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Marília insistiu para a gente dar uma volta no shopping, mas compras não iria trazer ele de volta, mas não discuto e vou com ela. Eu sempre fui uma mulher consumista, adoro bolsas e sapatos, mas parece que agora nada disso fazia sentido.

— Isso cou lindo em você — ela fala.

— Eu agradeço a sua boa vontade de me fazer car um pouco melhor — eu me sento na poltrona da loja, tirando a sandália que eu estava experimentando — Mas não consigo gostar de nada.

— Você precisa procurar ajuda — ela fala — Um psicólogo, terapeuta ou fazer algum exercício físico, pilates? — ela me olha perguntando — Ou até mesmo uma nova faculdade.

— Eu não tenho vontade de fazer nada — eu respondo — Aliás, eu preciso voltar para a empresa, porque a empresa precisa de mim, os nossos clientes e eu nem sei como vou encarar tudo aquilo sem Paulo.

— Mas agora a empresa depende de você, sabe que precisa continuar com o que vocês batalharam tanto para construir — ela fala dando um leve sorriso.

— Eu deixei Pietro à frente de tudo — ela me olha espantada — O que foi?

— Pietro? — ela pergunta — Como assim? — ela questiona um pouco confusa — Pietro na frente da designer Evive? Ele nem sabe trabalhar com decoração ou entende sobre isso.

— Ele se ofereceu e Murilo disse, que era a melhor solução nesse momento — ela estreita os olhos — Acredito que ele consiga me ajudar na parte da administração, na parte dos clientes e dos projetos existem arquitetos para isso na empresa.

— Barbara — ela respira fundo — Você não acha equivocado de mais colocar ele para administrar a sua empresa?

— Você não con a no seu marido? — eu a questiono com outra pergunta.

— Con o — ela responde assentindo com a cabeça — É claro que eu con o, mas é que… — ela balança a cabeça — Colocar ele como Ceo da sua empresa de papel passado, poderia ser ele ou qualquer outra pessoa, é arriscado demais. Você consegue desfazer?

— Murilo disse que consigo na hora que quiser — eu respondo a sua pergunta com rmeza.

— Esse contrato está com você? — ela pergunta.

— Não — eu respondo — Está com Murilo. — Ela fecha os olhos e suspira.

— Como você não tem um contrato, que serve para você reverter o cargo que você deu de Ceo da sua empresa? — ela questiona enfurecida.

— É… — eu co confusa — Está com Murilo e ele é meu advogado.

— Advogado do Paulo — ela fala — No qual Paulo o tirou e o irmão do testamento no dia da sua morte, você não chegou a questionar isso?

— Você está me deixando confusa — eu falo.

— Paulo procurou outro advogado, para fazer a mudança desse testamento — ela fala — Isso também não te deixa intrigada? Porque eu como advogada e esposa do Pietro, eu co intrigada e com medo do que ele e Murilo podem estar planejando.

— Espera — eu a encaro e me levanto andando de um lado para o outro nervosa — Você está levantando dúvidas de que eles poderiam… — eu paro de falar e ela assente com a cabeça.

— Te dar um golpe? — ela diz — Sim, estou. Tem certeza de que os documentos que você assinou, eram apenas para passar ele como Ceo da empresa? — eu a encaro e nego. — O que mais você assinou Bárbara? — ela me olha e eu começo a tremer — Bárbara, o que mais você assinou?

Eu começo a suar frio quando lembro que passei a tutela de Pedro para ele, minha cabeça começa dar um nó e eu começo a sentir que eu perdi ainda mais o controle de tudo, eu começo a sentir uma dor forte no peito e Marília se levanta para me ajudar.

— Bárbara — ela fala — Por favor, traga uma água — ela diz para a vendedora — Bárbara, se senta aqui.

— Eu passei a tutela de Pedro para ele — ela me encara com os olhos arregalados — E você está me dizendo que ele pode ser um traidor? — eu balanço a cabeça — Marília, você quer me deixar louca? Pietro é a única pessoa que eu tenho ao meu lado, ele e Murilo, eu não consigo acreditar em um absurdo desse, Pietro não me trairia, não trairia o próprio irmão.

— Barbara, por favor — ela diz.

— Chega — eu falo me levantando — Paulo con ava em seu irmão e em seu advogado, se ele não con asse neles, ele teria falado alguma coisa para mim.

— Paulo não te disse tanta coisa antes de morrer — ela fala. — E você realmente acredita que sabe de tudo.

— O que você sabe? — eu pergunto — O que você pode saber sobre o meu casamento?

— O que eu sei Bárbara, é que nem tudo eram ores — ela diz — Você que criou o mundo encantado na sua cabeça, a família feliz, mas eu e você sabemos que as coisas não eram dessa forma, se você não sabia antes dele morrer, você começou a car sabendo depois — ela pega a sua bolsa — Não se preocupa, eu sairei da sua casa antes de você voltar.

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