Suellen se senta na beira do chafariz e passa os dedos na água límpida. O barulho que faz com seu movimento a relaxar. De repente, vê na água, o reflexo de um homem. Ela retira a mão da água e faz menção para se virar, mas é agarrada por trás com brutalidade. Suellen sente uma dor no pescoço, mas, mesmo assim, não quer gritar, simplesmente aceita que será o seu fim. - "Estou chegando meu amor!" - É o que ela pensa, conformada e estranhamente feliz. Assim, ela fecha os olhos para sempre, caindo dentro da fonte, que agora, toma a cor de seu sangue.
...ᕙᕙ(⇀‸↼‶)ᕗ...
Naquela noite, André tem um pesadelo com Math, Suellen e a menina, Emília. Viu rostos chorando no escuro, pedindo ajuda. Eles estavam acorrentados numa espécie de calabouço e ele era o único que poderia salvá-los. No sonho, Emília consegue se soltar com facilidade e pega as mãos de André, agradecida. Ele não conseguia sair do lugar, parecia petrificado, só seus olhos se moviam. Emília riu e saiu correndo em um pequeno flash de luz depois de lhe mandar um beijo.
"Tchau, amigo! Você e os outros ainda tem que ficar aí." - Os outros pediam ajuda, pois nada podiam fazer. Ele olhou ao seu redor, espantado com o sangue que surgia e aumentava a cada pedido de socorro.
"Parem de gritar! Vamos morrer afogados!" - André gritava em desespero, mas de nada adiantava. Ele se vê envolto por sangue, o sangue que inundava cada vez mais o lugar. Sente o sangue chegar na altura de sua boca, fazendo com que ele começasse a se afogar. E é quando ele acorda.
Sentando-se na cama, ele confere as horas, quatro da manhã. - "O que significa esse sonho?" - A dúvida lhe corrói.
Tinha muitos pesadelos, dês do acontecido, mas nunca envolvia outros, e muito menos dia ex e Emília, e ele ficou angustiado.
Emília confessou para a diretora sobre Roberto, o tio do transporte escolar. Contou-lhe que ele sempre a deixava por último quando seu irmão não ia buscá-la na escola, só para poder levá-la para casa e poder passar a mão nela e principalmente lá.
A diretora o denunciou imediatamente e o homem foi preso, depois, ligou para a mãe da menina, perguntando se ela não desconfiou de nada. Queria ter certeza de que ela não era cúmplice. "Então, a menina está a salvo. Mas, e Suellen? Já havia sonhado com Math antes, várias vezes, mas nunca envolvia mais ninguém... Será consciência pesada?" - O pensamento duvidoso e questionador de André, o corrói.
Às cinco da manhã, as enfermeiras passam nos quartos para conferir se todos estão em suas camas e se estão bem, mas no quarto de Suellen não havia ninguém. A enfermeira logo imagina que Suellen tenha ido para a fonte, pois é seu lugar preferido. Ela passa primeiro no restante dos quartos para, depois, ir à procura de Suellen. Em nenhum momento se preocupou, pois Suellen nunca tentou fugir desde que chegou ali.
A enfermeira se aproxima da fonte.
- AHHH! - ela grita em desespero, chamando a atenção de outros, que correm em sua direção, encontrando Suellen com a cabeça mergulhada no chafariz. A água, completamente, ensanguentada.
- Não encostem nela, chamem a polícia! - grita um homem presente ali.
Minutos depois, os policiais chegam junto com os investigadores e o pessoal da perícia.
- Seu fígado está com 36 graus, indica que está morta há seis horas - diz Thomas, olhando em seu relógio depois de enfiar uma agulha termômetro no cadáver, agulha está, usada pelo IML para medir a temperatura do fígado.
- Por volta das onze e vinte da noite, por aí - pronúncia Sarah. Antes de retirar o corpo da vítima de dentro da água, ela observa dentro da fonte, no fundo, o que parece ser um lápis. Se inclina para pegá-lo, chegando a conclusão de que se trata de um lápis usado para desenhar. Ela começa a tirar fotos de todos os lances e lados.
Adrian chega no mesmo instante.
- O que temos aqui? - ele pergunta, observando tudo.
- Vítima, Suellen Maggi, 19 anos, ex viciada e ex mulher de André Luis Piotto, o suspeito - Wilham responde.
- E não e só isso, vejam o pescoço da vítima - Thomas indica o local com a mão -, foi furada por algo bem pontiagudo que atingiu uma artéria, a possível causa da morte - conclui ele.
- E vejam aqui o que pode ter sido a arma - Todos se voltam para Sarah, que mostra o lápis dentro de um saco plástico.
- Um lápis!
- Não só um lápis, Thomas. É um lápis próprio para desenho - diz Adrian.
- Outra pista ligada ao suspeito, André - Wilham diz. - Será que essa era a próxima vítima ou... como vigiávamos a Nycie, o assassino escolheu esta?
- Não, acho que não. Se trata de tentar incriminar o André - diz Adrian.
– Sei não, já que não mostra, tentativa de lutas que dizer que ela conhecia o assassino.– diz Sarah.
– Ou não deu tempo! – Adrian surgere.
Adrian vai até a creche para avisar a André sobre a morte de Suellen. Ele não está certo disso, mas não acredita que possa ser André o culpado.
- Quanta honra - André ironiza. - Qual o motivo da visita no meu local de trabalho?
- Vim até aqui lhe dar uma notícia ruim
- E qual é? - André encara Adrian, levando a mão até o rosto para proteger os olhos dos raios de sol.
- Suellen, sua ex, foi assassinada - Adrian diz com pesar, mas firme. André fica branco como papel.
"Quem poderia ter feito isso com ela?" - ele pensa. Então se lembra do pesadelo, algo envolvido com a morte de Math.
- Você reconhece esse lápis? - Adrian mostra a foto do objeto para André.
- Sim, é um lápis próprio para desenho, mas... o que tem a ver?
- Tudo indica que ela foi assassinada com este lápis. Atingiram-na no pescoço, na artéria. Ela não teve chance de sobreviver.
André retira a foto da mão de Adrian e a observa com atenção.
"Será o lápis que me roubaram na cela do presídio?" - pensa ele.
- Esse lápis pode ser meu. Depois que invadiram minha cela, dei falta de um lápis. Achei que poderia ter sido um de vocês, da perícia.
- Onde esteve ontem, por volta das onze da noite?
- Você está pensando que fui eu?! Estava na casa dos meus pais!
- Hum... Tenho que ir - Adrian se vira e dá alguns passos.
- Ei, espere! - Ele se volta para André - Você desconfia de mais alguém, além de mim? – pergunta André.
- André, não posso passar informações. Mas vamos dizer que sim, me veio alguém na cabeça. Só não posso lhe dizer - lamenta.
André se despede com um aceno de cabeça, e fica pensativo. - "Tenho que arrumar meus próprios meios de descobrir."
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Denise Gomes
Antes da calmaria sempre vem a tempestade ⛈
Super envolvida com a história, a cada capítulo fico mais confusa imaginando quem seja
Mais estou 😍
2022-07-18
4
Nete Roque
nossa o André e o cara que jogou pedra na cruz, quanta perseguição
2022-07-04
2
Stephany Ricarte
menina eu não vou dormir a noite de ansiedade hahaha
2022-07-01
1