capítulo 9

Quando uma gritaria se instalou na parte de baixo da mansão todos se juntaram para ver do que se tratava, Vincenzo não estava em casa, havia ido para o escritório onde finalizava os últimos preparativos para uma viagem longa que faria ao interior, Seu telefone tocou e ele Ignorou mais quando insistiu por várias vezes decidiu por atender.

— Fale!—

Disse seco levando o celular ao ouvido.Do outro lado da linha Jordana chorava descontroladamente.

— Martina...Meu Deus venha rápido Vincenzo, aconteceu uma tragédia.—

A voz embargada de falsidade escondia a satisfação de dizer aquelas palavras.

— Estou indo praí.—

se levantou depressa correndo para mansão, quando chegou a polícia já estava no local. Jordana correu em sua direção se jogando em seus braços.

— Ela está morta, a Martina esta morta .—

Gritava aos berros.

— Pare de fazer cena, isso é ridículo.—

Ele sussurrou em seu ouvido enquanto colocava seus cabelos atrás das orelhas.

— Nós dois sabemos que odiava ela e se eu sonhar quem tem dedo seu nessa história te ponho para fora dessa casa a pontapés.—

Jordana se fez de ofendida, tentava a todo custo mostrar o quão horrorizada estava com a acusação.

— Quem diabos chamou a polícia? —

Ele praguejou.

— Os funcionários, eles querem falar com todos que estão na casa, Inclusive com a Miranda.—

Vincenzo imediatamente fechou sua feição, caminhou até os investigadores no canto da sala que primeiro o ouviram com atenção, depois assentiram saindo em direção a porta.

—O que houve? —

Ela perguntou frustrada.

— Não interessa, basta saber que por sua incompetência acabo de perder uma fortuna em dinheiro.—

Jordana já segurava o choro ofendida pela desprezo do cunhado.

— Onde está a Dona Martina? quero ver o corpo.—

Ele disse caminhando em direção as escadas.

—Já levaram, pedi que tirassem o quanto antes da casa,estava manchando o piso de sangue. —

Olhava para as unhas desdenhando completamente da situação. Vincenzo Caminhou até ela furioso, a Segurou pelo braço fazendo que o encarasse.

— Não sei que merda acha que está fazendo, não é nada nessa casa Jordana, mora aqui de favor por ser irmã da Arya,tem se metido nos meus negócios, na minha vida pessoal e se enfiado em assuntos que não lhe dizem respeito, não quero ser grosseiro mais da próxima vez que tomar uma decisão sem me consultar primeiro vai se dar muito mal.—

subiu correndo para o quarto.

— Senhor.

Um dos funcionários bateram a porta.

—Ainda viajaremos hoje como ordenado?—

— Cancele todos os preparativos Charles, Não será necessário que me acompanhe pois irei dirigir eu mesmo, conhecia bem a família da Martina?—

Ele perguntou.

—Sim senhor, o filho é casado mora com a esposa em um vilarejo em Viena.—

Vincenzo andou até o móvel do quarto, tirou da primeira gaveta o talão de cheques, assinou uma folha entregando a ele .

— Esses valores devem ser entregues a família.—

O homem arregalou os olhos ao olhar o enorme montante de dinheiro.

—Prepare todo velório, gastos não são problema dê a ela tudo de melhor que encontrar e encaminhe a família junto com meus sinceros pêsames.—

O homem assentiu indo embora em seguida. Vincenzo olhou para o canto do quarto com olhos tristes e vazios, as malas arrumadas pela mulher que praticamente o criou ainda estavam alí, do jeito que ela sempre fazia antes de qualquer viagem que ele fosse fazer, entrou no banho e logo depois se arrumou rápido, bateu na porta de Miranda que sonolenta acabava de acordar.

— saímos em viagem em dez minutos, espero que já esteja com tudo pronto.—

Miranda balançou a cabeça em afirmação.

— Estava dormindo esse tempo todo?—

Ele a fitava com desconfiança.

— É impressionante como só arrasta desgraça por onde anda. —

Miranda não entendia do que ele estava falando, o olhou com tristeza.

— Pode pedir a senhora Martina para me trazer um remédio para dor? —

Perguntou inocente.

— Não eu não posso Miranda, coincidentemente ela morreu depois que você chegou a essa casa, quebrou o pescoço ao cair da escada, escada que conhecia como a palma de sua mão. —

Ele gritou.

—Não acha estranho ? ela caiu mesmo ou foi jogada ? me diga.—

A segurou pelo braço ficando face a face com ela. Miranda sentiu suas vistas se escurecerem, a casa inteira girou pelo susto que acabava de tomar afinal havia acabado de estar com senhora gentil que agora estava morta, quando perdeu a consciência foi amparada imediatamente por Vincenzo que a Segurou firme em seu colo.

— Miranda.—

Ele tocou seu rosto.

— Mais que droga .—

Falou correndo com ela em direção a cama.

— Ei Miranda.—

Bateu de leve em seu rosto. Olhava com atenção para garota de beleza incrível demais para ser ignorada

— Filha da puta linda do caralho. —

Resmungou passando as mãos pelos cabelos.

—O que você está fazendo Vincenzo. —

Ele estapeou seu próprio rosto tentando recobrar sua sanidade.

— Ei.

Tocou a pele com gentileza, seu polegar acariciou os lábios de Miranda que começou a se mover.