Assim que retorna se joga numa poltrona e fica de lá me encarrando.
Caminho até onde El está e jogo seu corpo por cima do meu ombro e vou carregando-a até a cama.
Ela tenta descer e dou um tapa em sua bunda.
- Quieta! – falo e seu gemido chega aos meus ouvidos.
Jogo-a na cama e vejo seu olhar mortal. Pego a coberta e jogo sobre seu corpo e me sento como antes. Ela agarra o travesseiro e vira o rosto em direção à parede, me ignorando.
Fecho meus olhos e tento diminuir a euforia que me deu. “Droga! Que merda estou fazendo?”
Alguém bate na porta e avisa que sairemos em uma hora. Olho e ela ainda está na mesma posição mas apenas um pouco mais relaxada. Aproximo meus lábios de sua orelha e chamo seu nome.
Ela abre seus olhos e vira lentamente, me dando tempo de recuar antes que algo aconteça.
Estive pensando e apesar de tudo posso ser amigo dela.
- Temos uma hora para nos arrumarmos. Quer ir primeiro? – ela me olha e vejo seus olhos observarem meus lábios durante algum tempo – Alex o tempo está passando.
Ela olha em meus olhos e levanta ainda calada. Pega suas roupas e vai para o banheiro. Quando sai já está com roupas normais e vejo que seu cabelo está trançado ainda úmido. Levanto e vou para o banheiro, depois de procurar acho num dos armários um secador pequeno mas que servirá para secar seus cabelos.
Tomo meu banho e depois de me enxugar enrolo a toalha na cintura e vou para o quarto. Ela está tentando amenizar a umidade dos cabelos com a toalha mas quando me vê saindo do banheiro fica estática com a toalha nas mãos olhando meu corpo com uma expressão sedenta.
- Tem um secador aqui. Use-o. – falo e pego minhas roupas e volto ao banheiro.
Como ela consegue. Coloco minha calça de forma ríspida e vou para o quarto e coloco a blusa de manga comprida e a camiseta por cima. Ela está sentada na beira da cama com o travesseiro em seu colo e olhando para os dedos de suas mãos.
Junto minhas coisas e pego meu casaco vestindo-o. Abro a porta e vejo o ônibus já estacionado aguardando as pessoas.
Olho da porta e vejo que ela mantém seus olhos fechados.
- Você vai ficar ai até o último minuto ou quer ver se encontramos algo comestível antes de irmos para o ônibus?
Seus olhos correm até onde estou e ela solta um suspiro e depois de levar uma ponta do travesseiro ao nariz levanta e recolhe suas coisas vamos em direção ao ônibus.
Ela entra e depois de cumprimentar todos coloca suas coisas no último banco e dobra cuidadosamente o cobertor que usou e que usará mais uma vez.
Jogo minha bolsa no banco do outro lado do corredor e pego sua mão. Entrelaço nossos dedos e a puxo em direção à porta. Assim que descemos pego o gorro que está dentro do bolso do seu casaco e coloco em seus cabelos.
Ela veste as luvas e fecha seu casaco. Vamos em direção à rua e depois de caminharmos por algum tempo vejo um pequeno mercado. Entramos e ela vai até a parte de bebidas e depois de olhar as geladeiras e prateleiras pega apenas água.
Pego um cesto e coloco alguns biscoitos integrais, chocolate com avelãs e maçãs. Ela coloca duas garrafas de água e vamos para o caixa.
Pago tudo e voltamos para o ônibus. Ela senta com uma maçã e a morde calmamente. Sinto que ela está pensando em alguma coisa e fico me contorcendo de vontade de saber por que está assim.
Ela termina de comer, passa a mão pelo vidro da janela limpando o embaçado para olhar a rua.
Assim que saímos, ela se encolhe no banco e abraça ainda mais seu corpo. Solto um bufar impaciente, levanto e pego o cobertor abrindo-o rispidamente e jogo sobre seu corpo. Ela me olha com raiva.
- Você parece uma criança teimosa. – falo entre dentes e me jogo no banco novamente.
Ela me olha magoada e não responde.
Chegamos ao hotel e minha mãe com os outros sobem. Vou até ela.
- Como passou a noite? – pergunto.
- Muito bem. Foi tranquilo. E você? – pergunta com um leve aperto em meu braço.
- Também foi tranquilo. – respondo e vejo seus olhos questionadores, sei que Enzo já deve ter comentado algo com ela – Vou voltar ao meu lugar, depois nos falamos.
Olho para o fundo e ela está com seus fones de ouvido e olhando pela janela. Sua mão limpa algo em seu rosto e vejo as lágrimas que banham seu rosto.
Sento a seu lado e ela me olha, apenas faz não com a cabeça. Não falo nada e apenas puxo um pedaço do cobertor e circundo sua cintura com meus braços e trago sua cabeça para repousar em meu ombro, na curva do meu pescoço.
Vejo minha mãe olhando em nossa direção e um sorriso de aprovação em seu rosto. Depois irei esclarecer que somos apenas amigos e que assim ficaremos.
- Posso saber por que está chorando de novo? – pergunto
- Não gostei do que você fez comigo. Me senti como se fosse um pedaço de carne.
- Você é um pedaço de carne suculento. – falo e vejo-a sorrir – Você é muito teimosa e isso me irrita profundamente.
- Então não fale comigo.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Alessandra Gordo
Agradeço seu feedback.
2022-10-07
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Rosângela Pereira
que história boba não vou ler mais.
2022-10-07
0