Eu tinha saído da clínica na segunda-feira de manhã, a primeira coisa que eu z quando cheguei em casa, foi passar a segunda toda com Pedro, assistindo lmes e fazendo coisas que a gente fazia com Paulo.
Eu pego na minha bolsa a agenda de Paulo que eu tinha pegado na nossa casa do litoral, vou até o seu escritório que eu tinha arrumado depois da polícia ter vindo vasculhar todas as coisas, pego uma de suas canetas preferidas, Paulo era louco por canetas e o melhor presente que ele poderia receber, era canetas com seu nome escrito, essa era uma que Pedro tinha feito para ele durante uma viagem com seus primos, era a preferida dele, eu abro um sorriso lendo o seu nome nela.
— Senhora Barbara — Liliane fala batendo na porta do escritório.
— Oi, Liliane — eu falo sorrindo — Eu não tinha te visto ainda aqui hoje.
— É bom ver a senhora sorrindo — ela fala — Me atrasei porque tive que ir dar um novo depoimento, na polícia.
— Um novo depoimento? — eu pergunto — Eu não estava sabendo.
— Murilo me avisou ontem a tarde — eu arqueio a sobrancelha
— Eu ainda não falei com Murilo hoje — eu falo — Ele deve me ligar para me contar em breve.
— Eles me zeram muitas perguntas sobre a senhora — eu a sinto nervosa — Como você era, sua forma de ser com os funcionários, com seu lho, com Paulo, eles me zeram muitas perguntas. Eu falei apenas a verdade que você é uma mulher incrível — eu sorrio e me aproximo dela — Mas eu me enrolei por causa da pressão e ele era muito… — eu a interrompi.
— Abusivo, o investigador é abusivo e invasivo — ela assente.
— Sim, isso mesmo — ela diz.
— Mais uma vez ca tranquila, você está aqui a anos com a gente, eu con o totalmente em você — ela me olha e assente.
— Obrigada pela con ança — ela fala e eu a abraço, ela leva um susto.
— Eu agradeço por esse abraço — eu digo ainda abraçada nela, eu me afasto e ela me olha.
— Não precisa agradecer — ela fala — Sei que ainda é um momento muito difícil, mas as coisas do senhor Paulo ainda estão em cima da cama.
— Eu vou separar as roupas — ela me olha — Irei levar para a doação, mas depois de ir até a empresa.
— Vai até a empresa? — ela pergunta e eu assinto — A senhora tem que ir mesmo, irá te fazer bem.
— Eu vou lá antes do almoço e não pretendo almoçar em casa — eu falo e ela assente.
A minha decisão de ir para a empresa veio do nada, porque eu achei que não iria tão cedo tomar a decisão de ir até lá, mas depois de conversar com o doutor Fernando, vou seguir o que ele me disse, eu cheguei a conclusão que aonde eu iria sentir o Paulo vivo seria lá, porque eu iria continuar construindo algo que sonhamos muito para realizar.
Pela primeira vez depois da morte do Paulo eu dirijo o carro, o percurso era curto, mas mesmo assim fazer esse caminho sem ele ao meu lado, era horrível. Eu estaciono o carro na vaga de garagem com meu nome e olho para o lado vendo a vaga com o nome de Paulo vazia, eu desço do carro lentamente encarando aquela vaga e fecho os olhos lembrando de quando a gente chegava na empresa, ele sempre com seu humor impagável me fazendo rir, por que ele dizia que o dia só começava depois de uma boa risada.
(***)
— Bom dia, pessoal — eu falo entrando pelo escritório principal da Evive e a equipe me encara surpresos.
— Bárbara — Aline que era a minha assistente fala sorrindo — Que bom ver você aqui — eu sorrio para todos.
— Bom dia, senhora Bárbara — Marcos que era um dos designers da Evive fala.
— Eu não acredito que você voltou! — Carla que era a organizadora dos eventos, café e reuniões de demonstração da Evive, diz sorrindo e se aproximando de mim — É bom ter você aqui, você fez falta.
— Obrigada a todos pelo carinho — eu sorrio leve — Não é fácil voltar depois de tudo que aconteceu e achei que nem voltaria tão cedo, mas essa empresa era um projeto lindo que eu e Paulo criamos e realizamos juntos, cada detalhe dela e eu não posso deixar o amor que a gente sentia juntos por ela morrer, por que aqui eu me sinto perto dele. — eles me olham — Bom, Carla eu vou pedir que você organize uma reunião com todos os nossos colaboradores, clientes e amigos íntimos para hoje a tarde em nosso salão secundário — ela assente — Me avise se der certo.
— Pode deixar — ela fala.
— Eu vou até o escritório de Paulo — eu falo.
— Pietro está usando-o — ela diz
— Como? — eu pergunto
— Pietro está usando o escritório de Paulo — ela fala e eu arregalo os olhos.
— Ele está aí? — eu pergunto.
— Ainda não chegou — ela fala e eu ando até o escritório de Paulo o mais rápido possível.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Silmara Rocha
acho que este irmão tem tudo ave
2022-05-29
1