Capítulo 18

Vincenzo acordou cedo e se dirigiu até os vinhedos, o dia havia acabado de amanhecer e ele fazia questão de acompanhar de perto o início da colheita onde os funcionários novos chegavam a fazenda, ainda de longe avistou Derik que chegava a cavalo a sua procura.

—Achei que só voltasse amanhã.

falou encarando a multidão de mulheres e jovens que estava alí para mais uma temporada de trabalho.

—Precisei vir antes, tem que parar de se meter em problemas Vincenzo, faz tudo de cabeça quente e eu me fodo junto.

—Qual a reclamação da vez?

Perguntou enquanto acendia um cigarro.

—A tal Miranda, não disse que era sozinha e quê ninguém procuraria por ela?

Ele assentiu.

— Pois Bem, uma morena marrenta louca virada no satanás chegou a sua casa ontem a procura dela.

—O que fez com o corpo?

Vincenzo perguntou com um sorriso perverso nos lábios.

—Trouxe para fazenda.

Derik passou as mãos pelos cabelos brincalhão.

— Carregou um corpo por mais de 400 quilômetros para enterrar aqui? É algum fetiche ou o que?

Rosnou.

— Então!

O encarou preocupado

— Eu não matei ela.

Vincenzo arregalou os olhos para o irmão.

—Tá de brincadeira?

Gritou.

— A garota está viva e aqui na fazenda.

— Não sabia o que fazer.

Derik murmurou.

—Porra você é um assassino treinado, saber o que fazer é o seu trabalho.

Gritava aos berros.

— Vou dar um jeito nisso eu mesmo.

Se virou dando as costas ao irmão que o parou.

—Queria alguém para ajudar Miranda com os estudos, a Garota é amiga dela e parecem bem próximas, não acha que seria uma boa ideia?

Vincenzo o olhou fixamente.

—Pense bem irmão, já tem gente demais envolvido nisso tudo, e se quiser passar a moça depois não terá nenhum empecilho não é mesmo? porque não usá-la se já está aqui?

Vincenzo deu mais um trago no cigarro.

— Tem razão, só espero que essa garota não dê trabalho, está na sua conta Derik.

Resmungou.

—Não vacila.

—As colhedoras dessa temporada são bem gostosinhas.

Riu de um jeito safado, olhava para uma linda mulata de cabelos cacheados.

—Quer escolher primeiro?

Vincenzo revirou os olhos para o irmão.

—Estou bem.

Disse fazendo com que Derik gargalhasse.

— Está de quatro pela loirinha mesmo né? nem a rasteira que ela te deu foi capaz de tirar do transe.

Vincenzo Apontou para a multidão que se embrenhava para dentro dos vinhedos.

— Aquela.

Disse ouvindo um arfar desapontado do irmão.

— A mulata de olhos negros em que você está babando desde que chegou aqui.

—Não sabe brincar Vincenzo.

Murmurou.

—Tanta mulher e quer exatamente a que eu estava de olho?

Vincenzo sorriu malicioso.

—Deveria aceitar que fui eu a ensinar tudo que sabe, quando tenta ser esperto e debochado comigo já te saquei de longe, leve ela para sede hoje, vai me servir, ofereça Dinheiro elas sempre topam.

Derik caminhou até a moça, sussurrou em seu ouvido voltado logo em seguida.

— Aceitou.

Um sorriso sacana enfeitava seus lábios

—Vai levar uma amiga, teremos uma festinha no casarão hoje a noite, Já sabe se sua Miranda vai participar maninho?

Gargalhou.

—Não sei se vai participar, mais vai assistir! pode ter certeza.

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