Capítulo 16

Miranda acordou cedo não havia dormido bem já que não tirava da cabeça a noite que teve com Vincenzo, já não conseguia disfarçar o fato de estar completamente apaixonada por ele e isso a estava enlouquecendo, inquieta olhou pela janela vendo o dia lindo e claro lá fora, homens trabalhavam nos estábulos enquanto outros amansavam cavalos em um redondel de madeira que ficava no meio da propriedade, ela sempre foi louca por animais, mesmo nunca havendo visto um de perto, pelo menos não tão grandes e bonitos como os dá propriedade. Miranda entrou no banho, se arrumou rápido o desceu em direção aos animais soltos que pastavam próximo a sede.

— Bom dia senhorita.

Um dos Piões se aproximou tentando ser gentil.

—Gosta de andar a cavalo?posso selar um mansinho agora mesmo.

— Eu..eu posso?

ela perguntou abrindo um enorme e largo sorriso.

—Nunca andei a cavalo antes.

O homem assentiu.

— Vou buscar um dos animais, tem uma égua que acaba de ser domada pelos piões.

Miranda se sentou na escada olhava tudo com encantamento e curiosidade enquanto esperava, quando o jovem voltou a ajudou a subir no animal, ela não sabia cavalgar mais estava empolgada o suficiente para se esquecer disso.

—Se segure firme senhorita.

O homem disse enquanto a guiava seguro a rédia.

—Vamos dar uma volta aqui mesmo perto do casarão.

Vincenzo acordou ouvindo o telefone tocar, olhou na tela ainda sonolento vendo que era Derik do outro lado da linha.

— Fala.

Disse seco.

—O serviço está feito.

Derik respondeu tirando um sorriso genuíno de Vincenzo.

—Não ria tão cedo, tenho más notícias.

—Do que está falando?

Perguntou impaciente.

— Antes de morrer a infeliz acusou a sua querida Miranda de estar agindo com ela desde o início.

Vincenzo ficou em silêncio por um segundo.

— Ela está mentindo.

Disse se escorando a cabeceira da cama.

—Eu chequei irmão, uma conta no banco foi aberta no nome dessa tal Miranda um dia após a morte de sua esposa, dois valores foram depositados nela, um partindo de Jordana Milanny no valor de 50 mil dólares que foi sacado no mesmo dia o outro no valor de 2 milhões depositados por você, ainda tem boa parte lá.

Vincenzo levou imediatamente as mãos ao rosto.

— Fui enganado?

Praticamente sussurrou.

—Sinto muito,mais receio que sim.

Vincenzo jogou o aparelho contra a parede, o viu se esfarelar enquanto descontrolado andava de um lado ao outro no quarto.

— Como pôde ser tão burro.

Ele gritou.

—Sempre se gabou de ser um homem inteligente e safo para se deixar enganar por uma...por uma..

Saiu batendo a porta do quarto, quando entrou no de Miranda estava vazio. Ainda sem camisa e descalço desceu as escadas correndo, da porta de entrada avistou Miranda montada em um cavalo enquanto um dos Piões a guiava, cego Vincenzo caminhou até o móvel da sala e pegou da gaveta uma de suas armas, descontrolado praticamente correu até os dois, mirou e atirou, sobre o corpo do pião no chão descarregou a pistola 380 cromada que tinha a mão.

—Meu Deus.

Miranda gritava aos berros completamente apavorada.

— Por que?... porque fez isso?.

Estava em choque com a cena chocante que acabava de assistir, a pobre mulher nunca havia visto alguém ser morto e a forma fria e cruel com que Vincenzo acabava de fazer a deixou em Pânico. Vincenzo a tirou do cavalo, a agarrou forte pelo braço praticamente arrastando para dentro da mansão.

—É essa as artimanhas que usa?

Ele gritava.

— Se faz de santa para ter os homens todos aos seus pés enquanto brinca com eles.

Miranda não entendia, não se lembrava de nada que tivesse feito para deixá-lo tão furioso.

—É uma vagabunda não é mesmo? uma mulher que usa da beleza para tirar vantagens.

A jogou sobre a cama e caminhou até o criado mudo, tirou dele um monte enorme de notas jogando sobre ela

—Sei que já paguei pelos seus serviços mais aceite isso como um bônus.

Desabotoava as calças enquanto falava. Miranda se encolheu na cama, estava apavorada olhando para ele.

— Tire a roupa.

Ele gritou.

—Pode fazer isso ou eu mesmo faço.

A jovem assustada já chorava descontroladamente.

— Não e necessário vou fazer o que manda

Se levantou tirando a roupa que vestia, se deitou na cama encarando o teto enquanto Vincenzo se pós sobre seu corpo e a invadiu, enquanto se movia dentro dela seus olhos estavam tomados por uma escuridão sombria, Miranda choramingava baixinho sentindo um vazio profundo tomar seu peito. Apenas quando gozou Vincenzo saiu de dentro dela, Miranda se embolou agarrada a seus joelhos sem encara-lo.

— Saia do meu quarto.

Ele disse duramente.

—Voltarei a te procurar quando quiser usufruir novamente de seus serviços.

Entrou no banho e permaneceu em silêncio até que a porta do quarto batesse, Vincenzo se enfiou no box a água caia sobre ele que respirou fundo ignorando a consciência que lhe torturava, quando saiu viu sobre a cama as notas que havia jogado sobre Miranda.

—Não me engana mais.

Ele murmurou.

— Vai pagar caro pelo que fez cretina.

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