito de entusiasmo, pois ela é minha cantora favorita.
- Sim!!
Danço com Dante na festa até lembrar de Merlin e Hannah, que sumiram depois da entrada.
- cadê eles?! - pergunto para Dante.
- olha ao redor! - diz Dante, entendendo de quem eu perguntava.
Quando olho, vejo os dois se pegando com gente aleatórias na festa, só Merlin, esta com 2 meninas ao mesmo tempo, enquanto Hannah conversa com um bruta monte em outro canto.
Volto o meu olhar para Dante, cruzando os braços.
- e você? por que não esta se divertindo? - pergunto.
- estou cuidando de você. - ele responde e eu reviro os olhos.
- já estou bem grandinha para isso. - digo e vou em uma mesa pegar um drink.
- eu nasci primeiro, sou o mais velho. - ele diz me acompanhando, também se servindo com um drink.
Me sento em uma mesa vazia.
- Dante, estou me sentindo uma prisioneira em uma festa, desgrude de mim por favor. - digo.
- ta sua chata, mas se precisar de alguma coisa, é só me chamar. - ele diz, após ver três meninas se sentando na mesma mesa que eu.
- então você é a Estefânia? a irmã gêmea de Dante? nossa, que demais! - diz a morena, puxando assunto comigo. - vi a foto de vocês no Insta.
Sorrio para ela.
- sim, sou eu.
- Nossa...aquele, tr@nsa pra caramba. - diz a loira, distraída com os homens da festa.
- ai, eu peguei o amigo dele, e sério, o cara só tem cara de quem f@de, mas não f@de nada. - diz a morena e todas ri, menos eu.
- Jhonatan é um fofo, mas só de aparência, pois a criança tem pegada. - diz a ruiva, que me lembra muito a prima chata de meu pai, mas a diferença é que essa tem os cabelos vermelhos longos, enquanto Beth, a prima de meu pai, parece ter nascido com o cabelo curto, pois nunca vi ela deixar o cabelo crescer.- e você Estefânia? - pergunta ela, se virando para mim. - você já pegou quem daqui?
Engulo em seco.
- Barbara...ela é virgem. - diz a loira.
A ruiva ri.
- é sério? eu já peguei seu irmão, e ele é muito bom na cama...jamais imaginei que a irmã é...
- sim, sou e quê que tem nisso?! por que as pessoas tratam a virgindade como uma doença hoje em dia?! - digo, explodindo de raiva, interrompendo ela.
As três garotas trocam olhares entre si até a Barbara, a ruiva, se levantar.
- acho que vou beber alguma coisa. - diz ela.
- eu também. - responde as outras duas.
Elas se levantam e me deixam sozinha.
Sinto minha garganta fechar e olho ao redor em busca de meu irmão e de meus primos, mas não consigo ver nenhum deles perto de mim o suficiente para notarem que estou sozinha.
Me levanto e ando até sair do meio do local onde a música explodia e onde tinha tanta gente.
Sinto uma mão aperta meu pulso e me puxar para trás, me fazendo cair em um peitoral de um homem.
- Taylor...que gracinha, sorte minha encontra-la nessa festa. - diz o garoto, que parece ter minha idade.
- me solta por favor. - digo, tentando puxar meu braço de volta, mas ele aperta meu pulso com mais força.
- você é muito linda pessoalmente. - diz ele e me empurra contra a parede.
- sai! eu não te conheço! me deixa em paz! - grito.
Ele abre o zíper da minha blusa e me debato quando ele apalpa um dos meus seios.
- sabe...ainda existe homens nesse mundo, que gostam de serem os primeiros. - ele diz subindo a mão para a lateral do meu pescoço e afundando sua cabeça em meu decote, onde sinto sua boca se abrir e sua língua tocar minha pele. - você tem um ótimo gosto Estefânia.
- por favor...para. - imploro.
- parar? estou fazendo um favor para você minha querida...eu vi aquelas meninas debocharem de você por ser virgem...eu vou tirar isso de você.
Ele suga minha pele e leva uma das mãos para dentro da minha calça e eu começo a me debater e gritar, mesmo sabendo que ninguém irá me escutar.
- Você não pode fazer isso! PARA! AGORA!
- Só estou tomando o que é meu, adiantando as coisas minha querida. - ele diz e sinto sua mão entrar dentro da minha calcinha e fecho os olhos, torcendo para que isso acabe logo.
Os próximos segundos são como um borrão, o garoto não me toca mais, ele esta no chão, sangrando e um homem esta em cima dele, fazendo ele sangrar mais.
- Fique longe dela seu filho da put@! - grita Merlin, ainda socando ele.
- Merlin! para! vai mata-lo! - digo, acordando do transe, tentando tirar Merlin de cima do garoto.
Ele se levanta e vejo que o garoto ainda esta acordado, apesar de estar cheio de hematomas no rosto.
Merlin respira ofegante, visivelmente em ódio.
O garoto se levanta com dificuldade do chão.
- em breve ela sera minha noiva! só estou tocando no que já é meu! - vocifera ele.
Antes que eu ou Merlin dissesse algo, Dante e Hannah aparecem.
- O que aconteceu? - pergunta Dante assustado.
- Marven. - diz Hannah, olhando para o garoto.
- Você conhece esse desgraçado?! - pergunta Merlin, ainda ofegante.
- ele é um dos herdeiros da Kaito. - responde Hannah, e Marven cospe sangue no chão como resposta e vai embora.
- como assim "noiva"?! - pergunto, trêmula, feliz por o garoto já ter ido embora.
- parece que a empresa Taylor e a Kaito querem juntar os herdeiros pra fortalecerem forças e paz entre eles, já que os dois são concorrentes a anos.
Meu ar se perde, meu pulmão deixa de trabalhar por um segundo.
- com assim?! do que você esta falando Hannah!? - pergunta Merlin.
Hannah engole em seco.
- Talvez façam Estefânia se casar com Marven. - ela responde.
- Como você sabe de tudo isso p@rra!? - pergunta Merlin.
- meu pai é segundo da família Taylor, é nosso trabalho aborda essas informações. - responde Hannah.
- Mas os Kaito tem uma filha mais velha, ela é a herdeira. - diz Dante.
Eu encaro Dante, confusa por ele saber disso e eu não, e até Merlin encara ele com a mesma dúvida estampa em seu rosto.
- eu converso com meu pai as vezes sobre assuntos da empresa. - diz Dante. - sei o básico sobre o nosso rival dos negócios.
- Sim, É a Ramona, ela é considerada um caso perdido para os Kaito, pois ela não quer saber de nada relacionada a empresa. - diz Hannah. - inclusive, ela sera transferida para sua faculdade na semana que vem Merlin, ela tem 19 anos, esta no primeiro ano ainda da faculdade.
- meu deus! quem é que coloca o nome da filha de Ramona?! - diz Dante rindo, mas esse é um péssimo momento para suas piadas.
- meu pai sabe disso? sobre eu e Marven...- pergunto, sentindo meus olhos arderem em lágrimas.
- ainda não...meu pai ainda esta pensando em outra maneira em acerta as coisas...mas essa parece ser a única opção. - responde Hannah tristemente.
As lágrimas pulam dos meus olhos, e sinto os braços de Merlin me envolverem, pela primeira vez em anos, ele me abraça.
Nunca abraçei Merlin, pois sei que ele é do tipo que não gosta muito disso, mas nunca precisei tanto de um abraço como preciso agora.
Afundo minha cabeça em seu peito e soluço, as lágrimas escorrendo e não parando de cair.
- Estefânia, eu juro, não vou deixar isso acontecer...eu prometo! você não vai ficar com esse cara! - ele diz, beijando o topo de minha cabeça. - isso é uma promessa.
- o que aconteceu aqui antes de eu e Hannah chegar?! - pergunta Dante gritando.
- Esse filho da put@ tentou estrupa-la! - responde Merlin, me apertando mais em seus braços.
- Isso é culpa minha! não devia ter deixado ela sozinha! - diz Dante magoado.
- não é hora de culpar ninguém Dante! - diz Hannah firme.
- Se eu soubesse o que esse desgraçado tentou fazer...teria terminado de mata-lo! - vocifera Dante.
- agora o que precisamos fazer mesmo, é ir embora. - diz Hannah.
Merlin me pega no colo e eu protesto, ainda escondendo o rosto em seu peito.
- posso andar sozinha...- digo entre lágrimas.
- pode, mas não vou deixar. - ele diz e me carrega até o carro.
Quando chegamos em casa, eu finjo dormir no colo de Merlin, e quando ele me deita em minha cama no quarto, sinto seus dedos afastarem uma mecha de cabelo de meus olhos.
- isso é uma promessa. - ele sussurra e sinto seus lábios beijarem meu queixo.
Não foi um beijo na testa, na bochecha ou na cabeça....foi no queixo.
Quando escuto a porta do quarto se fechar, abro os olhos e me sento na cama, afastando as cobertas.
Me encolho na cama e fico assim por 10 minutos.
Quando me canso, me levanto e vejo que ainda estou com a roupa da festa, não me importo em continuar com a calça, mas eu coloco uma camisa de Dante longa que encontrei em meu closet, antes de sair do quarto.
Vou ate o escritório de meu pai e ao ver a luz acesa por baixo da porta, sei que ainda esta trabalhando á tarde da noite.
Vou até a porta do quarto dele e entro.
Minha mãe se levanta se sentando na cama ao escutar a porta se abrir e esfrega os próprios olhos em sinal que estava dormindo.
Quando me vê em pé, parada a porta, abre os braços para mim e sinto as lágrimas voltarem aos meus olhos.
Fecho a porta e corro para a cama, me jogando em seus braços que se fecham ao meu redor e choro como uma criança de 5 anos abraçada a mãe.
Nos deitamos abraçadas e ela estica a coberta para nos cobrir e continuamos na mesma posição, só que deitadas.
Ela acaricia os fios de meu cabelo em silêncio enquanto soluço de tanto chorar.
- mãe...- a chamo.
- sim? - ela responde.
- queria ser forte como você. - digo.
- mas você é. - ela responde.
Penso em responder com uma negação, mas o choro tampa minha garganta, então só o que consigo dizer é:
- te amo mãe, obrigada por não desistir de mim e de Dante.
Sinto ela sorrir, pois ela sabe do que estou dizendo, pois ela insistiu na gente, mesmo quando era quase impossível ela ter filhos.
- minha hope. - ela diz e dessa vez, sou eu que sorrio em meio as lágrimas.
* Quebra de Tempo *
Acordo e depois de já sendo uma jovem de 17 anos, acordo na cama de meus pais, no meio deles.
Me viro, vendo meu pai com a cabeça apoiada em cima da minha, e tento fazer um movimento para não acorda-lo, mas sem sucesso.
- não se levanta ainda, é 6h- ele diz se levantando. - quer tomar alguma coisa? esta melhor? sua mãe disse que você não estava muito bem quando apareceu aqui no quarto ontem a noite.
Balanço a cabeça em negação, mas mesmo assim ele já esta saindo da cama.
Quando volta, esta com o copo do meu suco favorito e abro um sorriso para ele.
- suco de cranberry. - ele diz e me da o copo. - mas tome logo, antes que sua mãe acorde e vomite ao vê-la tomar.
Acabo rindo com o seu comentário, pois verdade seja dita, é a bebida que minha mãe mais odeia na vida e é a que eu mais amo.
Me levanto da cama e caminho até a janela, vendo o pequeno deslumbre do sol fraco no topo do céu.
Tomo o suco todo, e penso em pedir mais, mas seria mancada fazer isso com meu pai, sei que passou a noite toda trabalhando ontem.
- quer mais? - ele pergunta e nego com a cabeça.
- obrigada. - digo.
Ele me abraça por trás e apoia a cabeça em cima da minha como estávamos dormindo antes.
- vai fazer frio hoje. - ele diz.
- talvez. - respondo.
Ficamos assim por um tempo e começo a pensar que com certeza meu pai jamais me obrigaria a me casar com quem eu não queira, mesmo que a empresa falice, ele jamais iria querer me ver infeliz.
Mas e eu?! eu deixaria meus pais serem infelizes por ser egoísta?!
Começo a lembrar da conversa das três meninas da festa e o quanto elas debocharam de mim por ser virgem e lembrei de como Marven me queria só por ser virgem.
Então resumi tudo com um único problema, a minha virgindade, ela era o meu maldito problema.
Contínuo olhando pela janela pensativa até ver Atlas caminhar entre uma parte do jardim que da para ser vista pela janela de meu pai.
- pai...estou muito melhor. - digo me virando e beijando sua bochecha. - muito obrigada pelo suco, e sei que você e mamãe irão para empresa hoje então, tenham um bom dia de trabalho para vocês.
Saio antes que pudesse escutar sua resposta, e entro em meu quarto depressa com um sorriso enorme no rosto.
Vou no closet e tiro a minha roupa e pego um vestido fino de cor creme que bate bem acima dos joelhos.
Visto ele sem sutiã e solto meu cabelo longo.
Ainda esta cedo e sei que meu irmão e meus primos só irão acordar bem mais tarde, então saio tranquila de casa.
Chego no jardim e vejo Atlas de longe, ele se vira e sorri para mim.
- Atlas!
° a solução do meu problema. °
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Clarisse Teixeira
num sei sabe..
mais acho que o Merlin tem algum sentimento a mais pela Fanny
2022-10-17
9
Flaviana Chaves
querida autora posta mais capítulos por favor maís mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais
2022-10-11
1
Joelma Oliveira
não assim não fanny!!! será q Merlin gosta dela mas não fica por causa d besteria d família em casar primos???
ainda bem q eles não conhecem a minha família kkkk e tradição primos se casando kkkkk
2022-10-11
2