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Eu abro a porta quando vejo que Murilo e Pietro estão estacionando os carros. Pietro desce do carro e vai em direção ao porto e Murilo vem me encontrar na porta de casa. Eu tinha chamado eles depois que quei sabendo sobre o carro azul, eles eram os únicos que eu conseguia con ar nesse momento.

—Pietro vai ver se consegue mais alguma informação sobre essa mulher — ele fala.

—É estranho — eu falo — será que Paulo teria capacidade de ter uma amante? — eu questiono.

—Acredito que não — ele fala — Paulo era apaixonado por você, pela família que ele construiu ao seu lado.

—Mas quem era essa mulher? — eu pergunto — você era braço direito dele.

—Paulo não me disse que aquele dia iria mudar o testamento — ele fala — ele não quis mudar comigo, nem sequer me avisou sobre essa mudança e eu era seu advogado á anos, estou achando que Paulo deveria estar com problemas.

— Mas que tipo de problemas? — eu pergunto — Não consigo imaginar nada e muito menos motivos para matar ele.

— Você deveria arrumar as câmeras de segurança da sua casa — Pietro fala — como você tem elas desligadas?

— Você sabe que tanto eu como Paulo somos contra isso — eu falo.

—É questão de segurança Barbara — Pietro fala me olhando — se tivesse câmera de seguranças a gente teria muitas repostas sobre o assassinato do meu irmão e iriamos provar que você não tem como ser culpada da morte dele.

— Mas não é hora de discutir sobre as câmeras de segurança — Murilo fala —

Precisamos te proteger Barbara de qualquer acusação que possa ser feito contra você.

— Eu não consigo acreditar que estão falando que sou culpada pela morte do meu marido — eu falo — isso é algo inaceitável.

—Precisamos achar toda forma de te proteger — ele fala.

— Vamos entrar — eu falo para ele e para Pietro. Entramos dentro de casa e logo minha funcionária traz o café para nós na sala.

— A polícia deve vir buscar às coisas de Paulo e fazer a perícia no escritório amanhã pela manhã — Murilo fala — quem deve vir comandar tudo será o investigador Felipe Soares, o mesmo que fez ás perguntas para você na delegacia, você já percebeu que ele colocou você contra a parede, que ele é bem invasivo, é muito importante que você não responda nada á ele sem está comigo.

— Não irei responder — eu falo — Mas você acha que mesmo investigando, eu posso continuar como suspeita da morte dele?

—O que pesa muito é a mudança do testamento — Pietro fala — Acho que isso pesa muito mais do que você ter sido a primeira a chegar na cena do crime, ele deixou tudo para você, tirou de todos os outros bene ciados e isso vai pesar bastante na investigação, Murilo me corrija se eu estiver errado.

— Ele está certo, Barbara — ele fala — Eu achei uma forma de amenizar essa questão na investigação.

— Qual seria essa forma? — eu pergunto.

— Você precisa amenizar essa parte, mostrar que você não estava interessada em car com nada que era de Paulo, que você trocaria tudo para ter seu marido, que empresa, dinheiro nada importa mais para você — ele fala.

— Eu não estou entendendo — eu respondo.

— Você precisa descansar a sua cabeça — ele fala — passe a tutela de Pedro para

Pietro seu cunhado que é de sua con ança, assim você já irá amenizar o fato de que você não quer car com a parte que Paulo deixou para seu lho além disso, você passa também a parte que Paulo deixou para você, deixando Pietro como responsável pelos 25% do Pedro e 25% que Paulo deixou para você, você ainda irá car responsável por 50%. Deixe Pietro como Ceo da empresa de fachada.

— Isso é necessário? — Pietro pergunta — ela passar a tutela, a tutela das ações dela e me deixar como Ceo? Porque — Eu o interrompo.

— Eu entendi o que Murilo está querendo falar — eu respondo — e você é a única pessoa que eu con aria de olhos fechados para isso.

— Barbara — ele fala pegando na minha mão — você sabe que pode con ar em mim de olhos fechados.

— Eu sei disso meu cunhado — eu falo dando um sorriso fraco — Murilo tem razão, eu preciso descansar um pouco e passando para você isso, eu sei que você vai poder me ajudar na empresa também, se isso não for problema para você.

— Não é não — ele fala — estou aqui para isso.

—Obrigada — eu respondo para ele.

—Eu tenho os papeis para você assinar — Murilo fala — eu já deixei tudo pronto e você pode cancelar eles quando quiser.

—Isso não é problema — Pietro fala.

— Minha cabeça está confusa com tudo isso, com todas essas informações, com a morte de Paulo — eu falo — Então a sua ajuda será muito bem—vinda. — Pietro me abraça.

—Eu vou tentar descobrir quem era a mulher que saiu com ele — Murilo fala — Acredito que a polícia vai conseguir descobrir já que está atras dessa informação, eu carei de olho em qualquer mudança na investigação.

— Faça isso — eu respondo — amanhã você sabe a hora que eles vão vir?

— Não — ele diz — amanhã tenho uma audiência importante.

—Mas eu vou estar aqui com você — Pietro fala colocando a sua mão sobre o meu ombro e eu assinto sorrindo fraco.

Murilo me entrega os papeis e eu acabo nem lendo eles para assinar, eu con ava em Murilo e Pietro, Paulo con ava neles de olhos fechados.

—Aqui — eu falo.

—Você não quer ler? — Murilo pergunta.

—Não estou com cabeça para isso — eu falo.

Eu vou te entregar uma cópia dos contratos — ele fala

Eu fecho a porta depois que os dois vão embora e eu vou em direção a escada, na nossa sala a gente tinha um móvel com porta retratos de toda a nossa vida, eu paro e começo a ver as minhas fotos com Paulo e Pedro em nossa casa no litoral, eu sorrio vendo como a gente era feliz.

E a noite da festa vem na minha cabeça, enquanto a gente dançava, as palavras de Paulo embaralham em meus pensamentos.

Flashback on

— Se um dia algo acontecer comigo — ele fala me olhando e eu o encaro.

— Do que você está falando? — Olho para ele sem entender. — Acontecer algo com você? — Ele passa a sua mão pelo meu rosto.

— Você terá todas as respostas que irá precisar em forma de uma carta, lá onde o sol nasce e a gente… — ele me olha e eu encaro.

Flashback off

— Em forma de carta onde o sol nasce — eu falo pegando o porta retrato com uma foto nossa na casa do litoral.

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