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### Capítulo 4: O Confronto da Verdade

Os olhos de Lia estavam fixos em Lady Vex, a presença dela estava carregada de uma energia manipuladora que a fazia querer recuar. Contudo, a determinação de não deixar que a injustiça prevalecesse impulsionou sua coragem. Artur, ao seu lado, parecia igualmente resoluto, seu brilho fervoroso desafiando a frieza da vilã.

“Vocês não têm ideia do que estão enfrentando”, Lady Vex disse, seus lábios curvados em um sorriso sinistro. “O mundo que vocês desejam destruir é sustentado pela adoração dos que acreditam em heroísmo. Agora, percam-se na sombra do que realmente são.”

Um dos seguranças deu um passo à frente, o olhar fixo em Lia e Artur, que se preparavam para o pior. Lia respirou fundo, sua mente correndo com possibilidades enquanto, em um gesto rápido, escondeu os documentos sob a mesa.

“Não temos tempo para discutir com você”, Lia respondeu, cada palavra pesada com a urgência da situação. “Vamos mostrar à cidade o que está acontecendo nesse lugar.”

Sem hesitar, ela se virou para o painel de controle, disposta a iniciar a transmissão ao vivo. Mas, antes que pudesse pressionar o botão, Lady Vex ergueu a mão, deixando a energia do ambiente tensa como um fio prestes a quebrar.

“Eu não deixarei que vocês façam isso”, Lady Vex disse, a doçura em sua voz substituída por um tom sombrio. “Você não é a única que tem habilidades, querida.”

Então, como um relâmpago, Lady Vex atacou, seu poder de manipulação mental manifestando-se em uma onda de energia. Lia sentiu uma pressão em sua mente, como se fossem mãos invisíveis empurrando suas emoções e pensamentos, tentando distraí-la e desestabilizá-la.

“Concentre-se!” gritou Artur, empurrando-se na frente de Lia. “Seus truques não funcionarão!”

A conexão entre Lia e Artur era inquebrável, e ela respirou fundo, usando sua força para afastar a influência de Lady Vex. Com um gesto firme, ela envolveu o metais ao redor da sala em um escudo de proteção, uma barreira de proteção que pulsava com sua energia.

A criação de uma repentina onda de metal fez a vilã recuar ligeiramente, a surpresa estampada em seu rosto. “Impressionante. Mas você não pode nos parar sozinha.”

“Não estou sozinha”, disse Lia, encontrando força na presença de Artur. Eles dois estavam em sintonia, e a centelha da rebelião que acendeu havia se fortalecido.

“Um ato de bravura, mas está longe de ser suficiente”, Lady Vex disse, sorrindo novamente. “Aqueles que iluminam o caminho do heroísmo não se deixarão reduzir por meros insurgentes.”

Os seguranças, prontos para agir, foram instruídos a se aproximar. Mas Lia se virou rapidamente para o painel de controle, os caracteres do arquivo de transmissão ainda piscando à sua frente. Se conseguissem apenas acessá-lo, poderiam fazer a diferença.

“Artur, precisamos de tempo. Desvia a atenção deles!”

Ele acenou e, então, decidiu atacar. Usando seus hologramas, ele criou duplicatas de si mesmo que se espalharam pela sala, confundindo os seguranças. Um deles se virou para o Artur verdadeiro, mas ele já tinha disparado para a remontagem dos circuitos.

“Você deve se apressar, Lia, vamos ver como eles lidam com isso!” gritou Artur, enquanto os hologramas brilhantes dançavam e os seguranças entravam em pânico, sem saber em quem focar.

Lia sentiu uma onda de esperança. Se fizessem isto de forma coordenada, poderiam ter uma chance! Mergulhou no painel, digitando freneticamente um código para acessar a transmissão ao vivo. Tudo parecia se alinhar: a festa, o discurso do Capitão, as mentiras que estavam prestes a serem expostas.

O monitor piscou em uma imagem clara da festa, destacando Captain Virtue em uma pose majestosa, agora alheio à verdadeira batalha acontecendo ao seu redor. Lia, então, encontrou o botão de transmissão ao vivo. Acomodou-se em uma posição confortável, e seu dedo hesitou por um momento sobre o botão.

Nesse instante, a pressão psíquica de Lady Vex se intensificou, como um manto de sombras tentando sufocar sua vontade. “Você realmente acha que o povo vai acreditar em você? Eles precisam de heróis, não de uma insurreição!”

“Eles precisam de verdade”, respondeu Lia, com a voz firme. “E vamos mostrá-los!”

Com um movimento decisivo, ela pressionou o botão. As imagens dos documentos secretos começaram a desdobrar-se na tela, revelando os segredos obscuros que os super-heróis tentavam esconder. Os dados sobre manipulação e controle, sobre as atrocidades cometidas em nome da "segurança".

“O que... o que está acontecendo?” disse um dos seguranças, distraído com a tela, enquanto Artur aproveitou a oportunidade para derrubar o próximo, criando mais caos.

As imagens começaram a ressoar através de toda a gala, e os convidados começaram a parar e olhar, confusos e alarmados. Os aplausos que antes preenchiam o ambiente tornaram-se silêncios de medo enquanto a verdade começava a infiltrar-se nas mentes das pessoas.

“Você não pode fazer isso!” gritou Lady Vex, sua expressão mudando de confiança para desespero. “Você não vai conseguir!”

“Sim, nós conseguiremos”, disse Lia, seu coração pulsando com cada palavra. A adrenalina tomou conta dela, alimentando sua determinação. As sombras estavam se dissipando, e as luzes da verdade começaram a iluminar o caminho.

A tensão atingira seu pico, mas em meio ao caos, a revolução estava em pleno andamento. Lia “Ferro” Campos e Artur “Trickster” Mendes estavam prestes a mudar tudo, e a cidade de Neo-Luz não seria mais a mesma. A chama da rebelião começava a queimar, e a luta pela liberdade e pela justiça finalmente havia começado.

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