Capítulo 12: Perfume e Desejo Velado

A mansão estava envolta em um silêncio quase opressor naquela noite. Alessandra, determinada a se livrar da monotonia, escolheu um vestido vinho que lhe caía perfeitamente. Um toque de perfume com notas de jasmim e cedro completava sua elegância. Caminhou pelo corredor em direção à biblioteca, buscando alívio para a mente.

Enquanto atravessava o corredor, Lorenzo surgiu, saindo de seu escritório. Ele vestia uma camisa branca com o colarinho aberto e as mangas dobradas. Seus olhos se cruzaram, e o ar entre eles pareceu pesar. Alessandra sentiu o coração disparar, algo que a irritou profundamente.

Lorenzo: (parando ao notá-la, com tom provocador) – "Vestida assim, está tentando impressionar alguém ou apenas fugir da realidade?"

Alessandra: (sorrindo de canto) – "Talvez seja apenas uma tentativa de lembrar quem sou. Ou isso o incomoda?"

O sorriso dela o desarmou por um instante. Lorenzo caminhou em sua direção, o som de seus passos ecoando. O perfume dela o envolveu, doce e amadeirado, trazendo à tona sensações que ele não queria admitir.

Alessandra:(pensa rapidamente) - "Ele não pode se aproximar... Não Alessandra não pensa nisso, ele é um monstro"

Lorenzo: (parando próximo a ela, olhando-a de cima a baixo) – "Você gosta de testar limites. Mas brincar com fogo pode ser perigoso."

Alessandra: (erguendo o queixo, firme) – "Se tem medo de se queimar, Lorenzo, talvez devesse ser você a recuar."

Ele apertou a mandíbula, os olhos fixos nos dela. Alessandra podia sentir a tensão, mas não recuou. Mesmo contra sua vontade, a proximidade dele a afetava.

Alessandra: (desviando o olhar e tentando se afastar) – "Se não tem mais nada a dizer, vou voltar à minha noite."

Antes que ela pudesse dar um passo, Lorenzo segurou seu braço. O toque quente a fez parar.

Lorenzo: (baixo, quase um sussurro) – "Você está presa aqui, Alessandra. Não importa o quanto tente fingir que é diferente."

Ela virou-se para encarar seus olhos sombrios, sua voz carregada de desdém.

Alessandra: (desafiadora) – "E por mais que tente, nunca vai me controlar completamente."

O silêncio entre eles era carregado de intenção. Lorenzo a soltou, mas não recuou.

Lorenzo: (com frieza) – "Continue com essa atitude, Alessandra. Mas lembre-se: não sou um homem que aceita afrontas."

Ela sentiu um arrepio onde ele a tocara e o encarou com o mesmo desdém que ele carregava.

Alessandra: (dando um passo para trás, desafiante) – "E eu não sou uma mulher que aceita ser subjugada. Boa noite, Lorenzo."

Ela se virou, o vestido movendo-se graciosamente, desaparecendo pelo corredor. Lorenzo permaneceu onde estava, o perfume dela impregnado no ar, invadindo sua mente. Ele esfregou o rosto com as mãos, irritado consigo mesmo.

Lorenzo: (murmurando) – "Ela não é nada. Apenas uma peça no jogo. Nada mais."

Mas o perfume persistia, junto com a memória dos olhos desafiadores dela. Na biblioteca, Alessandra tentava focar em um livro, mas a imagem de Lorenzo a perturbava.

Alessandra: (fechando o livro com força) – "Ele é um monstro. Eu não posso..."

Apesar das palavras, ela sabia que o destino os empurrava para algo incontrolável.

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