Luke estava parado a alguns metros de Monsgold, sorrindo, enquanto o Cavaleiro Sagrado não demonstrava felicidade com aquele ataque.
— Eu não ouvi bem o que você disse, garoto. Por acaso sabe de quem está diante neste momento?
— Não me importo com que você seja, mas não leva-lo. Eu sei bem o que vocês vão fazer com ele.
— Sabe? O que você sabe sobre nós?
Monsgold da um soco contra o chão, fazendo com que uma pedra emergisse de baixo de Luke, fazendo com o mesmo fosse lançado ao ar. Tudo a volta tremeu, assustando os aflitos expectadores.
Luke consegue se reequilibrar, caindo de pé novamente.
— Desista. Você não tem nenhuma chance de me vencer. Eu sou Monsgold, o Minotauro.
— Eu não já disse que não me importo com quem você seja?
Luke carrega magia na palma das suas mãos, preparando para lançar um novo raio congelante.
— Por que ele está fazendo isso? — questionou Kuro.
— Tolo. Isso não vai funcionar!! — gritou Monsgold
— Raiooo Congelante! — lançou ele.
O ataque colide diretamente contra Monsgold, que rapidamente coloca seus braços em X, defendendo seu corpo de ser congelado imediatamente. Seus braços começaram a congelar aos poucos e Luke achava que estava fazendo efeito, mas Monsgold aparece na frente do mesmo, com a palma da mão no rosto do garoto.
— Bela tentativa.
Monsgold agarrou a cabeça de Luke com palma da mão, a forçando lentamente contra o chão.
— Me solta, seu maluco! — se debatia ele
— O seu amigo quase feriu dezenas de inocentes com o ataque inconsequente dele. Você não deveria ter bancado o herói, filho de Silva Shizuka.
— Essa não! Eu preciso fazer alguma coisa… — pensou Gabb
O cavaleiro sagrado riu, e ergueu Luke na sua frente, segurando este pela cabeça.
— Me diga, garoto. Por que você fez isso? Por que está tentando ajudar aquele garoto?
— Eu não…
— Diga.
— Eu não… preciso… de motivos!
Luke tira uma esfera congelante das costas, lançando a mesma contra o corpo de Monsgold, que estava muito perto, e congelando o mesmo imediatamente.
Luke cai no solo. Vendo que Monsgold havia sido totalmente congelado por sua magia, ele corre para ajudar Kuro. O jovem estava preso pelas algemas de Kirei, que "desativam" a magia de usuários de pedras mágicas.
— Deixa eu tentar descobrir como abrir isso daqui…
— Por que está fazendo isso? Está arriscando sua vida por mim… Você me conhece?
— Para de fazer pergunta! Eu tô tentando descobrir como tira essas algemas…
— Poderia tirar suas mãos daí, por favor? — perguntou uma voz misteriosa
— O que? — perguntou Luke
Luke sentiu um calor muito forte em suas costas e ao virar seu rosto, viu que um outro cavaleiro estava ali. A mão daquele homem tocavam sua coluna, liberando uma chama forte e ardente e causando dores fortes a Luke.
— Que poder forte… — agonizou Luke
— Eu estava no QG, quando ouvi um barulho bem alto vindo deste Coliseu. Pensei que não era nada demais, mas vim aqui só para garantir.
O homem estende sua outra mão e lança uma pequena labareda de fogo em Monsgold, e logo depois em Hitogatsa, descongelando totalmente ambos.
— Professor… Enfim você resolveu sair do laboratório — disse Hitogatsa
— E quem bom que eu saí, em. Vejo que estão tendo problemas com simples jovens.
— Estava tudo sob controle.
— É. Eu estou vendo mesmo.
Monsgold se vira e caminha para o centro da arena, buscando falar com o expectadores que estavam na plateia.
— Escutem todos!!! Houveram alguns contratempos que pausaram a torneio, mas estes já foram resolvidos! O torneio continuará exatamente da onde ele parou. Obrigado pela paciência de todos!
Monsgold se virou para ao apresentador e fez o sinal de positivo, confirmando que o torneio poderia continuar a partir dali.
— Então, acabou? — pensou Kuro
— Não… Ainda não acabou… — lamentou Luke
— Acabou, garoto — disse Monsgold
O Minotauro golpeia a cabeça de Luke de leve, fazendo com que o mesmo desmaiasse imediatamente com o impacto.
Após algumas horas desde o ocorrido, Luke começa a acordar, percebendo que estava dentro de uma espécie de cela.
— Que bom que acordou, cara. Pensei que havia morrido.
— Você… Onde nós estamos?
— Estamos presos. Os cavaleiros nos colocaram dentro dessa sala.
— Ah… Maldição. Eu teria conseguido te libertar se não fosse aquele outro cara.
Luke fica inconformado consigo mesmo, enquanto Kuro o observava, tentando entende-lo. Luke olha para Kuro e vê que o mesmo estava o encarando por alguns segundos.
— Foi mal! Eu nem te falei meu nome, né? Eu sou Luke Shizuka.
— Eu acho que o seu nome não é exatamente o que eu iria te perguntar…
— Ué. Então o que você iria perguntar?
— Você por acaso me conhece?
— Que eu saiba? Não.
— Já ouviu falar de mim ou algo assim?
— Também não.
— Então alguém mandou você ir me ajudar? Você foi contratado?
— Faço a mínima ideia do que você tá falando.
— Então… Por que você fez aquilo?
— Porque…
Luke olhou fixamente para Kuro, fazendo com que este ficasse curioso e apreensivo com a resposta de Luke. Depois de algumas encaradas, Luke dá um sorriso, se jogando para trás e deitando chão.
— Porque eu quis!!!
— O que?
— É. Eu vi que eles queriam te prender e me deu vontade de te ajudar. Não é simples de entender?
— Não.
— Mas no fim não adiantou de nada, né? Agora estamos nos dois presos nesse lugar — riu ele
— Você é muito estranho, cara. Muito tranquilo.
— Ah… Eu não sou muito de me arrepender das coisas que eu faço não, viu. Geralmente eu faço o que eu quero sem medo do que pode dar errado.
— E isso não pode ser ruim as vezes?
— As vezes sim, mas acontece. Pelo menos é assim que eu vivo.
— Entendi.
Kuro se levanta e ajeita o lugar onde ele estava sentado, o preparando para que ele pudesse se deitar também.
— Mas você não me disse ainda. Por que você atacou aqueles caras? Eles fizeram algo para você?
— O meu pai…
— O que tem?
— Ele foi executado a 3 dias…
Era quase meio dia em Florensie, e todos os cavaleiros estavam reunidos no centro da cidade, para execução de Konor Kurogane.
Monsgold apenas observava enquanto os soldados levavam Konor Kurogane para o altar de execução, onde seu corpo seria atravessado por espadas.
— Por que tinha que ser assim, em, Konor? — pensou ele.
Já estava tudo pronto para o começo da execução. As espadas já estavam preparadase e todos já estavam aguardando, até mesmo Konor, que demonstrava muita calma e tranquilidade.
— Boa tarde, senhoras e senhores!!! O homem que está diante de vossos olhos é nada mais nada menos que Konor Kurogane, ou como é conhecido por muitos, o Caçador de Dragões — dizia Hitogatsa, em alta voz. — Bom. Como muitos de vocês já sabem, Konor era um dos soldados de Florensie a um tempo atrás, que chegou a ser promovido ao posto de cavaleiro, porém, após alguns ocorridos, ele resolveu deixar o reino, descumprindo o juramento que fez quando entrou, ainda quando era um simples soldado. Depois de deixar Florensie, Konor cometeu diversos crimes, chegando até a se auto-denominar como um caçador de Bastia. Mesmo que suas ações tenham sido feitas pelo bem do reino, como o mesmo já disse, não podemos deixar de frisar os problemas que essas ações nos causaram, tornando Konor um problema para toda Bastia. Com sua cabeça estipulada em torno de 400 mil moedas, Konor foi buscado durante anos, por nós, afim de que conseguíssemos acabar com esse problema de vez. E enfim, isso acabara hoje.
— Falou bonito, Hitogatsa — disse Konor.
— Por que está tão calmo, Konor? Você vai mesmo ser executado.
— É. Eu sei. Não tem nada que eu posso fazer, então…
As espadas já estavam tocando cada peito de Konor, enquanto os soldados preparavam para o executar.
— Suas últimas palavras, Konor — disse Hitogatsa
— Hmm… Minhas riquezas e tesouros? Se vocês quiserem eu os deixo o pegar…
— Para de viajar, Konor. Nem perto da morte você para de agir igual um bêbado — disse o dragão
— É. E pensar que a gente não se dava bem no início, né.
— É.
— Isso é um pouco irônico — pensou ele, rindo em seguida — Eu vou morrer da forma que eu não pensei que eu morreria. Vou morrer como um dragão — disse ele.
Os soldados atravessam a espada no peito de Konor, o matando imediatamente. Todos comemoraram o fim de mais um "mau" que estava sendo eliminado de Bastia, porém, uma pessoa no meio daquelas todas não acreditava no que via.
— Pai… por que??
Todas pessoas deixavam o local enquanto Kuro permanecia ali, não aceitando que seu pai havia sido executado assim
— Bom, e foi isso que aconteceu.
— Entendi. Por isso que você entrou no torneio… Para tentar chamar atenção dos cavaleiros e os atacar.
— É, mas eu não pensei muito nas consequências. Acabou que foi só mais uma escolha errada. Peço desculpas por você estar nessa também.
— Não tem que me pedir desculpas não, cara. Eu te ajudei porque eu quis.
Luke ouve um barulho alto e coloca a mão em sua barriga, sentindo que era a mesma roncando.
— Ah… Isso sim é um problema de verdade. Eu já estou ficando com fome.
— É. Agora que você falou… me deu fome também — sorriu ele
Guardas passavam próximo a cela naquele momento. Rapidamente, Luke se levanta e corre para a grade da cela, tentando falar com os soldados que ali estavam
— Ei! Não tem nada para comer aqui não? E não digam que as pedras aqui dentro não de chocolate pois eu não vou acreditar!
— Cale a boca, seu idiota! — disse um dos guardas
Os guardas continuaram seguindo, ignorando os chamados de Luke, que retorna ao seu canto após ver que os guardas nem ligaram para ele.
— Não adianta! Estamos perdidos — disse Kuro.
Já era tarde da noite e o torneio já havia acabado. Gabb caminhava pelas ruas de Florensie, pensando em uma forma de ajudar aquele idiota que ele já havia ajudado anteriormente.
— Ele tentou ajudar aquele garoto sem nem mesmo conhece-lo… Isso me remete a algo…
Ele continuou caminhando, até que uma lâmina tocou seu pescoço por trás, fazendo com que o mesmo ficasse paralisado.
— Meu Deus.
— Você é o Gabb, não é?
— Ei, garota. Abaixa essa espada, por favor.
— Eu vou abaixar, mas depois você vai ter que responder umas perguntas.
O suor gelado escorreu pelo rosto de Gabb, enquanto seu suspirar mostrava que ele sentia o verdadeiro medo naquele momento.
Contínua no próximo capítulo.
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Atualizado até capítulo 92
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