ajuda

Martina

Não esperava pelo que o Henrique disse, não mesmo.

O que vou fazer? O que vou dizer ao meu pai? Ele vai ficar putø comigo. Como vou dizer que o Henrique me mandou embora? Parece o tempo da pedra... vai me devolver pro meu pai? Aff

Nem sei o que pensar. Volto pro meu quarto e ligo para a Nina.

- oi / ela atende

- amiga...

- o que houve tá tudo bem? / Nina pergunta nervosa.

- vou me divorciar / falo logo

- o que? como assim? Martina, sabe que ele vai te matar literalmente não é? É isso que o chefe da máfia tem que fazer! / Ela diz ainda mais nervosa

- não Nina, parece que existe uma brecha... se ele achar outra esposa, pode me mandar embora! / falo com indiferença

- Deus... não sabia disso! Ela está com outra? Martina me conta tudo de uma vez!

- bom... estamos brigando muito, mas muito por culpa minha sabe

- nossa, chocada / Nina diz zombando

- enfim, resolvi que ia pedir desculpas, então quando cheguei no escritório dele, tava lá uma tal de Maya se jogando pra ele! / falo

- e o Henrique deu corda pra ela?

- não, na verdade estava dispensando ela... / falo

- e então?

- então eu surtei, ameacei a mulher com uma arma, depois briguei com ele... daí Henrique explodiu comigo e disse que se eu queria ir embora que fosse, eu estava livre. Ele acharia outra e me daria o divórcio

- meu Deus Martina, você deve ter o irritado muito, porque você sabe, ele gosta de você... muito...

- não gosta, se gostasse não me mandaria embora! / falo

- Martina, ele só está cansado dos seus surtos! Tenho certeza que ele gosta de você! Sabe a viajem que fizemos? A ideia foi minha, mas porque ele tinha pedido ajuda ao Vicenzo. Ele queria um jeito de chegar até você, conquistar você... mas você só o afasta. Imagino que ele deve estar muito triste com tudo que aconteceu entre vocês

Fico em silêncio alguns minutos, pensando em tudo que fiz...

- tá bom amiga... obrigada pela conversa. Nós falamos, beijo tchau

- espera! / ela diz mas eu desligo

Desço e procuro Henrique no escritório e na parte de baixo da casa.

Nada.

Pergunto a um dos seus homens:

- onde está o Henrique?

- saiu senhora! / ele diz seco

- para onde?

- não tenho autorização para dizer

- olha aqui.... obrigada/ eu ia xingar o homem, mas decido que não, só vou piorar tudo

Então volto para casa e vou para a cozinha comer.

A noite vai chegando e nada dele.

Minha mente, só fica pensando que por raiva ele pode ter ido até a Maya... Deus...aquela mulherzinha atrevida e nojenta.

Fico na sala assistindo TV e quando já é mais de meia noite, vou dormir.

Que lua de mel incrível, transamøs uma noite. E agora estamos brigados, ótimo!

Acordo no meio da madrugada, um barulho no banheiro de coisa caindo.

Fico assustada, Henrique no chegou ainda, procuro por uma arma, não acho nada, corro pro closet e pego um arma minha. Não acredito que o Henrique não dorme com uma do lado da cama.

Vou a passos lentos e silêncios até o banheiro, abro a porta devagar com a arma apontada, mas não era ninguém, aliás, era Henrique caído do lado do box, parecia... bêbado, mas não...

Me aproximo dele que tá de casaco escuro e a mão na barriga.

- Henrique? / o chamo e me agacho o tocando

Ele cai para o lado, parecendo desmaiado, quando olho a mão que estava encostada nele... estava suja de sangue...

Abro rapidamente o seu casaco, depois sua blusa e vejo um buraco de bala, olho atrás e a bala tinha saído, menos mal.

- Henrique? pode me ouvir? Eu tô aqui! você tá em casa! Vou chamar um médico! Já volto! / falo aflita

Mas antes que eu levante, ele segura minha mão, ainda de olhos fechados.

- não... / ele diz e quase não sai som

- desculpa Henrique, preciso ir chamar alguém, mas eu já volto!

Dou uma última olhada para ele e corro escada a baixo gritando por ajuda.

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