Capítulo 10: Extra...

Jhonatan levantou-se abruptamente e declarou:

— Vou avisar a Ari sobre a traição das duas escolhidas!

Levi, com um leve sorriso, respondeu:

— Tá tudo bem, cara. Minha cunhadinha não é fraca. Vamos nos preparar. Parece que estamos sem tempo.

Jhonatan hesitou, mas, ao ouvir a confiança na voz de Levi, suspirou e sentou-se novamente. Levi então se virou para o velho Carter e perguntou:

— E você, Carter? Que arma usa?

O velho respondeu com uma risada:

— Uso uma espingarda de dois canos, garoto.

Levi mexeu no anel em seu dedo, e, em um piscar de olhos, uma espingarda de dois canos apareceu em suas mãos. Ele a entregou a Carter com um sorriso.

— Essa aqui é de última geração.

Carter segurou a arma, testando seu peso, e seus olhos brilharam de entusiasmo.

— Gostei! Tem um peso bom. Mas... essas balas não parecem normais, né?

Levi confirmou com um aceno:

— Não são. Foram criadas especialmente para matar zumbis. Embora eu prefira usar lâminas meia-lua, não me importo de brincar com armas de vez em quando. Já faz um tempo, mas ainda lembro como usar.

Jhonatan, que observava tudo, estava impressionado com a tecnologia das armas. Levi percebeu e tirou mais uma arma do anel: uma poderosa doze. Ele a entregou a Jhonatan com uma expressão séria.

— Pega essa doze, cara.

Jhonatan segurou a arma, surpreso com seu peso e design. Levi continuou:

— Eu vou dormir no quarto com a Bruna e as amigas dela hoje, mas quero que você fique perto. Quando os zumbis disfarçados de humanos aparecerem, vou deixar elas com você. As crianças vão precisar de você.

Jhonatan, ainda analisando a arma, assentiu com firmeza.

— Deixa comigo, mano.

Carter, que observava as armas, comentou com hesitação:

— Essas armas... elas parecem...

Antes que pudesse terminar, Levi lançou um olhar direto a ele, fazendo-o engolir em seco e mudar de ideia.

— Esquece! Vamos nos preparar. Hoje, eu mato pesadelos!

Levi sorriu de canto e respondeu:

— Boa atitude.

Levi então anunciou:

— Vou sair por um momento. Já volto.

O grupo respondeu com sinais de positivo, enquanto cada um começava a se preparar para o que estava por vir.

Continua...

>>>

Levi caminhava pelas ruas, sentindo olhares fixos e não humanos o seguindo. Ele fingia não perceber, mantendo sua expressão neutra enquanto seus sentidos permaneciam alertas. Eventualmente, virou em direção a uma rua onde as mulheres trocavam seus serviços por comida. Seus olhos logo identificaram Mika, a mulher a quem havia dado uma bolsa cheia de mantimentos algumas horas atrás.

Ao vê-lo, Mika, que antes exibia olhos vazios, correu em sua direção com um sorriso genuíno e o abraçou.

— É bom ver você, senhor! — disse ela animada. — Eu troquei alguns enlatados por preservativos, como o senhor sugeriu.

Levi segurou sua cintura com firmeza, demonstrando gentileza e ao mesmo tempo autoridade.

— Me leve até sua casa — pediu calmamente.

Mika hesitou por um momento.

— Senhor... meu quarto é pequeno e alugado. Tem crianças...

Levi interrompeu, sorrindo.

— Não vou fazer nada.

Ela relaxou, dando um suspiro aliviado.

— Me chamo Mika — disse, segurando o braço de Levi e guiando-o pelas ruelas até um prédio desgastado.

Enquanto subiam as escadas, o proprietário das casas apareceu, bloqueando o caminho.

— Mika, é proibido trazer homem pro quarto. Já pagou os aluguéis atrasados? — Ele deu um sorriso malicioso antes de continuar. — Ou vai querer pagar de outra forma?

Levi olhou para o homem com desprezo.

— Que nojento. Hoje você está fora da lista que eu vou salvar.

O proprietário riu, desdenhoso.

— Que ameaça vazia! Eu sou alguém próspero nessa cidade.

Levi ignorou o homem, voltando sua atenção a Mika.

— Tá tudo bem, Mika. Me leve até o quarto.

Mika assentiu nervosamente e abriu a porta de um quarto minúsculo e mal iluminado. No chão, duas gêmeas brincavam com pedaços de madeira improvisados como brinquedos. Assim que viram Mika, correram em sua direção, abraçando-a.

— Mamãe! — gritaram as duas em uníssono.

Quando perceberam Levi, com seus olhos estranhos por trás da máscara, recuaram, assustadas.

— Tá tudo bem, meninas — Mika explicou. — Foi ele que deu a comida hoje.

As crianças hesitaram, mas a mais velha tomou coragem e disse:

— Obrigado, senhor.

Levi sorriu por trás da máscara.

— Que lindas vocês são.

Mika olhou para as filhas e comentou:

— Usei a comida para comprar umas roupas para elas.

Levi, com naturalidade, pegou as duas no colo, uma em cada braço.

— Mika, vou ser o tio delas agora.

Mika arregalou os olhos, surpresa.

— Sério? Não tenho como pagar por isso...

Levi lançou um olhar sério para ela.

— A gente conversa depois.

Percebendo que havia chateado Levi, Mika rapidamente mudou de assunto.

— Senhor, tenho água para beber.

— Quantos anos você tem, Mika? — perguntou ele, ignorando a oferta.

Mika, vendo as filhas relaxadas no colo de Levi enquanto ele fazia cafuné nelas, respondeu:

— Tenho 24. As meninas têm 7 anos. Tive elas com 17. O pai... ele sumiu em uma exploração de suprimentos. Desde então... a vida tem sido difícil.

Ao perceber que estava falando demais, Mika parou e olhou para Levi, nervosa.

— Desculpa, falei demais.

— Tá tudo bem — respondeu Levi, sem emoção. Ele então olhou para as meninas. — Como vocês se chamam?

A mais velha respondeu timidamente:

— Sou a Mirela.

A mais nova disse:

— Sou a Melzinha.

Levi sorriu novamente.

— Querem mudar de casa? O tio vai dar coisas gostosas pra comer e uma cama confortável.

As meninas olharam para Mika, buscando aprovação.

— A mamãe pode ir com a gente? — perguntou Melzinha.

— Pode sim — respondeu Levi.

Mirela abraçou o pescoço de Levi.

— Tio, você é assustador, mas eu amo você!

Melzinha completou:

— Eu também te amo, tio!

Levi apertou ambas em um abraço.

— Eu também amo vocês, gatinhas.

Ele então se levantou com as duas no colo e olhou para Mika.

— Vamos para a pousada no centro da cidade.

Mika hesitou novamente.

— Mas, senhor...

— Mika, você quer continuar aqui? — perguntou Levi, interrompendo-a.

Mika balançou a cabeça e sorriu, emocionada.

— Obrigada, senhor. Vou aonde achar melhor.

Ela rapidamente começou a arrumar suas coisas. Enquanto saíam, o proprietário apareceu novamente, furioso.

— Café é o pagamento? Vai sair sem pagar?!

Mika pegou a bolsa com os poucos enlatados que tinha e jogou na direção dele.

— Não preciso disso.

O homem rangia os dentes, olhando diretamente para Levi.

— Mascarado... você vai me pagar!

Levi lançou um último olhar frio antes de sair com Mika e as meninas, ignorando completamente o homem.

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