A porta se fechou com um estrondo atrás deles, selando qualquer possibilidade de fuga. Hana e Jiwoo estavam agora do lado de fora, a escuridão da noite engolindo tudo à sua volta. O ar estava gelado, e o vento cortava a pele de forma cruel. Mas o que mais cortava era a sensação de que estavam sendo observados, caçados por forças maiores que eles mesmos.
Jiwoo se virou para ela, seus olhos cheios de preocupação e dor. "Eu... eu não sei o que mais fazer, Hana. Estou em dívida com essas pessoas. Não consigo mais escapar."
Ela sentiu um aperto no coração ao ver a angústia dele, mas não podia permitir que ele a controlasse mais. Ela já havia tomado sua decisão. Ele não estava mais sozinho, e ela não seria a mulher que iria deixar-se ser arrastada para mais um jogo sem fim. Eles haviam chegado até aqui, e agora não havia como voltar.
"Não é mais sobre o que você fez, Jiwoo. Não é sobre suas dívidas ou suas escolhas. Agora, é sobre nós dois. É sobre o que decidimos fazer daqui para frente. Eu não vou te abandonar. Mas você precisa parar de se esconder da verdade. Deixe-me te ajudar a mudar isso."
Ele olhou para ela, os olhos nublados por uma dor profunda, como se estivesse preso em um labirinto sem saída. "Você não entende, Hana. Não tem como mudar o que já foi feito. Eles vão me destruir, eles vão destruir tudo o que eu amo."
Hana apertou os dentes, sua mente trabalhando a mil por hora. A dor nos olhos de Jiwoo a dilacerava, mas ela sabia que não podia sucumbir a isso. Eles não podiam se perder em uma espiral de desespero.
"Não, Jiwoo. Eu não vou aceitar essa derrota. Se você acha que eles têm o controle, está errado. O controle está em nossas mãos agora. Eles podem tentar destruir tudo, mas nós podemos lutar. E nós vamos lutar, juntos."
Jiwoo parecia querer protestar, mas antes que pudesse dizer algo, uma luz forte apareceu atrás deles, cortando a escuridão. O som de motores se aproximando ecoava na noite, e Hana sentiu seu corpo se tensar, o alerta subindo como uma onda de pavor.
"São eles", Jiwoo murmurou, sua voz tensa. "Eles não vão nos deixar em paz. Nunca mais."
Hana olhou para ele, seu coração batendo forte. Mas ela não iria recuar. Eles estavam em um ponto sem retorno, e o medo, embora real, não seria mais uma barreira. Ela apertou a mão de Jiwoo, olhando-o com uma determinação feroz.
"Não, Jiwoo. Eu não vou fugir. Vamos enfrentar isso de frente. E você não vai mais carregar isso sozinho. Vamos dar o nosso último passo juntos."
Ele olhou para ela, e pela primeira vez, uma faísca de esperança surgiu em seus olhos. Ela sabia que ele queria acreditar nisso, mas o medo ainda o prendia. Hana respirou fundo, sentindo a adrenalina percorrer seu corpo. Eles tinham uma chance, e ela sabia que agora era o momento de agir.
A luz se aproximou ainda mais, e a figura de um carro de luxo apareceu à medida que parava à sua frente. O vidro escurecido não deixava ver quem estava dentro, mas Hana sentiu uma presença poderosa, ameaçadora. A porta se abriu, e uma sombra alta se projetou para fora do carro.
Ela não sabia quem era, mas o instinto lhe dizia que a ameaça estava à porta, esperando para engoli-los vivos. Antes que ela pudesse reagir, a figura revelou-se como o homem de terno. O líder da organização. Seu olhar era impassível, seus passos controlados. Ele estava ali para concluir o que havia começado.
"Pensaram que poderiam escapar?", a voz dele foi como um soco no estômago. "O jogo não acabou, meus caros. Ele apenas começou."
Hana sentiu um calafrio atravessar sua espinha. Eles haviam sido peões, mas agora, ele estava dizendo claramente: estavam no centro de um jogo muito maior. Aquele homem não estava ali para negociar. Ele estava ali para esmagá-los.
"Você acha que ainda tem controle, Jiwoo?", o homem continuou, sua voz cortante. "Você e sua companheira. Não têm ideia do que desencadearam."
"Não tem mais nada que você possa fazer para me parar", Hana respondeu, desafiadora. "Eu já tomei minha decisão. E não vou deixar que você ou qualquer outra pessoa nos destrua."
O homem sorriu, mas havia algo sinistro em seu sorriso. "Você realmente acha que pode escapar? Que pode controlar o que acontece agora? Você ainda não viu o que podemos fazer."
Jiwoo olhou para ela, uma expressão de impotência no rosto. "Hana, ele está certo. Não há mais como fugir."
"Mentira", ela respondeu com firmeza. "Você não entende. Eu vou lutar por nós. Eu vou lutar por mim. E você vai lutar também. Não vamos mais ser controlados por ninguém."
O homem deu um passo à frente, e o ar parecia se condensar ao redor deles. "Você tem coragem, garota", ele disse com um tom de respeito misturado com desdém. "Mas a coragem não é suficiente. E você vai aprender isso da maneira mais difícil."
Antes que Hana pudesse reagir, o homem levantou a mão, e de dentro do carro, dois outros homens armados surgiram, prontos para agir. Jiwoo ficou tenso, seu corpo preparado para reagir. Hana, no entanto, não recuou. Ela sabia que o momento de decisão havia chegado, e não havia mais volta.
"Faça o que for necessário", ela disse, a raiva se misturando com uma coragem inabalável. "Eu não vou me render."
A tensão no ar era palpável. Eles estavam cercados, e a sensação de perigo iminente os envolvia, como uma pressão sufocante. Hana olhou para Jiwoo, seus olhos se encontrando em um momento de entendimento. Não importava o que acontecesse, eles iriam lutar juntos.
De repente, um estrondo. Uma explosão repentina. O chão tremeu, e a confusão tomou conta do momento. As luzes se apagaram, e o som de vidros quebrando e motores a todo vapor invadiu a cena.
O que estava acontecendo? Quem estava atacando? Hana não sabia, mas uma coisa era clara: o jogo estava se intensificando, e a luta por suas vidas estava apenas começando. A linha entre amigos e inimigos estava cada vez mais tênue, e agora, eles precisavam se unir mais do que nunca.
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Atualizado até capítulo 31
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