que bom que acordou

Martina

Minha cabeça dói tanto e de repente... abro meus olhos devagar, tudo gira ao meu redor.

Quando consigo focar, me sinto perdida. Sinto uma mão na minha e a reconheço.

- mãe... / mal consigo falar, mas graças a Deus é ela

- filha... que bom que acordou! não tente falar. Espere um segundo. / ela diz e levanta até a porta

Ela grita que eu acordei... mas acordei do que?

Meu pai e mais alguém entra com ele, nem um minuto depois que minha mãe avisou.

- filha, que bom que acordou! / meu pai diz e beija minha testa com carinho

O outro homem se aproxima de mim e pega minha mão... aquilo... é muito estranho. O que esse homem quer?

Olho para minha mãe e pro meu pai, os dois parecem não entender meu olhar.

- o que foi? / minha mãe pergunta

Eu olha dela para o homem, que fica com uma cara estranha também.

- quem é ele? / pergunto baixo olhando para meus pais

O homem vai soltando devagar minha mão e vira de costas passando a mão nos cabelos.

- filha... é o Henrique, seu... seu marido! / meu pai diz

E aquilo me atinge com uma dor de cabeça enorme... eu não conseguia lembrar, como eu não lembrava do meu... meu... marido...

O homem olha pra mim e diz:

- Martina, me diga que está brincando por favor! / ele fala parecendo suplicante

- eu... eu... / fico perdida e o ar começa a faltar

Logo entra uma enfermeira e pede pra que todos saiam.

Ela injeta algo em mim e adormeço. Sonho com várias coisas, inclusive com aquele homem, no que parece ser um safari. Até mesmo Nina e Vicenzo estão lá, embora eu saiba que é tudo um sonho, parecia tão real... tudo.

Acordo e Nina e Vicenzo estão do meu lado da cama.

- ah Martina! / Nina diz e me abraça forte se inclinando em cima de mim

- oi amiga / falo baixo, pois minha voz não sai alto, nem que eu queira

Vicenzo se inclina e beija minha bochecha

- Martina... deu um susto em nós sabia. Mas sei que já está boa, zoando o Henrique e todo mundo fingindo que perdeu a memória... / Vicenzo fala rindo

E eu fico quieta...

Os dois se olham. E depois me olham.

- não estava brincando? / Nina pergunta

- não eu... não estava brincando/ falo

E então o homem, Henrique, entra.

- Nina, Vicenzo, peço licença a vocês! / ele diz sério

Nina me olha e eu aceno com a cabeça que sim, então ela sai com Vicenzo. E eu fico sozinha com o meu... meu marido.

Ele senta numa cadeira ao lado da minha cama, de frente para mim.

Henrique tenta pegar minha mão, mas eu a retiro, por impulso, não foi proposital.

- Martina, preciso perguntar, não se lembra mesmo de mim? De nós? / Ele pergunta

- não... / respondo olhando em seus olhos, meu cérebro parece querer muito lembrar, mas não consigo

- Deus...Martina....

- a quanto tempo somos casados? onde estou? na sua casa? / pergunto, pois não tinha perguntado a ninguém ainda

- estamos casados a 25 dias. Você sofreu um acidente quando estávamos a 16 dias casados. Ficou 9 dias em coma induzido, era para ter ficado só dois, mas o inchaço não diminuia... enfim, estamos na minha casa, nossa casa, em... em Cosa Nostra! / ele diz

- Cosa Nostra? Está brincando né? / Deus como fui que me meti nisso

- não... Eu serei o novo chefe do cartel Valente, meu pai é o chefe atual do cartel... / ele diz medindo as palavras.

Deus... ele era um Valente? Eu devia estar muito maluca

- nós... nós casamos por amor? nos amamos? / pergunto porque eu precisava saber...

Henrique respira fundo, não entendo, talvez decepção com a pergunta...

- sim, sim... estávamos apaixonados! / ele diz sério

- é... uau...bom me desculpe não lembrar, tenha paciência comigo, por favor, acho que logo... lembrarei / falo, sem saber bem o que dizer

- terei toda a paciência do mundo Martina. Não conseguimos encontrar ainda o culpado, ele fugiu do país. Mas vai voltar, eles sempre voltam para terminar o serviço. Então vamos pegá-los. E vão se arrepender do dia em que tocaram em você! / ele diz com raiva nos olhos

Henrique tenta pegar minha mão novamente e desta vez eu deixo. Ele aperta com carinho ela e depois beija a palma da minha mão.

- me conte, sobre... nós/ peço a ele

Ele sorri um pouco e depois começa a falar.

***

Amores, deixem sua opinião. Devo explorar a perda de memória dela e fazer com que os dois se apaixonem de novo? daria um novo rumo a história. Henrique a conquistaria do zero e eles viveriam um novo começo.

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