2 semanas depois em algum lugar do pacífico...
O que retornou primeiro foi a saúde, suas feridas haviam se fechado e seus ossos quebrados haviam se reconstituído, a cura acelerada de sua raça havia trabalhado feito louca enquanto ele estava desacordado, apesar das roupas rasgadas e manchadas nos outros aspectos ele estava impecável, mas, ainda assim ele não acordava.
O sol queimava sua pele clara deixando - o todo avermelhado e com lábios rachados parecendo ao mesmo tempo estar doente e logo em seguida que estava perfeitamente bem... Uma vez que ele se curava e logo depois tornava a ficar muito queimado de sol novamente... Vários pássaros se aproximavam de tempos em tempos curiosamente olhando para ele e levantando vôo logo em seguida.
Quando ele finalmente acordou era incapaz de dizer quanto tempo havia se passado ou onde se encontrava e o mais importante.... Como chegou até ali! Sentia que estava envolto em algum tipo de líquido, era frio e seguia o movimento dos seus braços e pernas sempre que ele os mexia. Sua mente estava confusa.
*Ele não estava morto estava?*
*Não! A morte não teria aquele tom brilhante e lindo de azul!*
*O que aconteceu?*
Seus olhos em teimosia começavam a se encher de lágrimas, lembrando a ele que ele sabia tudo que havia acontecido, bom quase tudo... Mas de qualquer forma mesmo sem ter noção do tempo, o fato dele estar ali era obra de sua mãe, talvez ela o tenha lançado longe em seu ataque e ele foi sem querer parar em outro reino... Como nunca lhe havia sido permitido sair do castelo, ele não conhecia nada dos outros reinos, na verdade ele sabia muito pouco até mesmo sobre o próprio reino em que nasceu.
Milan: - Será que consigo me levantar? - Perguntou olhando o líquido incolor pingando de seus dedos.
Suspirou profundamente, pensando também se podia por aquele líquido na boca, que ardia e o incomodava, por fim totalmente desanimado fechou os olhos e se entregou a escuridão novamente.
Apesar de totalmente curado sentia um dor profunda no peito, uma angustia fria lhe descia pela coluna como se de repente ele tivesse sido colocado numa câmara de nitrogênio líquido e o gás o rodiasse, nem sequer tentou abrir os olhos novamente, sua vontade de viver havia se perdido em algum sítio por aí.
Voz feminina: - Ca... Ca... Cadáver! Ai meu Deus! Tem um cadáver na água!
Milan: - Urgh. - Ele moveu seu braço como se isso fosse fazer o barulho parar.
A mulher estava afobada demais para notar que ele havia se mexido e murmurado algo, apenas seguiu gritando que havia um cadáver na água enquanto dava pequenos pulinhos procurando se fazer notar por alguém, ela gritava e gritava, mas ninguém lhe dava atenção.
Voz feminina: - Anda gente, tem um corpo ali, crê em Deus Pai, que eu não to mentindo!
Ela lançava olhares exasperados aos homens que seguiam trabalhando no pier e a ignoravam, quando um pescador começou a mexer no barco para sair ela o empurrou entrando junto com ele.
Velho pescador: - Saía, que que cê pensa que tá fazendo aqui! - Ele olha a mulher de cima abaixo.
Voz feminina: - Ah cala boca, não tá vendo o cadáver ali! - Aponta nervosamente.
O velho olha na direção que ela apontou e nota o corpo finalmente.
Velho pescador: - Parece que o coitado tá no sol ha tempos, não sei como não foi achado e devorado pelos abutres ainda. - Diz o velho tirando o chapéu e esfregando a careca.
Mulher: - Vamos até lá! - Ela tira das mãos do velho a alavanca do motor para tentar ligar o barco.
Velho pescador: - Cê tá louca? Corpo é caso pra gambé, não me meto com isso não! - Tomou de volta a alavanca irritado.
Mulher: - Hã? Gambé? Céus era só o que me faltava mesmo!
As vozes começaram a ficar cada vez mais altas e próximas, mas, ele se recusava a olhar de onde eram, não queria saber de nada, não queria fazer nada, queria que todos calassem a boca e fossem embora. Ele pensou se não seria melhor que o universo emudecesse e só restasse o silêncio... Mudando de idéia logo depois já que seria ainda pior seguir apenas com suas lembranças e pensamentos.
Milan: - Fiquem quietos! - Gritou ainda de olhos fechados.
Velho e mulher ao mesmo tempo: O cadáver fala! - Ambos põe as mãos sobre a boca surpreendidos.
Milan: - Eu não me chamo cadáver! - Abre os olhos e tenta localizar quem estava falando.
Mulher: - Claro que não, quem se chamaria assim?
Ela ri de nervoso enquanto olha o rapaz todo queimado de sol se movendo lentamente, ele parece procurar a fonte das vozes e quando não acha, tenta se sentar e logicamente logo afunda, voltando a superfície se debatendo em desespero.
Mulher: - Impossível! Você não sabe nadar? Anda velho faz alguma coisa - Diz empurrando o velhote que ainda olhava boquiaberto a cena a sua frente.
*O que é isso?*
Tenta por os pés e alcançar o fundo mas é em vão.
*Quão profundo pode ser esse lugar cheio de líquido?*
Ele mantém as pernas em movimento a fim de não afundar novamente, mas, ainda assim fica instável e vai se cansando aos poucos.
*Que líquido é esse afinal? Ele não tinha cheiro nem cor quando ele segurou nas mãos antes.*
Milan: - Por favor me tirem desse líquido! Socorro não consigo respirar sob ele. - Afunda novamente.
Braços fortes envolvem seu peito primeiro o puxando para perto e logo depois começando a subir para a superfície, ele se debate, a garganta tomada pelo líquido doendo e a cabeça cheia de uma pressão absurda. Ele empurra para baixo a pessoa que o está puxando tentando alcançar a superfície para respirar mas a pessoa é mais forte, ela contém seus braços e segue o levando para cima. Quando finalmente chegam ao pier Milan está desacordado.
Mulher: - Minha nossa, agora será mesmo um cadáver?
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Jana
kkkkkkkkkkkk
2022-07-29
2
Febe
Não tem água da onde ele vem?
2022-05-13
6