Capítulo 4: O Toque que Não Pode Ser Ignorado

A noite foi uma tormenta de pensamentos para Hana. Ela não conseguia dormir, não conseguia parar de pensar no olhar de Jiwoo, no jeito como ele havia se afastado sem uma palavra a mais, como se soubesse exatamente o que faria para a deixar em êxtase, mas também em dúvida. Ele estava em sua mente, em seus sonhos, e ela não conseguia mais se convencer de que aquilo era apenas uma simples atração. Não, havia algo mais profundo. Algo que a arrastava para ele, para os segredos que ele guardava.

O toque que ele não deu, mas que esteve tão perto de dar, a consumia. O calor do corpo dele, a intensidade de cada palavra, de cada olhar, fazia seu corpo reagir de maneiras que ela não podia controlar. Mas o que mais a inquietava era o desejo inconfessável que começava a surgir dentro dela, algo que ela não estava pronta para admitir. Algo que a fazia querer mais. Muito mais.

No trabalho, tudo parecia correr no ritmo habitual, mas sua mente vagava por outro lugar. Toda vez que fechava os olhos, ela via a imagem de Jiwoo, a maneira como ele a olhou, a maneira como ele se afastou. Como se estivesse deixando algo em aberto, algo que ela deveria preencher. Ele sabia disso, ela tinha certeza. E ela não sabia o que fazer com isso.

O café de cada manhã tornou-se um reflexo dos encontros silenciosos entre os dois. Hana chegava antes, e sempre o via lá, esperando. Mas ele nunca fazia um movimento. Era como se esperasse que fosse ela a dar o próximo passo. Como se ele soubesse que ela não poderia resistir.

E naquela manhã, ela sabia que algo estava prestes a acontecer.

Ao entrar no café, seus olhos o encontraram imediatamente. Ele estava em seu lugar de sempre, com aquele olhar impenetrável. Ela sentiu um calor se espalhar por seu corpo. Mas dessa vez, ela não hesitou. Ela não iria fugir de novo. Ela caminhou até ele, com passos firmes, seu coração batendo rápido. Quando ele a viu se aproximando, algo nos olhos dele mudou. Havia uma centelha de reconhecimento, uma certeza de que aquele momento não poderia ser mais adiado.

“Eu estava esperando por você”, ele disse, e sua voz suave percorreu a pele de Hana, deixando-a ainda mais nervosa, mas ao mesmo tempo excitada. O som dele, o jeito como a olhava, parecia possuí-la, tocando sua alma de uma maneira tão intensa que ela mal sabia como reagir.

“Eu… eu também estava esperando por você”, respondeu Hana, sua voz quase falhando. Ela se sentou, sentindo a cadeira de madeira sob seu corpo, mas o peso de sua presença a fazia parecer que estava flutuando. Ele se inclinou para frente, mais uma vez, o ar entre eles denso com uma tensão palpável.

Jiwoo parecia tão calmo, tão seguro de si, enquanto ela mal conseguia controlar a ansiedade crescente dentro de si. Seus olhos nunca saíam dos dela, e ela sentia que ele estava esperando por algo, esperando que ela finalmente quebrasse o silêncio. O desejo, o calor, tudo aquilo estava ali, entre os dois, esperando para explodir. Mas o que ele queria?

“Você está com medo de mim, Hana”, ele disse, sua voz baixa, quase um sussurro. “Eu posso ver isso nos seus olhos.”

Ela abriu a boca para protestar, mas ele a interrompeu, colocando a mão suavemente sobre a mesa, bem na frente dela. O toque foi quase como uma exigência silenciosa para que ela se concentrasse nele, para que sentisse a proximidade, a eletricidade entre os dois. A sensação foi tão forte que Hana teve que fechar os olhos por um segundo, tentando se controlar.

“Não estou com medo de você”, ela mentiu, sentindo a tensão tomar conta de seu corpo, a respiração acelerando à medida que ele se aproximava ainda mais. A distância entre eles diminuía, e ela sentia a temperatura subir, o ar ficando denso com a necessidade não dita. Mas ela não podia ceder. Não ainda.

“Você pode negar, mas seu corpo não mente”, Jiwoo disse, sua voz carregada de uma sabedoria que a fazia querer se entregar sem resistência. Ele a observava com uma intensidade que a desarmava, como se soubesse exatamente o que ela estava sentindo. Como se já soubesse o que ela queria antes mesmo de ela perceber.

O olhar dele foi como um comando silencioso. E, sem que pudesse evitar, seus olhos caíram para seus lábios. A sensação foi como um fogo que se espalhou por seu corpo, algo que Hana nunca havia experimentado. O desejo era tão forte que a fazia querer se aproximar, querer tocar. Ela estava perdendo o controle, e sabia disso. Mas era como se não pudesse lutar contra aquilo.

E então, algo dentro dela quebrou.

Sem dizer uma palavra, ela se inclinou para frente, suas mãos quase tremendo ao encostar na superfície fria da mesa. O cheiro dele, o calor de seu corpo, tudo isso a envolvia. A vontade de tocá-lo, de sentir a intensidade que emanava dele, se tornou insuportável. Ela se aproximou ainda mais, seus lábios quase tocando os dele, mas não. Não ainda.

Jiwoo não se afastou. Ele estava ali, à espera, seus olhos fixos nos dela. Ele queria mais, ele sabia que ela queria mais. Mas ele não iria ser o primeiro a ceder. Ele queria que ela tomasse a decisão. Queria que ela desse o passo final.

“Diga-me o que você quer, Hana”, ele murmurou, sua voz suave, mas carregada de uma promessa que a deixou ainda mais ansiosa. “O que você realmente quer?”

As palavras estavam lá, presas na garganta dela. Ela queria tudo, mas tinha medo. Medo de ceder, medo de deixar ele entrar no seu coração, medo do que poderia acontecer se se entregasse a esse desejo incontrolável.

Ela olhou para ele, e algo em seu olhar, algo tão profundo e tão verdadeiro, fez com que ela tomasse a decisão. “Eu quero você”, ela disse, quase sem fôlego. E naquele momento, o mundo ao redor deles desapareceu.

Jiwoo não esperou mais. Ele se aproximou, a mão dele alcançando a dela, seus dedos tocando-a com um calor tão intenso que parecia incendiar sua pele. O toque, tão suave, tão exigente, a fez perder o controle. O desejo tomou conta dela, sem mais explicações, sem mais palavras.

A tensão finalmente se quebrou, e Hana sentiu um calor escaldante percorrer seu corpo, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido, deixando apenas aquele momento, aquele toque. O que quer que fosse que estivesse acontecendo entre eles, agora não importava mais. Eles estavam no limite, e nada poderia mais separá-los.

O calor entre eles cresceu, e tudo ao redor desapareceu. O próximo passo seria inevitável, e o coração de Hana batia forte, completamente entregue àquele desejo proibido, àquela atração irresistível.

Mas o que aconteceria a seguir? A resposta estava prestes a ser revelada, e o próximo movimento seria mais do que ela poderia imaginar.

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