Capítulo 17: O Fogo que Queima

Ela deu um passo para trás, mas apenas o suficiente para provocar.

Alessandra: (com um sorriso provocante) – "Brincar? Eu só estava sendo educada com Giulio. Não sabia que isso te incomodava."

Lorenzo não respondeu. Em vez disso, ele segurou o pulso dela com firmeza, mas sem machucar, e a puxou para um canto mais discreto do salão.

Alessandra: (tentando se soltar, mas ainda desafiadora) – "Se queria dançar, bastava pedir."

Lorenzo: (a voz rouca, os olhos ardendo de ciúme e desejo) – "Você gosta de testar meus limites, não é?"

Antes que ela pudesse responder, Lorenzo inclinou-se e a beijou com intensidade. O mundo ao redor desapareceu, e por um momento, Alessandra ficou sem reação. Mas logo, sua mão deslizou até o peito dele, não para empurrá-lo, mas para puxá-lo mais perto.

Quando o beijo terminou, Lorenzo afastou-se apenas o suficiente para encará-la.

Lorenzo: (a voz baixa, quase um sussurro) – "Se quer brincar com fogo, Alessandra, esteja pronta para se queimar."

Ela sorriu, os olhos brilhando com desafio.

Alessandra: (calma, mas provocativa) – "Talvez você esteja subestimando o quanto eu gosto de calor."

Ele a soltou, respirando fundo para recuperar o controle. Sem dizer mais nada, Lorenzo virou-se e saiu, deixando Alessandra sozinha, mas com um sorriso satisfeito no rosto

As taças de champanhe tilintavam, e os risos ecoavam pelo vasto salão, mas Alessandra sentia-se fora de lugar, como se tudo ao redor fosse apenas uma fachada, uma mentira. Ela olhou ao redor, os olhos fixos nas máscaras que escondiam as verdadeiras intenções das pessoas. Ela, no entanto, não podia mais se esconder de sua própria verdade.

Alessandra: (murmurando para si mesma enquanto observava o ambiente) – Eu não sou uma peça nesse jogo. Não vou ser...

Ela andava pela sala com a sensação de que todos a observavam, mas, na verdade, os olhos de todos estavam fixos em Lorenzo, o anfitrião. Seu poder e magnetismo eram inegáveis, mas Alessandra não podia ignorar que ele estava ali por um motivo muito mais profundo do que qualquer outra coisa.

Foi então que Marta se aproximou, com sua postura firme, como sempre. Embora fosse a governanta da mansão, sua lealdade para com Alessandra era mais do que óbvia. Ela se aproximou dela com discrição, mas sua expressão mostrava que ela tinha notado a inquietação de Alessandra.

Marta: (em voz baixa, com preocupação) – "Senhorita Alessandra, eu percebo que a senhora está inquieta. Devo acompanhá-la até os jardins ou prefere ficar aqui, entre essas pessoas?"

Alessandra olhou para Marta, os olhos carregados de uma raiva contida.

Alessandra: (respirando fundo, mas com firmeza) – "Eu... Eu não posso mais ignorar, Marta. Este casamento, esse contrato... Ele não foi feito por amor, eu nunca imaginei que me casaria assim.. ."

Marta, por um instante, a observou em silêncio, como se soubesse que Alessandra estava em um ponto sem volta. Ela sabia que essa decisão poderia mudar tudo para Alessandra, mas ela também sabia que a jovem não iria desistir. Marta apenas assentiu, sua expressão tão firme quanto a de Alessandra.

Marta: (baixando a voz, mas com respeito) – "Então, que o jogo comece. Mas lembre-se, senhorita, de que a máfia nunca perdoa. E o que começa como uma chama pode rapidamente se tornar um incêndio. Você precisa estar preparada."

Alessandra olhou para Lorenzo novamente, que agora se aproximava dela com aquele sorriso enigmático. Ela se sentiu mais forte, mais decidida. O fogo estava aceso dentro dela, e ela não ia permitir que Lorenzo a controlasse. Ela seria a líder do seu próprio destino.

Alessandra: (olhando Marta nos olhos, com firmeza) – "Estou pronta, Marta. O jogo é meu agora."

E com essas palavras, Alessandra se afastou de Marta, em direção a Lorenzo, que estava prestes a vê-la de uma maneira completamente diferente. A noite ainda estava em seus estágios iniciais, mas Alessandra sabia que essa festa seria mais do que uma simples celebração. Ela estava prestes a fazer sua jogada. E, desta vez, seria ela quem controlaria as regras.

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