capítulo 7

Gustavo

Cheguei na empresa, Lidiane já estava lá. Pedi que ela convocasse o pessoal do setor financeiro para uma reunião às 14 horas e entrei na minha sala. Até agora estava só lendo documentos, e organizando algumas coisas relacionadas à empresa. A partir de hoje, o meu trabalho realmente começa.

Espero que com isso eu consiga tirar a Lidiane da minha cabeça, pois, esses dias, sempre que estava desocupado meu pensamento lhe pertencia.

Na quarta-feira recebi a visita do Rafael e do Ricardo.

— Boa tarde! Cara, temos que vir até a empresa para conversar com você? — o Ricardo foi logo reclamando. — Passei o final de semana te convidando para sair e você sempre me dispensando.

— Ricardo, você está parecendo peguete rejeitada. — Rafael brincou.

— Minha mãe ainda está muito triste, então resolvi passar mais tempo com ela— Fui cumprimentar os dois. — Sentem, querem tomar alguma coisa? Um café, uma água...

— Um café tá bom. — Rafael foi caminhando em direção ao sofá.

— Lidiane, por favor, traga três cafés aqui na minha sala. — Informei pelo telefone.

— O que está achando da empresa? O que acha da responsabilidade de continuar o legado do seu pai? — Perguntou Ricardo.

— Eu não sou como você, que tem medo de não dar conta, seu frouxo.

— Ei, eu só não quero viver sob pressão. E eu não vim aqui para falar da minha vida e sim da sua.

Nesse momento ouvi uma batida na porta, mandei entrar. Lidiane veio e nos entregou os cafés e saiu.

Bonita essa sua secretária, né? — Provoca Rafael. — Agora falando sério, como estão as coisas entre vocês? Agora o caminho está livre.

— Livre? Quem disse? — Eles me olharam. — Eles passaram o final de semana juntos.

— Eles têm filhos, meu irmão…

— Ricardo, ele estava viajando e assim que chegou, foi para a casa dela, dormindo lá. Vocês acham que eu ainda tenho chance?

— Ok, eu não sei o que dizer. — Admitiu a derrota Ricardo.

— Então esqueça ela de vez. Por que tenta um relacionamento? Eu nunca vi você num relacionamento sério com ninguém durante todos esses anos. — Afirmou Rafael.

— E para que eu quero um compromisso? Para que ter apenas uma, se posso ter todas. — Arqueei a sobrancelha. — Vocês vieram aqui só pra saber da minha vida amorosa? — Os confrontei.

— Não é pra isso que serve os amigos? Para cuidar uns dos outros. Cara, você não é mais tão novo, tá na hora de pensar em casar, não acha? — Sugeriu Ricardo.

— Não. Só porque vocês estão amarrados, tenho que fazer o mesmo? Só tenho 31 anos, ainda tenho muito pra curtir ainda. Não sei nem se me caso um dia. — Relaxei as costas no sofá.

— Eu não tenho ninguém, só o Ricardo está comprometido.

— E a sua namoradinha de infância? — Sacaneei o Rafael. — Lembro que ela não largava do seu pé.

— Faz três anos que ela foi embora. Eu te falei uma vez, você não lembra? — Disse o Ricardo me dando um murro no braço.

— Você foi olhar os apartamentos com meu pai?

— Sim, já acertei com ele. Só falta decorar agora.

— Você já tem a decoradora? Se você quiser, eu posso te passar o contato de uma designer que trabalha comigo. — Continuou Rafael. — Vou escolher uma solteira, quem sabe ela não te desencalha.

Conversamos mais um pouco, nos despedimos e fui para mais uma reunião. Depois da reunião recebi uma mensagem do Miguel perguntando se a gente podia marcar o almoço para sábado. Respondi que sim, e que ia levar uns amigos.

...⏳...

— Merda, meu irmão! O almoço vai ser na casa dela mesmo? Pensei que ela não ia aceitar. — Comentou Ricardo.

— O que eu te falei? Acho que minha mãe está certa, eles ainda vão se reconciliar. — Quando tocamos a campainha Miguel veio nos receber.

— Bom dia, primo! Ricardo, Rafael, sejam bem vindos.

— Miguel, que hora… — Lidiane entrou na sala. — Ah!? Já chegaram. Sejam bem vindos. — Ela veio nos saudar. — Agora só faltam as meninas.

— Quando elas vão vir? — Perguntou Miguel.

— Elas disseram que estarão aqui no máximo em 10 minutos. Estou indo para a cozinha quando elas chegarem você manda elas irem para lá. Mais uma vez, fiquem à vontade.

Levanto o olhar e cruzo com o dela. Mas ela desvia seu olhar do meu. Depois que ela saiu nos sentamos no sofá e ficamos conversando sobre coisas do dia a dia. Passado alguns minutos a campainha tocou.

— Deve ser as meninas. — Falou o Miguel e foi em direção à porta.

— Bom dia Miguel. — Quem falou foi a secretária de meu tio, Carla.

— Olá! — Falou a outra garota.

— Bom dia, meninas. A Lidiane está na cozinha.

— Ok. — Carla foi até o sofá. — Bom dia, chefinho! Olá! Tudo bem? — Ela cumprimentou o Ricardo e o Rafael. — Já pensaram em fazer uma dupla sertaneja? — Ela brincou com os meninos.

— Eu dizia isso direto para eles. Oi! Ricardo, Rafael. Oi, Gustavo! Tudo bem?

— Desculpa, mas eu conheço você? — Falei para a garota que entrou com a Carla.

— Eu sou a Gabriela, amiga da Lidiane da escola.

— Você é a menina que vivia colada na Lidiane? — Fiquei sem acreditar, ela estava completamente diferente.

— Eu mesma. Você me chamava "chiclete".

— Era mesmo. Você vivia colada na Lidiane, onde ela estava você estava.

— Mas você era mais chiclete que eu. Lembra que uma vez você inventou que a Lidiane estava doente só para eu não ir ao cinema com vocês? — Ela se sentou. — Aí, eu fui à casa dela e lá descobri que você foi para o cinema com ela. Acho que foi no aniversário de 14 anos dela.

— Carla, Gabi! A Lidiane está esperando vocês na cozinha. — Meu primo interrompeu a conversa.

— Vocês aceitam uma bebida? — Nos ofereceu

— Eu aceito. — Disse Rafael.

— Bom, meninos, nós vamos lá na cozinha. — Carla puxou a Gabriela com ela rumo à cozinha. Depois que elas saíram, retornamos a conversa, que eu não sabia o que era. Eu me perguntava o que eu estava fazendo ali. Eu devo ser sadomasoquista, só pode. Depois de um tempo eu quis ir ao banheiro. Na volta, ouvi uma conversa vindo da cozinha.

— Você já decidiu se vai voltar com o Miguel? — Era a voz da Gabriela.

— Primo! O que vocẽ está fazendo? Não achou o banheiro?

Levei um susto.

— Hum! Eu estava com sede e resolvi pegar um copo de água.

— Então vamos pegar. — Entramos na cozinha. — O almoço já está pronto? — Ele perguntou indo até a torneira.

— Sim, estamos terminando de fazer a salada. — Respondeu Carla.

Eu não conseguia tirar os olhos da Lidiane. Mas ela nem uma vez olhou para mim.

— Primo, aqui a água que você queria. — Após beber, voltamos para a sala. Alguns minutos depois a Lidiane veio nos chamar para o almoço.

— Fiquem a vontade, garanto que vão gostar da comida. A Lidiane é uma ótima cozinheira. — Comentou Miguel.

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Comments

gata

gata

Eu não sei o que ele foi fazer na casa da Lidiane,vai ver que gosta de sofrer 😠

2024-12-12

1

Fatima Sitta Vergueiro

Fatima Sitta Vergueiro

muito difícil para Gustavo

2024-09-16

0

Ver todos

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