Capítulo 20

Vou até minha mãe e dou um beijo saindo correndo. Consigo alcançá-la na porta se despedindo de Maria.

Dou um beijo no rosto da pequena senhora e pego Alex pelo braço, levando-a até meu carro e ela começa a rir.

- Calma preciso pegar minha mala no carro do Enzo, depois vou com você.

Vejo Carlos se aproximar, abrir o porta-malas. Vou até a porta do passageiro e ajudo-a entrar. Sento ao volante e olho em seus olhos perguntando:

- O quanto perto você quer ficar?

- Não precisa ser perto. Tenho que ter formas rápidas de chegar pois tenho um sério problema para acordar. – fala rindo.

- Então tenho uma proposta para você. Vamos registrá-la no hotel e depois vamos a uma festa nos divertir. O que acha?

Ela sorri um pouco triste e solta um suspiro longo.

- Você pode ir encontrar sua namorada sem precisar me levar. – fala – Acho que quero ficar no hotel. Vamos a algum lugar outro dia. O que acha?

Ligo o carro e vou em direção a parte mais calma da cidade e vejo um hotel bom para ela ficar. Não é um hotel primeira classe mas é um muito bom em que já fiquei tempos atrás.

Faço o registro e peço para cobrarem em meu cartão todas as despesas, ela está tão distraída vendo a vitrine de uma loja que me aproximo e estendo o cartão chave.

- Já me registrou? – olha espantada e logo um rapaz pega suas malas e somos levados até o andar onde ela vai ficar.

Assim que entramos deixo que dê a gorjeta e caminho até a janela observando a cidade aos nossos pés. Ela se aproxima e encosta a cabeça no meu ombro e solta um suspiro.

- Vai ser a primeira vez que estarei completamente sozinha.

Um silêncio nos toma e ela logo lembra de algo e me empurra em direção a porta sorrindo.

- Você precisa ir para sua festa dançar e namorar. Eu vou tomar um banho e dormir pois estou muito cansada.

Tento parar e ela me força a sair. Quando estou do lado de fora ela sorri e vejo que seu sorriso não chega aos olhos.

- Alex venha comigo? – peço uma última vez e ela nega.

- Estou cansada. Vá e divirta-se. Até depois.

- Então me dê seu número de telefone?

Ela entra no quarto e depois de um minuto vejo um número aparecer no visor e logo ele para de chamar. Ela aparece na porta.

- Sua mãe me deu seu número hoje. Agora você tem o meu. Até mais Ivan.

Sigo para o elevador e depois para a tal festa que está uma droga. Ou seria eu que não acho nada de interessante por aqui?

Rebecca se joga em meus braços mas a afasto o suficiente para que perceba que não quero nada com ela hoje.

- O que foi? O jantar foi entediante? – pergunta com seu hálito cheirando a bebida em meu rosto.

- Não. Eu gostaria de ter ficado mais. – tomo uma decisão – Rebecca preciso falar com você.

Pego em seu braço e levo-a pelos cômodos da casa e encontro uma sala fechada e vazia. Assim que entramos ela me puxa pela camiseta de encontro a seu corpo imaginando que quero transar com ela.

Seguro seus braços e faço com que me olhe fundo nos olhos.

- Rebecca! Acabou! Não quero mais ficar com você. Quero que me desculpe por deixá-la pensar que poderíamos seguir adiante, mas não fui feito para isso.

Um olhar de descrença passa por seu rosto e logo é substituído pela fúria.

- Você está me dando o fora Ivan? – ela fala com raiva brilhando em seus olhos – Quem é ela? Quem é a vagabunda que você quer comer desta vez?

- Não tem ninguém. Apenas não quero um relacionamento com você. Está me sufocando com seus excessos de ligações. Dormindo direto na minha casa e não permitindo que eu faça as coisas como gosto. Chega!

- Ivan eu posso diminuir as ligações...

- Não! Chega. Quero que entenda que não teremos mais nada. Seremos apenas amigos.

Vejo uma nova Rebecca surgir a minha frente, ela me olha de cima a baixo e se aproxima lambendo os lábios sensualmente. Seu olhar percorre meu corpo e mesmo decidindo não estar mais com ela sinto meu corpo reagir.

Sua voz me percorre e quando ouço seu convite vejo que vai ser difícil.

- Amigos que transam de vez em quando?

- Não. Apenas amigos. Nada mais.

Dou-lhe as costas e saio do quarto. Pego um copo na bandeja de um dos inúmeros garçons e nem me preocupo com o que contém, bebo de uma única vez.

"O que me deu para dispensar a transa da vez?"

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