Capítulo 11

Quando chegaram a fazenda já era fim de tarde, Miranda dormia encolhida no banco da frente enquanto Vincenzo guiou para dentro da propriedade, piões armados vigiavam a porteira e um deles se aproximou do carro para cumprimentar o Don.

— Tarde patrão.

Falou tirando o chapéu da cabeça, o corpo queimado de sol estava completamente suado então se manteve distante o suficiente para que Vincenzo não se incomodasse.

— O Patrãozim pediu para avisar que está no vinhedo, chega a noite.—

Vincenzo apenas assentiu, desceu do carro abrindo a porta do lado de Miranda.

—Ei linda.

Tocou seu rosto fazendo que se assustasse, a roupa havia subido e deixado suas pernas totalmente a mostra.

—Merda de vestido, me lembre de botar fogo nessa porcaria mais tarde.

Os olhos do peão brilharam instantâneamente ao olhar para ela.

__ Pode se retirar agora.

Vincenzo rosnou como um animal selvagem para o jovem, Antes que se afastasse caminhou até ele

—Qual o seu nome?

Falou grosseiramente.

—Bento senhor.

O homem disse segurando o chapéu na frente do corpo.

— E novo aqui e por isso vou deixar passar os olhares que direcionou a moça, tem sorte de estarmos na frente dela.—

Sussurrou de forma que Miranda não ouvisse.

—Se olhar novamente para ela como fez agora arranco sua cabeça, Não sei qual é exatamente a sua função na minha fazenda mais acredito que não será de muita serventia depois que eu terminar com você.

O rapaz o olhou como se pedisse perdão, assentiu de forma respeitosa saindo em seguida.

—Algum problema?

Miranda perguntou percebendo o clima pesado que havia se formado entre os dois homens.

— Nada que precise se preocupar.

Estendeu a mão a ela que agarrou firme.

—Esse lugar e lindo.

Disse tirando as sandálias dos pés, Vincenzo a observava com curiosidade e atenção. Miranda Caminhou descalça sobre o caminho de grama verde que levava até a sede.

— Nunca vi nada assim antes.

Os olhos brilhavam encantada.

— Nunca havia estado em uma fazenda?

—Não.

Ela o olhou com tristeza.

— Porque? é uma moça jovem, vivemos na terra dos vinhedos e cafezais, as festas são divertidas, achava que todos já haviam estado em alguma pelo menos uma vez na vida.

Ele sorriu.

—Trabalho muito desde os 12 anos de idade senhor, nunca tive tempo para nada divertido ou de interesse próprio, Lívia, minha irmã é cuidada exclusivamente por mim desde que minha mãe partiu, ela tinha problemas com drogas e bem...

se calou envergonhada.

— Continue.

Vincenzo apertou sultimente sua mão.

—Teremos um filho juntos em breve, quero saber o máximo de coisas da mãe dele quando me perguntar. —

Falou de forma gentil mesmo sabendo que estava apenas sondando a moça, Vincenzo era um homem de inteligência acima da média, o que lhe destacava entre os outros líderes de facções era o fato de estar sempre um passo a frente de seus inimigos.

—Minha mãe era prostituta senhor.

Baixou a cabeça.

—A cinco anos desapareceu com um dos clientes e deixou tanto eu quanto minha irmã sozinhas, vivemos em um orfanato até que eu tivesse idade para nos tirar dele, nunca mais tive notícias dela, sequer sei se ainda está viva.—

Choramingou, Vincenzo a encarou em silêncio, a puxou para seus braços e beijou o topo de sua cabeça.

— Preciso ver minha irmã, Lívia tem que saber que eu não a abandonei como fez nossa mãe.—

O olhou no fundo dos olhos,Vincenzo que era frio e completamente desprovido de humanidade, titubeou pela primeira vez na vida.

— Vou pedir que meu irmão a busque, poderá ficar o fim de semana mais depois voltará para cuidadora.

Miranda saltitou como uma criança, se agarrou no pescoço de Vincenzo selando seus lábios aos dele

— Meu Deus.

Se afastou rubra de vergonha.

—Me desculpe, eu..eu me empolguei.

Ele a Puxou de volta e dessa vez a beijou de verdade,Quando os lábios de Vincenzo encostaram a boca de Miranda ele sentiu como se eletricidade pura corresse por suas veias aquele era o primeiro beijo que lhe dava consciente já que a primeira vez que fez isso estava completamente bêbado , o beijo era bom e o que começou como algo terno e calmo não demorou para se tornar um beijo quente e repleto de luxuria, as mãos pequenas da garota seguravam no pescoço dele, enquanto mordiscava o lábio inferior de sua boca ela puxava sutilmente os cabelos de sua nuca. Quando as mãos de Vincenzo desceram para o corpo feminino a sua frente, ele sentiu seu membro gritar dentro da calça, nunca havia ficado exitado com um beijo antes nem mesmo com a esposa a quem ele tanto havia amado, Vincenzo tinha gostos diferentes dos demais homens, o sexo em quase toda sua totalidade tinha que ser bruto e sádico para lhe proporcionar prazer, na cama na maioria das vezes sequer conseguia ir até o fim durante o ato sexual, As mulheres não conseguiam satisfazer-lo e o temiam por quem era, a algum tempo já havia desistido de procurar prazer em corpos que se vendiam, quando conheceu a esposa encontrou no jeito calmo e sereno dela o ponto de equilíbrio que precisava, não entendia o que estava sentindo naquele momento, Miranda lhe trazia exatamente o contrário, era o descontrole que provocava nele o que o intrigava.

—Porra!

Praguejou parando bruscamente o beijo, As mãos seguraram com força a cintura de Miranda enquanto tentava controlar a respiração acelerada.

—Preciso me acalmar.

—Fiz algo errado?

Ela perguntou se encolhendo.

—Não, Sou eu quem não deveria estar fazendo Isso.— Que merda—.

Praguejou se afastando bruscamente, Passava as mãos pelos cabelos nervoso enquanto olhava para ela.

— Não gostou do beijo ? estou nervosa...me desculpe.

Estava envergonhada, Vincenzo não segurou o riso.

—Você é perfeita , eu quem não devo me aproveitar da situação Miranda, lembre-se que isso.

Apontou de um para o outro.

— O que rola entre a gente, são apenas negócios . Beijou sua testa.

O coração de Miranda estava disparado no peito.

—Não me deixe fazer isso novamente tenho medo de não me controlar.

Ela sorriu sem jeito, em sua cabeça só pensava em quanto ela queria que ele realmente perdesse o controle, que a tomasse em seus braços e fizesse sua , agora sabendo que era realmente ela em sua cama

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