Flor de Sangue

Logo após uma reunião com seus sócios, advogados para ver um processo que estava em andamento trabalhista, Nycie segue para seu escritório, a fim de estudar um outro caso.

Aí acabar de sentar em sua cadeira ligar o computador, ela vira a cadeira ,a arrastando para ir ao armário pegar umas pastas.

TOC,ToC.

Alguém bate à porta e já entra, sem esperar que ela autorize. A voz de seu amigo logo ecoa por toda a sala.

– Como você conhece um pretendente e não conta para o seu melhor amigo?! Tô chocada! – diz João, entrando a passos largos com uma caixa de presente nas mãos, envolta sob um laço de cetim e um cartão bonito. Nycie olha em sua direção, suas sobrancelhas fazem vincos.

– Não sei do que está falando! –procurando o motivo de João, acusa-la.

– Não se faça de boba, falo deste presente aqui, ó! – ele diz, entregando-lhe o pacote. Nycie fica estática.

“Será que foi o André?” – Sorri com o pensamento cheio de esperanças.

Pega o presente cruzando as pernas e abre ansiosa, com um largo sorriso no rosto.

– Quem é? Posso saber? – indaga, João, com a mão apoiada no queixo.

Nycie abre o bilhete e estranha, não tem remetente. Pior, não tem nada. Vazio, nada escrito. Ela abre a caixa, curiosa para descobrir o que poderia ser e se depara com uma rosa branca, mergulhada em sangue. Ela desfaz o sorriso, Nycie joga a caixa longe e João se assusta ao olhar o conteúdo dentro da caixa.

– O que é isso, sangue?! – ele quase grita, curvando-se para olhar de longe, com a mão no peito.

– Imagino que sim… – diz Nycie, ainda em choque, empurrando a cadeira para trás.

– Meu Deus! Quem faria uma barbaridade dessas? – João diz ao olhar novamente dentro da caixa no chão.

– Não, meu amigo… A pergunta é: O que esse recado quer dizer? –Nycie se levanta.

Nycie olha o pacote e sai da sala, na intenção de levá-lo até Adrian, para que ele a ajude mais uma vez.

“Tá legal… quem estiver fazendo isso, agora está realmente me assustando.”

Com cuidado, para não deixar muita de suas digitais, ela pega a caixa e leva para o carro.

Ao chegar na delegacia, ela procura O William e o Adrian, porém William não está.

Adrian escuta, atentamente, Nycie.

Assim que Nycie sai, ele sai logo em seguida para ir atrás de pistas

Encontrando, agora irá procurar o entregador e descobrir quem enviou a flor-de-sangue

………………..

– Estevão! – Adrian grita, na tentativa de parar o homem na bicicleta, o que fez a entrega.

Ele percebe que Adrian é da polícia e sai pedalando, às pressas.

Por que eles sempre correm? – Adrian pensa alto, então, rapidamente, pega uma pedra no chão e atira na engrenagem da bicicleta, fazendo com que o homem caia. Ele ainda tenta correr, mas Adrian é mais rápido, o pegando pelo braço e o torcendo para trás.

– Me diga, foi você quem enviou a rosa cheia de sangue? – questiona Adrian. O garoto não entende a pergunta. – Anda! Diz! Por que fez isso? – Adrian ainda o questiona, firme. Mas o rapaz não o responde.

Adrian o algema e o coloca no banco traseiro do carro.

– Olha, coroa, não sei do que está falando! – diz o rapaz em desespero.

– O pacote cor-de-rosa com laço vermelho! – descreve, Adrian. O garoto se lembra da caixa.

– Rosa com sangue… não sei nada disso, sou pago para fazer entrega, eu juro, não sabia! – fala balançando a cabeça, pois não sabia o que contia a caixa.

– E por que correu? –Pergunta ele o olhando no retrovisor.

– Eu não sou fã de polícia, sabe como é, né!? –sorriu meio sem jeito.

– Não, não sei! Se você não deve, não teme. Quem te pagou para fazer a entrega? –perguntou sério.

– Eu recebi uma mensagem, dizendo para ir em um endereço. Achei estranho porque o endereço era de um prédio abandonado. Ele me mandou instruções para que eu chegasse lá, pegasse o pacote numa caixa de correio velha, junto com o dinheiro num envelope. Não sei de quem é. O endereço e o nome para a entrega, ele me mandou por mensagem

também.

Adrian parou o carro olhou para trás.

– Isso e que vamos ver!

Desceu do carro, abriu a porta e tirou o rapaz o levando para dentro da delegacia.

Antes de soltar Estevão, Adrian averigue o celular do rapaz, encontrando o endereço do local onde Estevão teria pego a caixa. Adrian se dirige imediatamente ao local e vasculha todo o perímetro, encontrando um chip telefônico no lixo. – “Seja quem for, é mais esperto do que eu imaginei. Ele conhece nosso procedimento… Será um de nós?” – Adrian pensa.

Não precisou muito para Adrian encontrar o local onde a caixa fora comprada. E não é nenhuma surpresa quando ele descobre que a caixa também fora encomendada por mensagem e entregue diretamente no local onde Estevão buscou mais cedo. Além das mensagens enviadas, o criminoso, ou criminosa, não teve contato algum com nenhum deles.

Wilham logo que recebeu o recado de um colega de serviço, foi para onde Adrian mandou a verificação.

Adrian, o espera assim que ele liga dizendo para esperar, para ir com ele ao local abandonado.

Adrian já está muito irritado, pois não encontraram nada de concreto, assim que chegam no local.

O culpado ou culpada, estava fazendo um bom trabalho, pois ele conhecia os procedimentos da polícia.

– Merda! – vocifera, chutando a roda do próprio carro.

– Não demonstre raiva, o culpado pode descobrir que também está te atingindo – diz Wilham, aconselhando o parceiro, com braços cruzados.

Adrian eleva uma sombrancelha, e bufa concordando.

Wilham da um tapinha de conforto nas costas de Adrian e desvia do carro, para entrar no seu.

– Não demore! –entra no carro fechando a porta dando partida.

– Não mesmo, tenho que fazer as anotações! – ele comenta mas para si, do que para o wilham, já que ele acabou de ir embora, o acenando.

Adrian entra no seu carro também para ir para a delegacia.

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