Cuido de ti

Lisandra Colocou babosa nas queimaduras, e ele geme de dor, ela então colocou um pano entre os dentes dele, pra ele morder e fazer menos barulho, quando começou a tirar a camiseta dele com cuidado pra não piorar os ferimentos, está assustada com grau das queimaduras, mais uma coisa lhe chama atenção ele usava um colete á prova de balas...

Perguntou antes mesmo de pensar...

—Você.... Você é o que? policial? ouu.

John ao notar a preocupação evidente no rosto dela responde;

— É melhor você não saber de nada, vai por mim é melhor.

Lisandra

—Meu Deus você levou...

John

—Dois tiros... Muita porrada, chute...

Eu preciso de remédio pra dor...

Lisandra

—Eu não tenho. meus tios tem, ela falou com ódio de saber que nem isso lhe era dado.

John

—Então pega, por favor

Lisandra

—Não posso! Ela sabia que eles jamais iriam dar remédios e principalmente se soubessem que era pra um desconhecido.

John

—Claro, tá com medo! Medo de mim!

Lisandra

Não! eu não posso pegar nada deles, eu não tenho nada aqui, moro de favor entende?

John

—São remédios! por favor, ele fala mordendo o pano novamente.

Lisandra

—vou ter que pegar escondido, ela concluiu ao ver ele tão desesperado.

John

—Achei que fossem seus Tios... Foi o que você disse... Meus tios...

lisandra

—Seria melhor se fosse inimigos, eles me odeiam.

John

–Aiiii, isso dói muito, meu rosto, meu rosto está em chamas....

Lisandra

—Cala a boca...

Se meus tios te pegam aqui estamos ferrados, vão pensar que a gente, que nós, que eu.... Haaa você entendeu, não faz barulho.

John

—Não me diga que você é virgem? Conseguiu fazer uma piada afinal.

Lisandra

—Não é da sua conta! você é muito pra frente! Ela se irritou de verdade.

John

—Foi só uma pergunta... Pra distrair a dor.

Lisandra

—Não eu não sou! Mais meus tios só precisam de uma desculpa, pra me jogarem na rua. E eu não tenho pra onde ir.

John

—Meu rosto tá doendo, meu braço tá queimando, eu preciso de remédio.

Lisandra

—Já entendi droga! Eu só queria saber porque tô te ajudando, falou dando um soco na própria cabeça

John

—Porque é uma pessoa aiiiiiiiii de bom coração...

Lisandra

—Quando vai ligar pro seu tio? Resolve logo isso.

John

—Quando me emprestar seu telefone, ele respondeu com naturalidade.

Lisandra

—Cadê o seu? Ela se desesperou.

John

—Eles pegaram

Lisandra

—Mais que droga! E agora?

John

—Já te falei me empresta o seu...

Lisandra

—Eu não tenho nem remédio porque diabos você acha que eu tenho celular? Eu ganho migalhas, que tô juntando pra sair daqui e poder pagar pelo menos um mês de aluguel.

John

—Você não tem celular, ótimo, eu vou morrer!

Lisandra

—mais que droga!

vou ir buscar os remédios.

John

—Não demore, por favor.

Lisandra

—Haa claro e bem fácil!

John

—Ironia?

Lisandra

—Isso mesmo!

Depois da discussão ela foi até a casa dos seus tios, por sorte era a hora de lavar a louça e arrumar a cozinha. Então eles foram assistir televisão. E ela pegou 1 cartela de remédio.

Estava guardando a vasilha com os remédios quando seu tio a vê.

Gustavo

—Desde quando você rouba remédios?

lisandra

—Estou com dor de cabeça, muita fumaça.

Gustavo

—Eu posso te dar remédios. Qualquer um... Você sabe, pode ser bem tratada.

Lisandra

—Obrigada! não eu dispenso.

Gustavo

—Você gosta, você se lembra?

Lisandra

—Cala a sua boca desgraçado!

Gustavo

—Você lembra....

Marina

—Lembra de que? Sua tia esbraveja ao ouvir...

Gustavo

—Eu estava aqui meu bem.... Perguntando se ela se lembra os ensinamentos sobre não roubar... Já que ela está roubando medicamentos.

Marina

—Roubando?! pra que você quer remédios lisandra?

Lisandra

—Eu não tenho nada de remédio, e eu preciso, estou com dor com queimaduras... Não chegava a ser mentira...

Marina

—Se quer tem que pagar! A farmácia não me deu nada de graça.

Lisandra

—Mais tia, eu trabalho feito louca, ganho uma miséria, Não é justo! Ela argumentou.

Marina

—Você come, bebe, dorme nas nossas custas, dê graças a Deus pelo seu teto.

Quer o remédio? pague por ele, você tem dinheiro!

Lisandra

—Haa vai vender então eu quero mais remédios!

Peguei um anti-inflamatório, um antitérmico, uma pomada gases soro, e um spray pra dor muscular.

Quanto você quer nisso?

Marina

—São 500 reais!

Lisandra

—Você tá louca?! Só pode! 500 reais e quase tudo que vocês me dão por mês de escravidão!

Marina

—Os remédios são meus, comprei e paguei, vendo pelo valor que eu quiser, tá ruim? Vai na cidade compre os seus! Ou saia daqui e arrume um emprego melhor!

Lisandra Sentiu lágrimas como pimenta nos seus olhos, saiu da cozinha com os remédios e foi pegar o dinheiro.

500 reais, eles nunca a levavam, nunca traziam o que ela pedia, e ela sempre tinha que ficar pra cuidar da casa, então sair pra comprar nunca aconteceria, a menos que ela não voltasse mais. O que pra ela era o maior sonho.

John A ouve chorar, não entendeu, viu ela abrir um compartimento na parede e contar dinheiro. Não entendeu ela saindo e voltando rápido.

As vezes ela queria morrer, não sabia porque tinha que ter vindo parar nesse inferno, só queria ser feliz uma vez na vida!

entregou o dinheiro não disse nada e voltou pro quarto.

John

—O que.... Houve? Perguntou ao ver a dor acumulando nos seus olhos.

lisandra Não respondeu, não queria conversar.

John

—O dinheiro? pra que... Era? Ele perguntou querendo realmente saber.

lisandra

—Cala a boca você está piorando, vou ter que te tirar daqui, ela disse sem paciência.

Se me descobrirem vão me matar!

Falou e desmaiou novamente, estava com muita dor.

lisandra começou a cuidar dos ferimentos, e lembrou que não era mais virgem, porque aquele desgraçado a violentou, mais isso uma única vez, na segunda ela havia pego uma faca, e ela o mataria pra não ter que passar por tudo novamente.... Mai lembrar, olhar pra ele a matava por dentro.

Tirou todas as roupas do Desconhecido que ainda não havia perguntado o nome, então viu uma cueca bonita preta, e ele era lindo, vestiu um short fácil nele, e deixou sem camisa, mais fácil pra cuidar dos ferimentos.... E ele começa a delirar de febre. Droga!

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