Hatsune e Luke colidem com seus ataques, causando um impacto poderoso que tremeu a arena. Uma névoa fria cobriu a arena após o choque de ambos, impossibilitando brevemente a visão.
— O que será que aconteceu? Não da pra ver nada — disse um expectador
A plateia estava apreensiva e todos tentavam ver quem havia ganhado, porém, se surpreenderam quando a névoa se desfez.
— Nós temos um…empate? — questionou o apresentador
Luke e Hatsune estavam caídos, um de cada lado da arena. O apresentador parecia não acreditar ainda no que havia acontecido, mas tomou uma decisão e anunciou o resultado.
— Então é isso! Luke e Hatsune não possuem mais condições de lutar! Então, está decidido que houve um empate.
— Por essa eu não esperava! — disse Gabb
Luke se levanta alguns minutos depois. Com visíveis dificuldades, ele se ajeita e caminha na direção de Hatsune.
— Não… Eu deveria ter ganhado… Isso não pode ser verdade… — lamentava Hatsune, enquanto começava a se lembrar do seu passado.
Ela treinava em uma espécie de mata com árvores, enquanto um garoto estava sentado próximo, a assistindo.
— Você não se cansa mesmo, não é? Está tentando cortar essa árvore a meia hora — disse o garoto.
— Eu não posso parar! Não vou parar até picotar está árvore completamente.
— Hihi! você é muito cabeça dura, Hatsune.
— Grr, maldita árvore!!! — continuou batendo com a espada no tronco, sem parar.
Luke continuava se aproximando, enquanto Hatsune continuava a se lamentar. Ao perceber isso, o garoto parou em sua frente e estendeu sua mão.
— Você lutou muito bem! — Sorriu.
— Lutei bem? Se eu tivesse ido bem, eu teria ganhado…
— O que uma coisa tem haver com a outra? Foi uma boa luta! Vem, eu te ajudo a levantar.
Hatsune exitou e continuou olhando para baixo, pensando que não poderia ter perdido.
— Competidores, pedimos que vocês retornem ao túnel de preparação. Temos que prosseguir para a próxima luta — disse o apresentador, em alto e bom som.
Luke fica olhando para Hatsune, curioso, enquanto pensava no que a garota poderia estar pensando naquele momento. Então, ele resolve se sentar, continuando a olhar para ela.
— O que é que ele tá fazendo ali? — perguntou Gabb
— O que você está fazendo? Pode ir — disse ela.
— Eu não vou sem você! — afirmou Luke.
— Você não entenderia… Não tem porque eu lhe dizer. — Olhou para Luke e viu que o mesmo não iria desistir. — Eu… prometi para um amigo… que venceria todos que eu enfrentasse e iria me tornar a mais forte, mas parece que eu não consegui cumprir isso.
— Mas você não perdeu, oras!
— É, mas eu não venci!
Luke se levanta e olha para o céu. Hatsune não entende, mas se surpreende com as palavras dele.
— Olha, eu acredito que seu amigo ficaria muito feliz de ver que você deu o seu melhor nessa luta!
— O que? — questionou se lembrando.
Depois de horas tentando, Hatsune conseguiu cortar o tronco da árvore.
— Pronto, árvore cortada. Foi fácil até demais! — disse ela, exausta.
— Seu esforço me impressiona, Hats. Fico muito feliz em ver você dando o seu melhor sempre que pode. É como se você sempre quisesse ir além do que você pode.
— bobo, você por acaso ja se esqueceu do que eu te prometi, Dan?
— Claro que não. Você vai ser a melhor de todas. Foi exatamente isso que você me disse.
— Exatamente!!! A melhor de todas. — disse ela, fincando a espada no tronco.
Hatsune se emociona ao se lembrar de tudo aquilo, entendendo perfeitamente a mensagem que Luke queria passar a ela. Então, ela finalmente estende sua mão para Luke, que corresponde a ajudando a se levantar.
— Vamos — disse Hatsune.
— Certo! — respondeu Luke.
Ambos caminham juntos e com dificuldades até o túnel, deixando a arena de batalha.
— Aquele garoto… Ele é realmente filho de Silva Shizuka. Esses traços de personalidade… A aparência… Essa pedra mágica… Agora eu tenho certeza — disse Hitogatsa.
Monsgold apenas ficou observando, satisfeito com o que havia assistido. Agora, o narrador se preparava parar anunciar o segundo confronto.
— Com o empate decretado no primeiro confronto do torneio, já está na hora de anunciarmos a segunda luta de hoje.
Gabb vai até a enfermaria, encontrar Luke, que estava sendo tratado pelos médicos do torneio.
— Então você está aqui. Você foi muito bem, Luke.
— Valeu. Os médicos estão fazendo curativos nos meus braços. Cortou um pouco mas pelo menos eu não perdi deles, né? — riu ele
— Você é um idiota sem noção mesmo!
Ele olha para o lado e vê Hatsune ajeitando a espada enquanto olhava para o laço que estava preso a mesma.
— Aquilo que aquela garota fez… Ela repeliu o raio congelante do Luke com apenas a própria energia. Será que aquilo foi Senkai — pensou Gabb.
De volta a arena, os próximos lutadores já estavam prontos na arena, cada um de seu lado. Vitor, que já conhecemos, está de frente a uma nova personagem. De cabelos lisos e pretos e de olhos azuis claros, a jovem, branca como a neve, vestia uma espécie de túnica azul escura, que cobria a maior parte de seu corpo.
...Danily, a Pequena Atame...
— Como vocês já podem ver na arena, teremos nossa próxima luta, que será: Vitor, de Florensie contra Danily, de Harville. Desafiantes, preparem-se!
Ambos ficam se observando por alguns segundos, sem tomar iniciativa alguma.
— Essa é a minha primeira luta. Será que é por isso que estou tão nervosa? — pensou Danily.
Vitor ajeita sua postura, se colocando em posição de combate e respirando fundo. Danily se assusta com os movimentos de Vitor, mexendo sua mão e lançando um tufão de vento na direção do jovem.
— O quê é isso? — se perguntou Vitor. Ele é empurrado para trás, até que consegue dissipar o tufão com suas duas mãos. — Isso foi algum tipo de magia?
Uma ventania forte é criada na arena de batalha e areia começa a tomar conta do campo, deixando a visão de todos prejudicada.
— O que é isso aqui agora? Uma armadilha? — questionou outra vez ele.
Danily move sua mão mais uma vez e Vitor acaba por sentir como se fosse um soco em sua barriga, porém, ele percebe que em nenhum momento a garota saiu do lugar.
Vitor explode em raios, liberando um pouco de sua visão com sua magia. Em seguida, ele avança na direção em que Danily estava com sua palma do trovão, mas acaba por não acertar ninguém.
— Ela está usando a tempestade de areia para se mover rapidamente, sem deixar que seu oponente a veja. É uma estratégia muito boa — disse Hitogatsa —, mas a questão é, como ela está fazendo isso?
Vitor ataca em todas as direções, tentando achar Danily, mas a tempestade que ficava mais densa gradativamente não permitia que o mesmo acertasse qualquer ataque.
— Cadê você? Cadê você? — pensou Vitor
Um novo golpe acerta Vitor no rosto, o arrastando por alguns metros.
— Que droga. Se eu não consigo vê-la, como vou ataca-la? Espera, é isso!
Vitor fecha os olhos e se concentra apenas em ouvir os sons a sua volta. Naquele momento, um novo golpe veio na sua direção, porém, ele ouve o vento forte se aproximando, desviando do ataque.
— O que? — pensou Danily
— Entendi o que eu tenho que fazer. Passos do trovão!
Vitor começou a correr pela arena, deixando espécies de rastros para trás e fazendo com que Danily errasse seus golpes. Enquanto corria, ele se concentrava em ouvir de que ponto os golpes vinham.
— Eu preciso acabar com isso logo, se não… — pensou Danily
Antes que pudesse completar sua frase, Vitor acerta um soco no meio de seu rosto, a mandando direto para o solo da arena. Após o impacto no solo, Danily se assusta, tentando se levantar.
— Como você…
— Fica fácil quando eu entendo como funciona.
Danily consegue ficar de pé, ainda que com alguns ferimentos em seu corpo, mas ainda conseguia continuar na luta.
— Eu segurei o soco para a lutar não acabar tão rápido. Essa sua técnica é realmente muito interessante.
— Se chama Senkai da Manipulação — respondeu, limpando sua túnica. É uma especialidade da minha família, os Atames. Podemos controlar objetos e coisas apenas com a mente.
— Entendi. Então aqueles golpes eram na verdade de areia? É por isso que eu não tava conseguindo saber de onde eles estavam vindo? — pergunto Vitor, se colocando novamente em pose de ataque.
— Exatamente! — afirmou ela, confiante.
— Olha só, se não é tal o Senkai novamente — pensou Gabb, assistindo.
Luke se aproxima de Gabb, sentando ao lado do mesmo, com um saco de pipoca em mãos.
— Onde você arrumou isso? Não me diga que roubou daquele cara de novo?
— Não. Dessa vez eu comprei mesmo!
— Ah, que bom!
— Com o seu dinheiro, é claro.
— O que? Com o meu dinheiro? — disse, se levantando desesperado.
Gabb coloca a mão no bolso e não acha as moedas que estavam com ele. Sabendo que não adiantaria reclamar, ele apenas sentou novamente ao lado de Luke e também comeu um pouco da pipoca.
— Então, vamos continuar a nossa luta? — perguntou Vitor, ansioso
— Mas é claro! — respondeu, se preparando.
Vitor ataca rapidamente com a sua mão direita, usando sua palma do trovão, visando acertar o seu ombro, mas é parado pela mão esquerda da jovem. Ele até tenta com a mão esquerda, mas Danily usa seu Senkai para segurar seu braço ataque.
Danily contra golpeia impulsionando Vitor para trás, afastando-o de si mesmo. É quando ela tira algumas facas do bolso, as lançando na direção de Vitor.
Vitor consegue desviar facilmente das facas, mas não esperava pelo que viria depois.
— Dessa vez você não escapa! — pensou ela, sorrindo.
Danily manipula as adagas, as controlando facilmente da forma que ela quisesse. Com o mexer de suas mãos, elas começavam a ir novamente na direção de Vitor.
Vitor consegue desviar por pouco, mas uma das facas acaba por acertar de raspão sua perna. Vitor se desequilibra, ficando meio tonto.
— O que é isso? Minha perna está dormente…
— É uma espécie de anestésico. As facas que eu arremessei estavam banhadas nesses medicamentos! — disse, se aproximando de Vitor. — Sabe, se isso tivesse continuado, acredito que eu teria perdido para você.
— Você não deveria ter se aproximado tanto de mim assim… — disse baixinho
— Hm? — questionou, por não ter ouvido direito.
Vitor canaliza, fazendo com que um raio caísse sobre ele, causando uma enorme explosão na arena.Danily cai na arena, sem condição alguma de continuar a batalha. Vitor, por sua vez, estava de pé na frente dela, com a sua mão ainda envolta por raios.
— Danily não possui mais condições de lutar. Portanto, o vencedor desse confronto é Vitor, de Florensie!
Os médicos chegam a arena e levam Danily e Vitor para enfermaria. Ambos estavam debilitados por causa do confronto, principalmente Danily. Ao serem colocados em macas e levados, ambos trocam um olhar de "você lutou bem" enquanto eram levados para dentro do túnel.
Com o desfecho do confronto, a plateia vai a loucura total, aplaudindo bastante os competidores.
— Eu não consegui ver nada do que aconteceu, mas foi demais! — disse um telespectador
— É agora! Agora deve vir ele... — pensou Monsgold.
O apresentador toma a voz, anunciando o último confronto do dia. Confronto este que Monsgold parecia tanto aguardar.
— Os dois últimos competidores a lutar no torneio são: Carlos, de Florensie e Ruko, também de Florensie. Venham a arena, desafiantes!
Continua no próximo capítulo.
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Atualizado até capítulo 92
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