anjo da guarda

Hoje o dia começou as 4 da manhã para Lisandra, pra sua desgraça o canavial estava em chamas e estavam tentando apagar, e ela além de tentar apagar tinha que ouvir que era imprestável, que não servia pra nada, como não havia visto as chamas? Como não percebimeu a fumaça? Claro os poucos metros que separam o seu quarto da casa deles, mas a faria ter uma visão privilegiada... Eles só precisavam de um bode espiatorio.

Estava muito cansada, já era final do dia, e conseguiram conter o fogo, ficaram apenas pequenos focos, e seu tio a mandou apagar todos pra não correr o risco de acenderem novamente.

Sua água acabou então resolveu buscar mais porque sabe-se lá Deus que horas que iria terminar de fazer isso.

Victorio Estava indo por estradas de terra e John achou estranho mais não disse nada!

Quando viu lá ao fundo dois carros parados, até aí tudo normal.

Quando chegaram, Victorio diz que ele poderia descer, e confiar nele, foi a maior cilada que já havia acontecido.

Quando ele desci já sentiu que tinha algo errado, então olhou pra Victorio;

—tem algo errado aqui!

Quando ele disse isso que ia se virar levo uma coronhada na cabeça, desgraçado!

Victorio

—Você não volta com a gente, infelizmente você será morto pelos brasileiros, ou pelo menos é isso que diremos.

Só deu tempo de pegar sua arma, mais levou dois tiros no tórax imediatamente e a dor foi enorme, a falta de ar também, e eles começaram uma seção de espancamento e ele não se lembrou de mais nada.

Victorio

—Será que ele morreu?

Vamos levar ele e colocar fogo no corpo pra dificultar um reconhecimento....

Levaram ele até um canavial que já estava chamuscado, e com fumaça chegando lá Jogaram ele em cima de onde ainda tinha restos de fogo e quando iam jogar a gasolina ouviram passos e então saíram correndo. Entraram no carro e saíram.

—depois terminamos o serviço quando o movimento diminuir.

—ELE JA TA QUEIMANDO CHEFE, E LEVOU DOIS TIROS, FORA A SURRA. Esse aí já era....

Lisandra estava voltando com a água e por causa da fumaça usou sua lanterna, começou a brincar com a luz em meio a fumaça, e então percebeu que não estava sozinha no canavial, foi quando viu homens correndo em direção a uns carros, não deu pra ver muito bem, a fumaça ardia os olhos. Então eu foi ver o que tinha acontecido e se desesperou ao encontrar um corpo. Não sabia o que fazer ele estava de bruços sobre o lugar onde tínhamos acabado de apagar o fogo e ela o puxou , um homem alto forte, e agora queimado. Meu Deus e agora?

Quando eu ia sair pra buscar ajuda ele segurou seu pé.

John Acordou sendo puxado por uma mulher pequena toda cheia de roupas, pano amarrado no rosto. Estava com muita dor, não tinha um lugar que não doesse, mais seu rosto e seu lado esquerdo, estão queimados, colocou a mão e sintiu sua pele desgrudar do rosto.

Lisandra

—Não faça isso!

Você vai piorar.

John

—Você precisa me tirar daqui. Se você me deixar eles vão voltar e terminar o serviço. Ele disse juntando as forças que lhe restavam.

Lisandra

—Vai acabar sobrando pra mim, eu não preciso de mais problemas, acredite! Falou se referindo ao fogo e a tudo de ruim que acontecia e era culpa dela.

John

—Você vai me deixar aqui? depois como vai dormir sabendo que me deixou aqui pra morrer?

Lisandra

—Se eu te ajudar quem vai morrer sou eu, pelas mãos dos meus

John

–Eu me escondo, só até conseguir falar com meu tio. E ele vem me buscar! Ele implorou no auge da sua dor

Lisandra

—Aiiii Lisandra Vai embora, não entra em furada....

(falou pra si mesma)

—Tá eu vou te esconder no meu quarto mais você precisa ficar quieto.

Ela o apoiou seu ombro, ele estava totalmente fraco e machucado, gemia de dor.

—Você precisa parar com isso, ou vão te achar rapidinho no meu quarto!

John

—Tá bom, falta muito?

Não aguento mais....

Lisandra

—Falta uns 30 minutos

Chegaram e ela deixou ele longe da casa.

Tentou pensar em algo pra distrair seus tios. Então disse sobre os homens no canavial, disse que talvez estivessem ateando fogo!

Eles saíram pra procurar.

E ela buscou o desconhecido no pomar. E o colocou no seu quarto.

Quando seus tios chegaram eles disseram que viram apenas os rastros dos carros e que não tinha mais ninguém lá.

Pegou umas folhas de babosa...

Marina

—Pra que isso? Vai comer?

Lisandra

—E pro cabelo tia, e pra pele também.

Marina

—como se você tivesse conserto...

Ela a ofende depois vai pra casa e Lisandra esperou apagarem a luz pra roubar uma roupa limpa do seu primo pra vestir no desconhecido as dele estavam em farrapos, apesar de serem bem caras.

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