—Está muito calado, querido. — Laura reclamou, durante o jantar, tirando Damon de seus devaneios.
Seu prato estava praticamente intocado e desistiu de comer.
Ele tivera a ideia de chamar Laura para jantar e talvez levá-la para a cama. Não seria a primeira vez, claro. Mas já não estava tão certo de que aquela fosse a coisa certa a se fazer.
Laura era filha de um grande amigo de seus pais, com quem também costumavam fazer negócios. Se descobrissem que saíram juntos novamente, poderiam começar a planejar um casamento entre os dois e isso não estava em seus planos.
Laura era uma mulher de classe, bonita e sociável. Seria considerada o par perfeito para ele, mas além de bela e elegante, era muito fútil.
—Desculpe-me, estou preocupado com o Jason. Ele se machucou hoje mais cedo e...
—Lembro-me de ter dito que contratou uma babá para cuidar dos seus filhos. — ela o interrompeu, antes de levar a taça de champagne aos lábios delicadamente.
Damon assentiu.
—Então deveria substituí-la, já que não faz o seu trabalho direito. — ela exclamou.
—Na verdade, ele se machucou quando os levei para um passeio essa tarde. — contou, incomodado. Ela nem ao menos lhe perguntara como Jason havia se machucado ou até mesmo se estava bem. Como seus pais poderiam desejar um casamento entre eles, se ela nem ao menos sabia mostrar um pouco de interesse e preocupação para com seus filhos?
Ele não precisava apenas de uma esposa. Ele precisava de uma mãe para seus filhos e se um dia resolvesse se casar novamente, não queria levar outra Elise para dentro de casa.
Ela pousou a taça novamente sobre a mesa e deu de ombros, antes de sorrir.
—Então está resolvido, querido. Deixe que a babá se preocupe com as crianças e aproveite o jantar. — ela pediu. —Ela é paga para isso, não é mesmo? E você tem trabalhado tanto ultimamente... Precisa relaxar um pouco e eu sei muito bem como fazer isso acontecer.
Damon olhou para a mão que ela pousava sobre a dele, acariciando-o suavemente enquanto olhava para ele deixando suas intenções bem claras.
Imaginou que, naquele momento, Leane e as crianças estariam jantando em sua casa e desejou não ter marcado aquele encontro com Laura.
O café da manhã naquele dia fora um momento agradável e ele gostara de ver como Leane lidava com seus filhos.
Ela era atenciosa e cuidadosa.
Ficara muito surpreso ao retornar para a sala depois de procurar em todos os lugares por um curativo para Jason, e perceber que ela já tinha cuidado de tudo.
Ele estava receoso sobre ela, preparado para despedi-la assim que cometesse qualquer erro.
Mas ela se mostrava a babá perfeita para as crianças em todos os momentos e a imagem de Meggie e Molly dormindo com ela em sua cama não lhe saía da cabeça.
—Eu tenho trabalho em casa me esperando, Laura. Sinto muito, mas teremos que deixar isso para outro dia. — ele disse, fazendo com que a mulher afastasse a mão rapidamente da sua e o encarasse como se não estivesse acreditando naquilo.
—Mas eu pensei que ficaríamos juntos essa noite... — ela reclamou. —Já faz tanto tempo...
Ela tinha razão.
Fazia um tempo que tinham dormido juntos.
Foram dois ou três encontros rápidos de dois adultos após um jantar tranquilo.
Isso, até ele descobrir que seus pais esperavam que assumissem um relacionamento e o tornassem público.
Era viúvo a um ano, e não queria entrar em outro matrimônio tão cedo.
Não, porque estivesse triste ou qualquer coisa do tipo, por ter perdido sua esposa.
Ele não sentia nada por Elise já fazia muito tempo e Meggie acabara nascendo depois de um momento de fraqueza.
Ele só mantivera as coisas como estavam porque não queria abalar a vida das crianças, mas agora percebia que fora um erro.
Manter Elise ao seu lado não fizera com que fosse uma boa mãe para seus filhos.
Então, não poderia cometer o mesmo erro levando para dentro de casa, alguém que se parecia tanto com ela.
—Sinto muito, Laura. Uma outra noite, quem sabe. — ele disse, deixando claro sua decisão. — Se já terminou o jantar, eu vou levá-la para casa. Quero pegar as crianças ainda acordadas para dar boa noite.
Ela baixou os olhos para o prato, mas ele pôde ver a frustração neles antes de ela tentar ocultar seus sentimentos.
Vinte minutos depois ele parava em frente ao prédio de Laura e como um perfeito cavalheiro, ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para que ela descesse.
—Tem certeza que não quer entrar? — ela tentou mais uma vez e ele negou.
—Eu realmente preciso ir.
Ela suspirou.
—Tudo bem. Poderíamos no ver na segunda, em seu escritório? Estou pretendendo construir um novo apartamento e gostaria que me ajudasse a analisar algumas plantas...
Damon franziu o cenho.
—Não faz três meses que finalizou as obras desse prédio e se mudou para cá. — ele observou. —Porque quer um novo apartamento?
Laura deu de ombros.
—Não gostei da vizinhança e vou vender o prédio. — ela respondeu, ajeitando a bolsa no ombro e jogando os cabelos loiros para trás da orelha.
Ele abriu a boca para responder, mas desistiu logo em seguida.
O dinheiro era dela, assim como aquele prédio. Ela que fizesse o que bem entendesse.
Isso só provava que estava certo quanto ao que pensava dela.
Poderia até mesmo passar algumas noites com Laura em sua cama, para satisfazer seus desejos, mas ela não seria nada além de um sexo casual.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
IJBit♏🍀
É fim de semana.A Leane não tem folga?
Acho estranho, a pobre moça não tem outra vida que não essa, de ficar só envolvida com as crianças?
2024-03-04
103
Vera Lucia De Souza
Mais.se a pobre não tem nem pata onde ir para q folga /Grievance//Grievance/
2024-04-26
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Sueli Fatima Ribeiro
Leane só trabalha, precisa de folga pra passear, visitar a dona Flora,
2024-04-19
0