Capítulo 20

— Dr Moreira?  A Luana foi presa... por tráfico de crianças e eu não posso aparecer sem ser implicado.

- Realmente, Teo, é melhor você não aparecer. E o que você quer que eu faça?

- Impeça a extradição! Melhor ser julgada aqui mesmo, se não puder ser liberada. Ah, e dinheiro não é problema, obviamente.

- Tudo o que você precisa agora,  é de um álibi, caso alguém tenha te visto com ela, e uma viagem imediatamente em outra companhia. Eu explico tudo pra ela, e te mantenho informado sempre que houver novidades.

- Combinado, doutor. Teo desligou a chamada e começou a pesquisar destinos turísticos.

- Filho, chamou Helô, chegando na sala com sua cadeira de rodas motorizada, está ocupado? Vai jantar comigo hoje?

- Ovupado eu estou, mas se você insiste...

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Elisa acordou feliz e bem disposta, enroscada como uma gata nos braços de Jacob, olhou o Instagram... As ameaças de perfis falsos continuavam, mas nem isso abalaria seu humor. Olhou pro namorado e pensou em como seria difícil dormir se algum dia não tivesse mais seu cheiro, seu colo a noite inteira, ao mesmo tempo, ficou babando por aquele ar de menino que ele revelava durante o sono... Num impulso tirou uma selfie de seu rosto colado no dele e postou com a legenda "Sono bom é no seu abraço" em menos de cinco minutos choveram likes e comentários fofos... E duas mensagens no direct uma dizia: Apague essa foto ou...(que ela ignorou prontamente após mandar o perfil para Becky rackear.

e a outra: Norinha desnaturada, quero te conhecer! à qual ela respondeu com um emoji e a palavra Desculpa...

- Bom dia Bravinha! Estou atrasado?

- Não, gatinho. Estamos muito adiantados e eu vou para o banho. Falou e jogou o robe de seda na cama, revelando o seu corpo nu. Mal ligou o chuveiro notou que tinha companhia. Ei, mocinho, quem te convidou?

- Esse seu belo traseiro... Quando quiser privacidade, melhor trancar a porta, não, Bravinha? Perguntou já esfregando a esponja nas suas costas, como recentemente descobriu que ela amava... O que logo progrediu para uma massagem nos ombros e depois para um abraço por trás, com direito a carícias nos seios e beijos no pescoço. Ela adorava quando ele tomava a iniciativa, seus carinhos e mimos, e ele quando ela mostrava toda a sua experiência e talento para dominá-lo. Por mais "faminto" que estivesse, por mais autônomo que fosse, ele era seu escravo (por vontade própria) ela ditava as regras e o tempo, e por mais que ele quisesse se conter, bastava um toque, contração ou gemido para levá-lo ao êxtase... Que mulher impossível! Como alguém poderia preferir castidade pura e simples a esse nível de loucura e perícia? O quanto mais vale a castidade do que o caráter e a personalidade? A resposta, nesse caso é: não vale... Sentir cada contração pressionando o seu membro era equivalente a uma onda de choque de puro prazer, cada marca e cicatriz naquele corpo era um mapa da sua história, onde o que contava era a perfeição construída sobre os escombros de cada batalha vencida... Até mesmo o sabor viciante da sua feminilidade inebriado os seus sentidos, mas o que realmente o atiçava era o sorriso... Ah, que sorriso tentador!

E graças a essa onda de carinho, interação, cumplicidade, quase perderam a hora. O evento começaria em uma hora e eles ainda estavam discutindo de quem era a culpa pelo atraso...

Ela vestia uma calça justa marrom e uma chamisete de seda rosa clara, ele estava de jeans e camisa xadrez, o dia estava fresco, porém ensolarado, e mesmo a despeito dos protestos de Angela, ela foi com eles numa mini Van.

Chegaram antes dos ônibus e os meninos foram apresentados a Popeye e amaram. Tinha um farto café da manhã, muitos brinquedos infláveis, cavalos disponíveis e várias tendas de serviços como aferição de pressão arterial, glicemia, exame de vista, mamografia, e afins; todas de parceiros do projeto... E pensar que tudo começou por razões pessoais e agora não podia mais parar, nem queria! Com a proporção que estava tomando, se tornava impossível parar agora, e mais, ao ver a alegria de todas aquelas famílias, principalmente das crianças, decidiu manter o projeto, afinal, tinha uma equipe incrível e dinheiro não era um problema.

Elisa aproveitou o dia como nunca imaginou ser possível, não só com o Gael e o Logan, mas com todas aquelas crianças, na hora do almoço, churrasco e muito suco natural, e pudins individuais para sobremesa. Já passavam das dezesseis quando a última turma foi embora, uma equipe da própria comunidade foi contratada para limpar o haras, o que fizeram felizes e rapidamente.

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- Nossa, que canseira! Elisa ostentava um sorriso enorme, apesar do cansaço.

- Huuummm... Quer uma massagem no pé? Perguntou Jacob baixinho, ao pé do ouvido, para em seguida beijá-la do maxilar ao ombro.

- Para, espera um pouquinho, precisamos conversar! Falou rindo e se encolhendo.

- Agora? Eu tenho outros planos... E ainda é cedo, podemos conversar mais tarde...

Ela virou-se com agilidade e o pressionou contra a parede, foi abrindo lentamente os botões da camisa e depositando beijos onde ficava exposto, ele tentou interagir, mas ela não permitiu.

- Você, quieto que eu vou te disciplinar! Aquele olhar sem vergonha era muito excitando mesmo, então ele preferiu obedecer. Ela abriu o zíper e o despiu, para então ficar apreciando a vista enquanto delineava cada músculo com as unhas...

- Pede arrego!

- Nunca! Quero mais!

- Ok... Então aproveita! Ela beijava a boca enquanto massageava o seu membro com a mão, beijava o peitoral, arranhava as costas e ele, já desesperado de tesão de repente mal conseguia se conter, pegou a sua Bravinha no colo e penetrou lentamente, apreciando cada centímetro.

Fizeram amor novamente, de pé, sentados, no chão...

Tudo estava tão delicioso que não dava para parar... Cada orgasmo pedia o próximo, cada carinho trazia mais alguns.

- Agora entendi o Wando...

- Hein?

- Você é fogo, eu sou paixão...

- Mas eu mereço! Agora você me deve uma performance dessa música! Kkkk

Estavam deitados no chão, nus, comendo fondue de queijo com carne e bebendo vinho. Agora, falando sério, já que a Marina foi presa, acho que já está na hora de falar a verdade para a dona Angela.

- Tem razão, e ainda é cedo, que tal chamar a vó Angela aqui e conversar tranquilamente?

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