Leane pagou ao motorista de táxi pela viagem e desceu do carro logo em seguida.
Ele também desceu, ajudando-a a retirar sua mala de dentro do porta-malas, mas não deixou de parar por um momento e olhar para a enorme mansão onde Leane iria trabalhar.
—Você vai morar aqui? — ele perguntou, claramente admirado pelo lugar.
Leane não sentiu o mesmo, já que achou aquele lugar muito frio e sem vida.
—Sim, mas a trabalho. — respondeu.
Quando percebeu que ele não parava de olhar para a mansão e sabendo que deveria se apressar e se apresentar para o trabalho, Leane pigarreou.
—Obrigado, mas eu preciso entrar agora. — ela disse chamando a atenção do motorista novamente para si.
Ele piscou, voltando sua atenção para ela e observando-a atentamente da cabeça aos pés antes de olhar uma última vez para a casa antes de dar meia volta e seguir novamente para dentro do carro.
—Se deu bem, garota. Boa sorte no novo emprego. — ele desejou, ligando o carro novamente.
Leane não entendeu o que ele quis dizer com isso, mas agradeceu assim mesmo e seguiu pelo caminho de pedras ladeado por um lindo jardim bem cuidado.
Ouviu quando o carro se afastou, voltando pelo caminho por onde vieram, enquanto se aproximava cada vez mais da mansão.
O barulho de algo se quebrando lá dentro a surpreendeu quando alcançou a porta.
Respirou fundo antes de erguer a mão para tocar a campainha da casa.
O próximo som que ouviu foi o de passos apressados antes da porta se abrir, revelando uma senhora de cabelos grisalhos e feições cansadas.
—Ah, finalmente! — ela exclamou, parecendo realmente aliviada. —Você deve ser a nova babá...?
Leane levou alguns segundos para responder, então assentiu.
—Sim, me chamo Leane e...
—Querida, por favor entre! — a senhora pediu, interrompendo-a. — Não sabe o quanto eu estava ansiosa com sua chegada. As crianças são um amor, mas eu já não tenho pique para cuidar de três pestin...
Leane arqueou uma sobrancelha, ao compreender o que a senhora diria das crianças antes que a mesma se desse conta e interrompesse a fala pela metade.
—Quer dizer, eu não tenho pique para cuidar de três crianças tão pequenas quando já tenho tanto o que fazer nessa casa gigantesca. — ela se corrigiu rapidamente, abrindo espaço para que Leane entrasse.
—Onde estão as crianças? — Leane quis saber, olhando ao redor, confusa. Por um momento ela pensara que as crianças estariam esperando por ela no Hall de entrada, a julgar pelos ruídos que ouvira instantes atrás, mas agora tudo permanecia em perfeito silêncio como se elas tivessem se escondido.
A senhora fechou a porta rapidamente, como se temesse que Leane saísse novamente, e suspirou.
—Eu pedi para que Mary, a cozinheira, as levasse para a cozinha para que eu pudesse recebê-la sem toda a agitação infantil... — ela se explicou antes de observar Leane dos pés à cabeça. — Flora me disse que era nova, mas eu não imaginava que fosse tanto.
Leane sorriu, quando reconheceu a velha senhora como amiga de Flora.
—E você deve ser a Sra. Albert... — Leane comentou. —Eu não sou tão nova assim. Já tenho 27 anos.
A Sra. Albert revirou os olhos antes de sorrir para ela, parecendo finalmente mais relaxada.
—Quando eu tinha vinte e sete anos, minha querida, eu já estava casada e trazendo meu primeiro filho ao mundo. E garanto que isso foi há muitos anos atrás. — Leane riu baixinho, desculpando-se logo em seguida ao perceber que estava sendo rude.
—Me desculpe... — pediu, pigarreando.
A Sra. Albert riu de seu constrangimento.
—Não se preocupe com isso, querida. Já estou velha e isso é um fato! — ela exclamou. — Mas estou preocupada que esse não seja o emprego ideal para uma jovem como você. Cuidar de crianças tão pequenas pode ser um pouco difícil e elas perdera a mãe recentemente.
Leane juntou as mãos em frente ao corpo.
—Eu sei o quanto e difícil e acho que talvez eu possa ajudá-las de alguma forma... — ela disse, fazendo a mulher abrir os lábios em espanto.
—Oh, querida, me desculpe. Eu havia me esquecido que acabou de perder sua mãe... — Leane engoliu em seco ao perceber que a lembrança provocara um nó em sua garganta que logo se transformariam em lágrimas se não mudassem de assunto.
Ainda não estava pronta para falar sobre isso sem ficar emotiva.
—Não se preocupe com isso. — disse apenas e tratou de mudar de assunto. — Podemos chamar as crianças para que eu possa conhecê-las?
A Sra. Albert pareceu um pouco insegura.
—Tem certeza que não quer se ajeitar em seus aposentos primeiro?
Leane negou.
Ela sabia que a intenção da senhora era dificultar sua partida caso desistisse e resolvesse ir embora, desfazendo suas malas.
Mas Leane não tinha pretensão de ir a lugar algum.
Aquela era a oportunidade que precisava para seguir em frente.
E ela não era do tipo de mulher que desistia facilmente...
—Sra. Albert, eu gostaria de conhecer as crianças primeiro. — disse ela. —Fique tranquila, porque não pretendo ir a lugar algum.
A Sra. Albert corou com seu comentário, denunciando suas verdadeiras intenções e Leane se segurou para não rir.
—Tudo bem, me desculpe. — ela se desculpou, apontando para o corredor que Leane imaginava levar até a cozinha. —Deixe suas coisas aqui. Vou pedir para o Norman levar sua mala para o seu quarto.
Leane a seguiu pela sala gigantesca e em seguida pelo corredor, parando em frente a uma porta de vidro escuro e pesada.
Algo que se destacava dentro daquela casa, uma mistura de antigo e moderno.
Quem observasse a casa de fora, jamais imaginaria que por dentro haveria móveis e equipamentos eletrodomésticos tão modernos como os que ela via ali, ao adentrar a cozinha.
Claro, tirando a bagunça de farinha espalhada por todos os lados e as duas crianças mais velhas com as roupas mãos completamente sujas de o que Leane imaginava, ser farinha e ovos ou qualquer outra coisa grudenta parecida.
Mary, a cozinheira, estava em um canto, segurando a bebê no colo, olhando para as duas crianças parecendo completamente perdida.
—Crianças! —A Sra. Albert exclamou, chocada, enquanto olhava para toda aquela bagunça. —Eu me afastei apenas por alguns minutos e olha o que fizeram!
—Nós só estávamos tentando fazer biscoitos para a nova babá. —a menina disse, chamando a atenção de Leane para ela.
Seus cabelos loiros e olhos azuis faziam-na parecer um pequeno anjo, combinado com as bochechas salientes e lábios rosados.
O garoto ao seu lado, possuía os cabelos da mesma cor, mas seus olhos eram ainda mais azuis que os da irmã, o que deixou Leane fascinada apesar da sujeira em seu rosto e roupas.
—Eu pedi para que se comportassem! — A Sra. Albert resmungou. —Eu vou contar ao pai de vocês o que estavam fazendo!
Leane resolveu intervir.
—Sra. Albert, acho que não será necessário. Fiquei emocionada com o esforço das crianças em me prepararem biscoitos de boas-vindas. Portanto, ficarei ainda mais impressionada caso eles me ajudem a limpar essa bagunça para que possamos finalmente assar esses biscoitos. —ela disse, observando enquanto as duas crianças mais velhas olhavam uma para a outra em uma conversa silenciosa, antes de se voltarem para ela novamente.
A Sra. Albert resmungou alguma coisa antes de fazer um sinal para Mary se aproximar com a bebê.
—Tudo bem, senhorita Grey. Vou levar essa pequena para tomar um banho enquanto vocês se divertem... — Leane segurou o riso diante do comentário da governanta. — Se precisar de alguma coisa, basta chamar.
Não levou mais que alguns segundos para que Leane se visse sozinha com as duas crianças, que a encaravam com curiosidade.
—Quanto tempo pretende ficar? — a garota perguntou de maneira direta, pegando Leane de surpresa.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Patrícia Barbosa Ferrari
Tadinha da Leane ,Vai comer o pão 🍞 que o diabo 😈 amassou com essas crianças,mas com muito Amor 💜❤️ e Carinho, irá conseguir conquistar os dois
2024-11-30
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Maria Jussara
sangue de Jesus tem poder kkk quando penso em tomar conta de crianças ate arrepio pq fui babá na juventude e as crianças eram uma peste
2024-11-20
1
Maria Lima De Souza
kkkkj logo será a mãe de coração
2024-12-19
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