Alex as estradas estão interditadas devido ao mau tempo, precisamos encontrar um hotel ou pousada para alojar todos. Amanhã seguimos viagem assim que liberarem as estradas.
- Tudo bem. Vamos procurar algum lugar.
O motorista se informa que na cidade tem apenas um hotel e uma pousada. Seguimos para o hotel e descobrimos que possuem apenas quartos vagos para alojar Catarina, Lara, Clara e os três diretores que vieram conosco.
Assim que eles se registram vamos para a pousada algumas quadras a frente e conseguimos lugar para todas as meninas. Fico num quarto com Mikaella e Ivan com Enzo em outro.
Assim que entro no quarto vejo o quão simples é e agradeço por ter duas camas de solteiro. Pego minhas coisas e tiro minha maquiagem, estou ainda nessa tarefa quando batem a porta e escuto Mikaella conversar com alguém.
Caminho para o quarto e vejo Enzo sentado em uma das camas falando com Mikaella. Ela ri de algo que ele fala e os dois me olham rindo muito.
- Qual é a graça? – pergunto
- O cara nos deu quarto com cama de casal e para vocês com camas de solteiro. – Enzo fala.
- Bem, isso quer dizer... – falo
- Que esse era para ser o nosso. Onde já se viu dois homens dormirem na mesma cama?
Vejo em seus olhos que está tendo alguma ideia diabólica e como se uma luz se acendesse dentro de mim começo a negar com a cabeça.
- Mikaella o que acha de dormirmos no meu quarto e o Ivan vir dormir aqui? – ele fala.
Ela dá risada e olha para mim. Sua resposta me deixa preocupada.
- Ideia mais que interessante. Aceito!
Ele pula e sai do quarto correndo, depois de algum tempo volta empurrando o irmão com sua mochila para dentro do quarto.
- Ivan anda logo e fica nessa cama. Vou para o outro quarto com a Mikaella.
Ela pisca para mim e vai atrás de Enzo com suas malas sendo arrastadas logo atrás.
Olho para o Ivan e vou para o banheiro me preparar para dormir. Quando volto para o quarto ele está jogado na cama estreita apenas de calça, sem camiseta.
Ele realmente é lindo, alto, cabelos castanhos claros lisos que estão num corte ligeiramente comprido. Olhos azuis cativantes, uma boca de lábios finos que convidam a beijá-los.
Vou até minha cama e me concentro em arrumar minhas coisas. Puxo as cobertas e me jogo na cama. Fico de costas para ele e adormeço devido ao cansaço.
Estou novamente naquele beco. Está tudo escuro e não consigo gritar, minha voz não sai.
Coloco a mão na garganta e tento localizar um feixe de luz de alguma janela e não encontro nada.
Caminho com os braços estendidos a frente do corpo e quando ouço um barulho logo atrás de mim levo um susto e grito:
- Quem está aí?
Escuto sua risada e tento correr mas tropeço em algo e caio apoiada em minhas mãos. Ele vem para cima.
- Não disse que te encontraria? Eu sempre te falei que te acharia até no inferno.
Sua voz está rouca, seu hálito cheira mal, ele tem um cheiro de terra e couro. Ele coloca suas mãos em minha garganta e aperta, sinto o ar sair de meus pulmões.
Tento me soltar e estou me debatendo debaixo do seu peso quando percebo que meu rosto está banhado em lágrimas.
Abro meus olhos e estou nos braços de Ivan. Ele me chama e me traz para perto do seu peito. Tento me afastar, mas ele não permite e fico entre seus braços até meus soluços passarem.
Ele acaricia meus cabelos e quando me afasto o suficiente para olhá-lo nos olhos percebo que ele quer saber:
- Quer me contar? – pergunta e nego com a cabeça.
Percebo que ele ainda está sem camisa e o quarto está gelado.
- Porque não ligou o aquecedor. – pergunto e minha voz sai baixa e rouca.
- Esqueci e acordei com você chorando e gritando. Preferi vir te ajudar.
Saio das cobertas e vou até o aquecedor ligando no máximo e volto para a cama e assim que entro nas cobertas mantenho um dos lados erguidos e olho para ele.
- Não vou morder você Bittencourt. Pode deitar até o quarto ficar mais quente. – falo
Ele se deita e jogo o cobertor em suas costas e suas mãos enlaçam minha cintura. Ele me puxa para seus braços e apoia seu queixo em minha cabeça. Solta um longo suspiro e fica quieto.
Não consigo me manter calada:
- Sabe quem nos vê assim vai achar que seu ódio por mim já passou. – falo e sinto seu corpo se retesar.
- Alguma vez eu afirmei que te odiava? – fala
- Não precisou. Eu percebi.
Ele se afasta ligeiramente e seus olhos apenas analisam meu rosto.
- Acho melhor descansar. Amanhã teremos um dia cheio.
- Ivan...
- Dorme Alex.
Sua voz é inflexível e me vejo fechando os olhos e obedecendo a ele cegamente.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Vera Lucia Cortezi
complicado
2022-05-08
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