Algumas horas após o ocorrido na masmorra do QG do Cavaleiro, em Kuine, Kumakasa voltava a sua sala pessoal, extremamente estressado com o que havia acontecido a pouco.
— Eu não acredito. Como se não bastasse a traição do Agente 5, eu também perdi o garoto das minhas mãos. Raios! Se eu coloco as mãos naqueles dois…
O Cavaleiro da dois socos em sua mesa, assustando os guardas que estavam próximo a porta de sua sala. Olhando os guardas, eu percebe que estava se exaltando demais, se acalmando então.
— É… senhor? — perguntou o guarda, assustado. — Deseja que espalhamos cartazes de procurado? Poderíamos encontra-los rapidamente assim...
— De jeito nenhum! Ninguém pode saber o que aconteceu aqui hoje. Se os outros Cavaleiros descobrem os erros que nos cometemos hoje, podemos acabar em mais problemas.
— Tá. Então, nós vamos apenas ficar de olho, senhor.
— Façam isso.
O guarda sai da sala, deixando Kumakasa sozinho, olhando para um carta em sua parede. Cartaz esse que é de um homem bem conhecido por ele.
— E então, Silva Shizuka? Seu garoto vai acabar seguindo o mesmo rumo que você? Seu maldito!
Luke havia levado Gabb para sua casa, para que pudesse cuidar de seu ferimento no pé. Após enfaixar o pé do Agente, ele procurou algo para ambos comerem, na cozinha.
— Eu devia ter roubado algumas coisas e trazido para casa. Não é possível que não tenha nada para comer neste lugar.
— Você quase não fica nesse lugar, não é?
— Não mesmo! Eu venho aqui poucas vezes
Gabb olha para a mesa e vê uma espécie de fotografia, pegando-a em seguida para observar atentamente com mais detalhes.
— Essa aqui é sua família? — Perguntou o Agente.
— Isso aí? É uma foto bem antiga. Também é a única que eu tenho deles. É bem antiga.
— Esse outro garoto ao lado do seu pai é o seu irmão certo? Mas cadê a…
— Minha mãe?
— Isso.
— Ela nos deixou um tempo depois do meu irmão nascer. Meu pai me disse que ela tinha que resolver umas coisas importantes para ela, só que... Sabe, ela nunca mais voltou — se aproximou de Gabb e pegou a foto, olhando-a com carinho — A pouco tempo atrás, meu pai saiu para uma jornada, atrás de um objeto que ele esteve buscando a muito tempo.
— A Pedra celeste… — disse ele
— Isso. Ele sempre me falava dela! E depois que ele se foi, meu irmão também foi embora de vez.
— Entendi, então você já está sozinho a bastante tempo.
Luke se aproxima da mesa, colocando a fotografia novamente em seu devido lugar. Após isso, ele olha para um quadro com o rosto de seu pai, que estava colado na parede a sua frente.
— Mais ou menos um ano. Escuta… Gabb né?
— Sim, é Gabb.
— Bom, eu percebi essa magia de gelo a um tempo e essa era a mesma magia que meu pai usava, certo?
— Sim. A Pedra do Gelo era a fonte da magia de Silva Shizuka. É por isso que o Kumakasa queria tanto ela.
— É, isso eu entendi, mas se essa pedra está comigo, quer dizer que… — apertou o punho — Quer dizer que ele…
— É. Até hoje não descobriram como, mas foi dito a alguns dias que Silva Shizuka havia falecido em batalha.
— Aquele idiota! Como um pai larga os filhos assim…
— Desculpe de te contar dessa forma…
— Não. Eu vou ficar bem, relaxa! É só que, eu já temia isso poderia ter acontecido.
— Por que?
— Eu não me lembro muito bem… Meu irmão tinha dito algo relacionado a isso naquele dia… Ele disse "eu vou atrás de respostas, irmão. Espero encontrar novamente, um dia."
— Entendi. bom, de qualquer forma eu realmente peço desculpas por te levar para o Cavaleiro. Meu acordo com ele era por apenas um interrogatório, mas ele acabou por quebrar, atacando você.
— Foi isso que estranhei! Então, foi por causa do acordo quebrado que você me ajudou? Isso não simplesmente assinou o seu cartaz de procurando pelos cavaleiros?
— Kumakasa não é burro. Requisitar a minha busca abriria investigações sobre o que aconteceu hoje, e ele não ia querer que os outros Cavaleiros saibam o que aconteceu no quartel general hoje.
— É. Faz sentido. Você é bem inteligente, né Gabb?
— Que isso. Eu agradeço…
— Bom, só vão vou poder te oferecer comida. Infelizmente, não há nada na dispensa. Na verdade, tem gelo.
— Eu compreendo, então vou deixar metade do meu dinheiro que ganhei. Já deve ser algo para te ajudar.
Gabb ameaça colocar as moedas na mesa, porém, Luke acerta uma pedra de gelo em sua testa.
— Aí!!! Por que você… — perguntou
— Não precisa. Você deveria guardar pra você e compra umas roupas menos… feias.
— Feias? isso é um dos ternos mais caros que existe, seu idiota. Você que usa essa roupa toda desleixada aí. Sem nenhum cabimento andar com esse tipo de roupa! Não sente frio não?
— Eu crio gelo, por que eu sentiria frio?
— Bom, você tem um bom argumento para alguém que cogita não usar um poder como esse apenas porque não quer. Bom, acho que já tá na hora de eu ir. É confuso, mas acho que tem coisa que você vai ter que descobrir sozinho.
Gabb se levantou com um pouco de dificuldades, indo até porta, sem perceber que deixou um papel cair de seu bolso.
— Você deixou isso cair — disse Luke, o entregando.
— Ah, é o cartaz do torneio de Florensie.
— Torneio?
— É. Vai ter um mini torneio de lutadores no centro de Florensie. Parece que vai ter até um prêmio em dinheiro para quem ganhar.
— Daora. Eu poderia participar, mas estou com muita preguiça — se jogou no sofá em seguida, simulando uma cochilada.
— Você é bem diferente de seu pai, Luke— disse ele, sorrindo. — Bom, eu vou indo então! — olhou para trás e viu Luke deitado — Luke, me diga você possui algum tipo de sonho?
— Acho que não, Porque? Eu acho que nem mesmo sei o quê é um sonho.
— Você deveria saber, sonhos são coisas que nós almejamos e fazemos de tudo para alcançar.
— Fazemos de tudo para alcançar… Espera! Gabb, então você possui um sonho?
— Eu tenho sim, quero me tornar o melhor naquilo que faço. É algo que eu prometi para uma pessoa a alguns anos — disse ele, sorrindo — Vou continuar trabalhando para alcança-lo!
— Que massa, cara! boa sorte pra você! Na próxima vez que nos encontrarmos me arruma um lanche, acho que vou ficar sem comer hoje para sobrar espaço pra amanhã.
— Você é um cara muito estranho, Luke Shizuka. Até a próxima.
Gabb sai pela porta da casa de Luke, e some em um beco próximo. Luke permanece deitado, olhando para o teto, pensando.
— Ele disse sonhos, né…
Um jovem treinava no quintal de sua casa. Sua irmã mais velha o assistia, duvidando de suas ações.
— Você precisa ser mais efetivo nos ataques Vitor, mire em todos os pontos vitais do porco. Continuar atacando assim, não vai adiantar nada.
...Larisse, a mais velha...
— Eu já disse que não precisa me dizer o que fazer!
...Vitor, o Caçula...
— Você é treinado desde tão cedo e continua tão fraco. Não esperava menos do mais fraco da família — ironizou ela
Vitor avança contra o animal, acertando diretamente sua garra do trovão, o pulverizando em raios.
— Eu falei para esperar. Estava apenas vendo o momento certo para o atacar.
— Em uma luta de verdade, você não terá tempo para ficar vendo hora certa de atacar.
— Exatamente que você disse, em uma luta de verdade. Nessas circunstâncias eu acabaria com meu alvo antes que ele pudesse pensar em se defender.
— Agora eu gostei das suas palavras, irmãozinho, mas você acabou com seu jantar — disse ela, rindo.
Ele vira as costas e vai andando para o seu quarto, deixando sua irmã falando sozinha
— Fiquei sabendo que vai no torneio amanhã… Finalmente você vai enfrentar adversários de verdade — dizia, sendo ignorada por Vitor, que entrou em seu quarto e fechou a porta
— Como se eu precisasse estar pronto para alguma coisa.
No dia seguinte, o torneio já estava sendo anunciado logo pela amanhã. Os cavaleiros do reino de Florensie, também marcaram presença no local.
— Sejam todos bem vindos ao torneio para prodígios de Florensie, onde o prêmio é estipulado em 2 mil moedas — disse o homem de cabelo bagunçado e roupa elegante.
...Hitogatsa, O Duelista....
— Vejo que estão todos chegando e pegando seus lugares, então irei explicar as regras para deixar todos que se inscreveram informados — dizia o anunciante — Dois lutadores se enfrentam na arena. Para vencer, é necessário fazer o adversário ficar impossibilitado de lutar ou faze-lo desistir da luta. É proibido matar o adversário! O prêmio em dinheiro vai para o que mais se destacar entre os lutadores. Armas e artefatos serão checados pelos guardas, fora isso, magia é totalmente liberado!
Pelas ruas que ligam Florensie a Kuine, um garoto corria desesperadamente. Este garoto, era ninguém mais ninguém menos que Luke Shizuka.
— Aquele cabeça de vento nem pra me dizer a hora exata... É bem capaz de eu estar muito atrasado — disse ele, suando gelado — Espera, porque é que eu tô correndo assim?
O garoto percebe que estava sendo muito burro, então ele usa o poder de gelo para criar uma pista de gelo e começa a patinar, indo cada vez mais rápido!
— Isso é mais divertido que roubar lanche! Espera, por que eu não fiz isso antes!?
Os Cavaleiros estavam acomodados em uma espécie de camarote, na arquibancada do Coliseu de Florensie.
— Você acha mesmo que ele vai vir até aqui? — questionou Hitogatsa.
— Só saberemos se ele realmente aparecer. Acredito que a ferida deve doer ainda, e ele sabe que eu estou aqui.
...Monsgold, o Minotauro...
— De qualquer forma, se ele vier a aprontar, irá acabar sendo capturado por nós, os cavaleiros.
— É, Konor.. Será mesmo que o seu filho vai aparecer por aqui? — pensou ele, enquanto se aproximava do vidro que dava visão da arena de batalha.
Continua no próximo capítulo.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 92
Comments
Rômulo Stéfeni
Parabéns, sua escrita melhorou muito nesse capítulo, a leitura estava muito agradável. Voltarei depois para o capítulo 3.
2022-07-08
1