Monsgold havia acabado de se transformar em minotauro, aumentando seu tamanho e mudando totalmente seus aspectos físicos.
— Essa não… O que vamos fazer agora, Gabb? — Perguntou Kuro, assustado
— O que? Eu não sei…
Monsgold então se preparou, e avançou rapidamente na direção dos três jovens, como um trem desgovernado.
— Separar!
Kuro e Gabb vão para lados opostos e Luke acaba por ficar sozinho no caminho do Cavaleiro, então, ele de forma assustada, cria um pilar de gelo abaixo dele.
— Isso não vai funcionar.
Com o poder da sua força bruta, Monsgold destrói completamente o pilar de gelo, fazendo com que Luke caísse de cima do mesmo.
Luke iria cair diretamente no solo, de uma altura consideravelmente grande, mas alguém o pega pelos ombros ainda no ar, impedindo que o mesmo se machucasse seriamente.
— O que?
— Essa foi por pouco, em?
Ele olha para quem havia o ajudado e vê Kuro, que estava voando com a ajuda de suas asas. Monsgold também viu, e não gostou nenhum pouco da situação.
— Vocês não vão fugir daqui. Não tão facilmente.
Uma aura é criada no punho do cavaleiro, que o fecha, desferindo um golpe contra o ar. Um forte vento é gerado a partir desse toque, que seguia na direção de Kuro.
— Segura aí, Luke!
— O que?
Kuro começou a voar pelos céus para desviar dos fortes ventos que o perseguiam. Com o passar do tempo, Monsgold lançava cada vez mais golpes, dificultando ainda mais seu vôo.
— Precisamos parar ele! Se não…
Antes que pudesse terminar, um dos ventos o acertou e fez com que o mesmo largasse Luke e fosse lançado contra o solo. Na queda, Luke ainda conseguiu se reequilibrar e cair de pé no solo, já Kuro não teve a mesma sorte.
— Ah, Kuro… — disse ele, vendo Kuro caído.
— Não se preocupe, ele apenas desmaiou com o impacto.
— Apenas desmaiou com o impacto!? Você não pode estar falando sério…
— Desista, Luke. Não quero ferir nenhum de vocês.
Luke encarava o cavaleiro com uma expressão de raiva, enquanto tentava pensar em uma forma de atacar. Então, ele fecha os olhos e junta a palma das mãos, canalizando magia de gelo.
— Vou usar tudo que eu tenho nesse ataque. Será o maior raio congelante que eu já criei!
Uma aura mágica azul clara cobria o corpo de Luke enquanto ele preparava seu golpe final. Toda aquela magia expelida era centrada para a palma de sua mão, enquanto crescia cada vez mais.
— Acha mesmo que eu vou permitir que você continue a carregar um ataque assim?
Monsgold cria mais uma vez aquela aura em seu punho, preparando para lançar um forte vento, que faria com que Luke perdesse a canalização de sua magia, porém, o mesmo é atacado, antes mesmo de poder lançar seu ataque.
— O que? Da onde veio isso?
Seu punho foi acertado por um disparo, e acabou por anular o ataque que ele preparava. Monsgold olhou para o lado, e viu Gabb caído, com a sua arma ao seu lado.
— Não… Eu esqueci completamente dele…
Depois de um tempo preparando, Luke usou todo o poder mágico que ainda o restava e lançou seu ataque final contra Monsgold.
— Raio congelante!!!!
— Essa não…
Hitogatsa percebe que um grande poder mágico, que não era o de Monsgold estava sendo lançado, se preocupando com o cavaleiro sagrado.
— Senhor Monsgold!!!
— Não desvie seu foco!
Hitogatsa se virou e viu Hatsune o atacar de cima, encurralando o mesmo, que teve que usar seu florete para bloquear o ataque.
— Você não desiste mesmo, espadachim.
— Nunca.
O ataque de Luke acerta diretamente o cavaleiro sagrado, que conseguiu resistir a maior parte do raio congelante graças a sua transformação, mas sua idade avançada ajudou a esgotar sua energia facilmente, acabando com sua forças.
Luke ainda ficou de pé por alguns segundos, demonstrando enorme cansaço e debilitação. Quando a fraqueza parecia o derrubar, Kuro o segurou, impedindo que caísse no solo.
— Acho que eu morri — disse Luke, brincando
— Você é bem estranho mesmo, Luke.
— É. Você está certo.
Gabb se levantou com um pouco de dificuldade, pois quando havia se desequilibrado e ralado a perna, quando fugiu do ataque de Monsgold. Ele recolhe a arma e se aproxima de Kuro e Luke, para ver se ambos estavam bem.
— E ae, como tá?
— Tá difícil — riu Luke —, mas dá para segurar.
— Temos que sair daqui, antes que mais alguém apareça.
Monsgold estava de pé, também cansado e debilitado. Ele sabia que não poderia deixar os três saírem dali impune, mas também admitia que não tinha como impedi-los.
Luke, com a ajuda de Kuro e Gabb, deixava aquele lugar caminhando, mas para ao ouvir as palavras de Monsgold.
— Vocês sabem que estão assinando o próprio tratado de busca de vocês, não é?
— O que? — questionou Luke
— Luke, nós temos que ir! — disse Gabb
— Estão escolhendo o destino de serem procurados por todo o reino como criminosos.
— Ser livre é um crime?
— O que você quer dizer com isso? — perguntou Monsgold, sem entender
— Isso mesmo. A liberdade é um crime para você, cavaleiro Monsgold?
Monsgold olhou para Luke e riu, em seguida, ele abaixou a cabeça e a balançou de um lado para o outro.
— Não. A liberdade não é crime.
Luke então continuou seguindo, juntamente a Kuro e Gabb, deixando Monsgold sozinho naquele lugar. O cavaleiro sagrado ficou pensando no que Luke havia acabado de dizer, enquanto observava os jovens deixar o pátio do quartel general.
Hatsune continuava na luta apenas pela força de vontade, pois força ela não tinha mais nenhuma. Diante aquela cena, Hitogatsa aceitou tudo que estava acontecendo, colocando seu florete de volta a bainha.
— O que está fazendo? Ainda não acabamos — disse ela, respirando ofegante
— Você não precisa provar mais nada, Hatsune. Nós poderemos lutar novamente, em uma nova oportunidade — disse ele, vendo os outros deixando o QG. — Só me prometa que vai estar ainda mais forte quando esse dia chegar, entendeu? — completou ele, virando as costas e saindo andando.
Hatsune compreende as palavras de Hitogatsa, demostrando um modesto sorriso.
— Entendi. Pode deixar! Estarei muito mais forte em nosso próximo encontro, cavaleiro.
— Eu a esperarei. Vamos, Garry!
— Ah, claro, senhor.
Hitogatsa sorri e continua caminhando de volta para o QG, visando ajudar Monsgold, que ainda estava no mesmo lugar.
— Hatsune, você vem? — gritou Gabb
— É claro que eu vou… — respirou fundo — Só espera um pouquinho.
Algumas horas depois, ambos os quatro estavam na casa de Luke, se recuperando do que havia acontecido anteriormente. Kuro fazia alguns curativos em Gabb e Hatsune, enquanto Luke olhava para aquela foto em cima da mesa, pensando.
— Pronto! Esse foi o último curativo.
— Você não se machucou, Kuro?
— Eu tenho a pele resistente. Aquela pancada no solo foi pouca coisa.
— O que deu nele? — perguntou Hatsune, olhando para Luke
Eles olham para Luke, que ainda estava olhando fixamente para aquela foto.
— Luke? O que foi?
— O que? Não… Não é nada.
Luke coloca a foto novamente na mesa e se levanta, ficando a frente dos três que estavam sentados no sofá.
— O que vocês acham de sairmos em uma jornada?
Todos ouvem o que Luke havia acabado de dizer em alto e bom som, porém, não entendem o que Luke queria dizer com isso.
— Sair em uma jornada? Como assim, Luke? — questionou Hatsune
— É. Eu suponho que todos vocês possuem um sonho, então por que não buscamos esses sonhos juntos?
— Eu não sei se seria uma boa ideia… — retrucava Hatsune, antes de ser interrompida
— Eu aceito — disse Gabb, se levantando
— O que? Como assim você aceita? — perguntou ela
— Eu também aceito! — confirmou Kuro
— Vocês não estão falando sério. Aqueles caras do reino estão atrás da gente agora. Não podemos vagar por aí como se não tivesse problema algum.
— E qual o problema de estarem atras da gente? — perguntou Luke, confiante.
Hatsune queria não aceitar, mas sua vontade era óbvia e fez com que ela se levantasse também.
— Tá. Eu aceito. É mais um ótimo motivo para eu ficar ainda mais forte.
— Espera, Luke. Você não me disse que não possuía um sonho? Não me diga que… — dizia Gabb, olhando para Luke
— Tudo que aconteceu até aqui me fez pensar, e agora eu cheguei a uma conclusão. Eu tenho um objetivo, e é por esse objetivo que nós vamos iniciar essa jornada. Assim como os antigos Caçadores, partiremos em busca da lendária Pedra Celeste.
Luke estendeu sua mão e todos colocaram a mão por cima, selando ali uma união de um grupo, que juntariam seus sonhos em um só, dando início uma história incrível.
Mais tarde, no quartel general de Florensie, Monsgold estava sentado, pensando em tudo que havia acontecido e no que aconteceria a partir de agora.
— Aquele garoto… Parece que ele busca algo muito além do que ele faz, e com isso, suas ambições não são totalmente claras. A morte de seu pai não fez com que ele buscasse vingança ou algo assim, muito pelo contrário, ele aparenta não se abalar com isso. Eu acho que isso nem mesmo você esperava, Silva.
Ele olha para o cartaz de Silva colado na parede de sua sala, enquanto colocava a mão sobre seu rosto.
Enquanto Monsgold apenas pensava, Kikito colocava suas pretensões em ação. Dentro de seu laboratório, ele estava sentado na sua escrivaninha, terminando de roteirizar o seu real objetivo.
— já esta quase na hora. Finalmente conseguirei me vingar por tudo que você me fez, Monsgold — disse ele, rindo sem parar.
Continua no próximo capítulo.
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Atualizado até capítulo 92
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