capítulo 12

Gustavo

— Bom dia! — Cumprimentei Joana. — O que você fez para o café da manhã?

— Suco, leite, café e seu bolo favorito.

— Cadê minha mãe? Não vi ela no quarto, nem na sala. — Sentei e ela veio me servir.

— Ela foi na casa da dona Gardênia, disse que queria pegar a receita de um suco que servia para alguma coisa, não lembro direito. — Coçou a cabeça.

— Tudo bem. — Terminei de comer e voltei para o quarto.

Ao meio-dia saí de casa, como minha mãe ainda não voltara, mandei uma mensagem para ela.

Mãe, tô saindo para almoçar com o Rafael e o Ricardo. Beijos!

Tudo bem filho. Depois que saí da casa da Gardênia resolvi ir à casa da Olívia, mas já tô indo para casa. Bom almoço.

Chegando no restaurante a recepcionista veio até mim. — Boa tarde! Em que posso lhe ajudar senhor?

— Estou esperando uns amigos. A reserva foi feita pelo Ricardo. — Informei.

— O senhor Ricardo ainda não chegou, mas o senhor Rafael já. Por favor, me acompanhe, vou levá-lo até a mesa. — Sorriu e caminhou em direção às mesas.

— Olá, cara! — Rafael se levantou e agarrou a minha mão.

— Espera há muito tempo? — Sentei. Ele balançou a cabeça negando. Nesse momento o Ricardo entrou.

— Desculpem o atraso, amigos. Quando estava saindo, minha mãe resolveu me ligar e quase não parava de falar.

Enquanto esperávamos a comida, pedimos um vinho e começamos a falar de algumas coisas sobre o trabalho.

Quando os pedidos chegaram, começamos a comer e continuamos falando sobre assuntos aleatórios.

Até que o Ricardo comentou. — Cara, o que foi aquilo na boate. Eu nunca tinha te visto daquele jeito.

— Não foi nada, apenas estava cuidando da minha mulher.

— Gustavo, você e a Lidiane estão realmente juntos? — Rafael olhou-me e levantou as sobrancelhas. — Ontem de manhã eu levei a minha sobrinha no parque e vi a Lidiane, o Miguel e os meninos. Eles pareciam um casal, sempre sorrindo um para o outro. Quando ela me viu ficou sem jeito, acho que pensou no que aconteceu na boate.

— Ela deve ter ficado com vergonha do que aconteceu ontem. E sim, nós estamos juntos, em breve iremos oficializar o nosso relacionamento. Ela me disse que ele ia ao passeio, na verdade, era um passeio dela com os meninos, mas ele avisou na última hora que também iria.

Continuamos o nosso almoço, depois nos despedimos e cada um seguiu o seu caminho. Cheguei em casa, minha mãe estava no sofá assistindo a um filme, resolvi ficar e lhe fazer companhia.

— A Lidiane esteve aqui.

Sério? O que ela queria?

— Ela disse que queria conversar com você.

— Vou ligar para ela. — Tiro o telefone do bolso.

— Filho, você tem certeza que você realmente quer esse relacionamento? Eu digo isso porque ela é a ex mulher do seu primo. Tenho medo do que ele e seus tios vão pensar.

— Mãe, a senhora sabe melhor do que ninguém o quanto eu amo a Lidiane. Eu quero ela pra mim. E só ela mesmo pode me afastar dela. Se eles não aceitarem, tudo bem, eu não vou desistir dela por isso. — Pego o telefone para ligar.

— Alô!

— Oi! Moreno.

— Mamãe disse que você queria falar comigo?

— Sim, você pode vir aqui hoje a noite?

— Sim. Qual o horário?

— Vem jantar comigo. Tô fazendo uma torta de chocolate para sobremesa.

— Desse jeito eu engordo. Você vai me querer se eu ficar gordo? — Escuto ela sorrindo do outro lado. — Então até a noite. Beijos, te amo.

— Eu também te amo. Tchau!

Depois que falei com a Lidiane, voltei para o lado de minha mãe, ficamos a tarde toda assistindo filmes, acabava um, íamos para outro.

...⏳...

— Tava me esperando atrás da porta? Mal apertei a campainha você abriu a porta. — Agarro ela e dou um beijo demorado, como eu estava com saudade dessa boca. Ainda com ela em meus braços fecho a porta. — Estava com saudades de você, da sua boca. — Falo isso trazendo ela mais uma vez pra perto de mim. Beijei seus lábios.

— Para, Gustavo! — Ela me empurra. E caminha em direção ao sofá.

— Você não está saudades de mim? — A seguro por trás e dou alguns beijos em seu pescoço.

— Gustavo, eu vou colocar a comida na mesa.

— Eu prefiro comer você. — Mordo sua orelha. Neste instante seu telefone toca.

— Ei! Meu telefone tá tocando, deixa eu atender. — Ela pega o telefone e olha para a tela.

— Você não vai atender?

— É o Miguel. Depois eu falo com ele. Vamos jantar.

Caminhamos até a cozinha. Depois do jantar, fomos lavar a louça e limpar a cozinha.

— Basta lavar os pratos, as panelas a Jesus lava amanhã. — Ela fala enquanto limpa a mesa.

— Você falou com os seus pais?

— Sim. Eles disseram que eu tenho todo o direito de refazer a minha vida.

— Eu também falei com a minha mãe.

— O que ela disse?

— Bom ela disse que já era adulto e iria respeitar as minhas escolhas.

— Ou seja, ela aceita, mas não concorda. Você não tem medo do que os outros pensam? — Olhei para ela sem entender. — O que sua mãe, seus tios, enfim o que nossos parentes e amigos vão pensar. Afinal eu sou a ex-mulher do seu primo. — Ela fala se encostando na pia.

— Por que eu deveria ter medo ou me preocupar com o que os outros pensam? E você também não precisa se preocupar. Basta você está ao meu lado, eu cuido do resto. — Termino de lavar os pratos. — Agora que já terminamos a limpeza, posso conhecer seu quarto? — Puxo ela para meus braços.

— Quem disse que você vai conhecer meu quarto?

— Estamos a sós aqui, você mandou os meninos para casa da avó deles.

— Como você sabia dos meninos?— Ela pega as minhas mãos e me leva para a sala.

— Eu encontrei eles com a sua mãe quando vinha para cá.

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