A rainha chorava dia e noite junto com suas filhas, desde o acontecido, ela estava desolada, ela que esperava ver o filho se tornando um adulto e começando a viver de verdade e ao invés disso recebeu a notícia que ele estava doente e que ela não poderia mais vê-lo, ficou sem entender nada, tinha visto o filho ainda naquela manhã mesmo, ela sabia que isso era mentira e que havia acontecido algum tipo de desavença entre ele o pai...
Então ela seguiu para a sala do trono esperando convencer o marido a voltar atrás, e conseguir resolver o que quer que tivesse gerado aquilo, mas, sua entrada foi negada pelos guardas, o rei disse que não queria ser incomodado por ninguém, principalmente por ela. Para seu próprio bem era melhor que ela se pusesse em seu lugar e permanecesse quieta com as meninas na ala dos seus aposentos.
Após isso a saúde de Ataliah se deteriorou ainda mais, ela estava muito fraca e mal saía da cama, sua pele, cabelos e olhos sempre viçosos perderam a cor, o brilho e a vivacidade, e quando ela se esforçava e levantava para tentar caminhar, alguns minutos depois já voltava a se deitar ofegante e com dores no peito.
Alya: - Não aguento mais ver a mamãe definhando assim. - Disse a princesa mais velha e logo se sentou numa poltrona próxima a cama da mãe.
Oliz: - Nem eu! Mas o papai se recusa a nos receber quase sempre e é totalmente insensível a qualquer pedido relacionado ao Miles. - A 2° princesa evitava olhar para a mãe frágil e adormecida, então estava sempre olhando fixamente pra um livro que fingia ler.
Namh: - Aff, como podemos ficar sentadas aqui sem fazer nada! Me sinto inútil! - A 3° princesa se lançou na irmã mais velha, chorando sobre seus joelhos sem conseguir se conter.
A insistência das filhas em tentar persuadir o rei a soltar o mais novo o estava deixando enojado, pior ainda era elas aparecerem a toda hora diante dele para intercederem pela saúde da mãe que piorava a cada dia. Orestes achava que era tudo teatro da mulher e mesmo se não fosse não ligava a mínima para ela.
Quando as filhas entraram a força na sala do trono mais uma vez interrompendo uma audiência dele e o deixando "envergonhado" ele se cansou, então as deu em casamentos arranjados a nobres de outros reinos, as enviando para eles naquela mesma hora, sem dar qualquer chance de protesto ou intromissão de alguém, se dando por satisfeito por se livrar de mais um problema.
Munido com um sorriso presunçoso ele se encaminhou aos aposentos da esposa para informar o destino das filhas, assim que abriu a porta se aprontando para falar, sentiu um cheiro nauseante impregnar suas narinas, embrulhando instantâneamente seu estômago, a figura pálida e imóvel na cama junto com aquele cheiro o convenceu que a rainha havia partido dessa para melhor.
Rei Orestes: - Já vai tarde, me livrei daquelas inúteis e de você no mesmo dia, eu sou mesmo escolhido para ser favorecido pelo Cosmos!
Ainda sorrindo ele deu meia volta no mesmo instante, e se apressou em se afastar dali, sabendo de seu descaso com a doença dela as criadas poderiam até mesmo suspeitar ou insinuar que ele era responsável por apressar a sua morte. De volta a sala do trono o rei seguiu com seu dia como se nem mesmo tivesse saído dali. Algumas horas depois as criadas levaram a refeição da rainha e se espantaram ao encontrar o cômodo completamente vazio, já que não faziam idéia da onde ela poderia estar e tinham medo demais do rei para sair perguntando pelo castelo, elas voltaram para a cozinha e agiram como se não fosse nada demais.
Naquela noite, gritos ensurdecedores despertaram Milan, ao olhar para a porta tudo que ele pode ver foram clarões muito intensos seguidos de fortes apagões que se tornavam visíveis pelas frestas da porta, como se estivesse acontecendo ali uma grande e incomum tempestade de relâmpagos, logo grandes explosões também puderam ser ouvidas, em curtos espaços de tempo, do lado de fora, embora ele fosse incapaz de imaginar o que poderia estar ocorrendo ali.
Começou a se aproximar da porta com cautela, quando esta foi a próxima coisa a ser explodida jogando - o violentamente para trás, longos minutos talvez até mesmo horas se passaram antes que ele conseguisse por todos os seus sentidos em ordem para se levantar e sair do quarto e quando o fez um peso enorme pareceu cair sob seu peito.
Do lado de fora tudo que havia para ver até onde a vista alcançava era destruição: móveis, portas, escombros de paredes, rastros de sangue e pedaços de pessoas, tudo estraçalhado e despedaçado pelo chão e no centro de tudo havia uma mulher...
Ela estava vestida com roupas que outrora deveriam ter sido brancas, mas, que agora não passavam de pura fuligem e manchas de sangue, ela estava parada, totalmente imóvel e somente ao notar a presença dele foi que ela se virou e focou os olhos negros, vazios e sem orbitas nele, com a boca escancarada como que imobilizada num grito de surpresa perpétuo.
Milan: - Vo... Voc... Você... O que você fez?
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Regis YaoiLover
Mah genteeeee
2022-03-10
13