capítulo 19 Nico

— Tem certeza?

Pergunto mais uma vez para ela, não quero que faça nada forçado.

— Sim!

Ela diz confiante.

— Então descansa, e pensa no quer está disposta a fazer! Amanhã sentamos e colocamos no papel.

— Precisa de tudo isso?

— Óbvio! É um contrato, pense que é tipo um trabalho...

Ela morde os lábios inferiores e então concorda.

— Ok, boa noite Nico!

— Boa noite Atena!

Dou partida no carro e sigo para a minha casa, penso em toda essa proposta é de fato é uma loucura.

Eu devo estar muito desesperado mesmo para propor isso a ela, e a minha mãe deve estar muito doida da cabeça para querer me forçar a esse tipo de coisa, onde já se viu querer apresentar a filha de uma amiga para iniciar um relacionamento, que tipo de futuro eu poderia proporcionar a essa mulher já que não estou disposto a me prender a ninguém.

Não é só sexo, mais tudo que engloba um relacionamento responsabilidade afetiva é essencial enfim minha mente tá meio bugada.

Minha noite não fui muito tranquila revirei na cama até conseguir pegar no sono.

Acordei cedo e vi que estava chovendo, impossibilitando nossa corrida então fui até a pequena academia que tenho em casa e fiz a minha atividade física, tomo um banho e depois preparo o meu café da manhã.

Saio de casa para o restaurante e quando chego boa parte dos funcionários já estão, passo pelo salão todo limpo e arrumado e depois sigo para a cozinha ver se está tudo em ordem, como todos os dias verifico todos os ingredientes que serão usados tais como as validades se estão tudo dentro.

Vou em direção ao escritório e encontro Paola no corredor.

— Bom dia Nico, tudo bem?

Ela pergunta abrindo um sorriso exagerado.

— Sim, e por aqui?

— Tudo dentro da normalidade.

Abro a porta da minha sala e antes de fecha-la faço um pedido a Paola.

— Ah! antes que eu me esqueça, quando a Atena chegar peça a ela para vir até a minha sala.

— É algo que eu preciso saber?

Ela me pergunta já que é a responsável pelos funcionários também.

— Não, é um assunto particular.

Paola me encara séria e não diz mais nada e sai. Fecho a porta e começo o meu trabalho passa um tempo e ouço batidas na porta e ela se abre revelando Atena.

— Quer me ver?

Ela pergunta sorrindo.

— Sempre!

Respondo a chamando para entrar com a mão, ela fecha a porta e se senta a minha frente.

— Só um minuto, estou terminando de responder um e-mail.

— Ok!

Ela responde e então finalizo podendo dar toda a atenção que o assunto merece.

— Agora sim, como passou a noite?

— Bem!

— Mentirosa rs!

Ela faz uma careta e eu cruzo os dedos apoiando na mesa.

— Pensou sobre o que vai querer colocar no nosso contrato?

— Acho exagerado, mais sim!

Abro o computador e então começo a digitar, coloco nossos nomes, termos importantes e um prazo de três meses para que ela se passe por minha namorada, dou risada porque a situação e realmente cômica.

— Tá rindo do que?

Ela pergunta curiosa.

— Da situação!

— Que fique bem claro que é você que está nos colocando nessa.

— Isso é o mais doido de toda essa situação, enfim o que eu não faço para seguir minha vida tranquilamente do jeito que eu gosto!

Vamos lá então, o que você aceita e o que não aceita dentro do nosso contrato?

— Não quero ser taxada de chifruda caso a nossa relação seja descoberta em algum momento. Ou seja, terá que ser discretissimo nesse período sobre as suas noitadas e pegação.

— Ok, acho junto!

Escrevo o que ela disse na cláusula primeira.

— Vão ter que atuar muito bem como minha namorada em frente a minha mãe principalmente nas festas de final de ano.

— Ok!

— Contatos físicos, apenas abraços e mãos dadas.

— Acha mesmo que a minha mãe ou qualquer pessoa vai acreditar se agente pelo menos não der um selinho?

— Não força Nico!

— Minha Deusa da guerra, eles me conhecem muito bem e sabem que eu não iria ficar só de mãozinha dada, e sentadinho do lado da minha namorada!

— Ok, apenas selinho exploradicamente caso seja muito necessário!

Mais Nico se eu perceber que você está aproveitando da situação eu te mato!

— Ok! Terá que dividir o quarto comigo na casa da minha mãe!

— Vai dormir no chão!

— Que seja!

— Ninguém deve saber da existência desse contrato.

— Nem os nossos irmãos?

Pergunto e ela coça a cabeça pensando.

— Prefiro que eles saibam.

— Ok!

— Outra coisa, tem duração de três meses mais se em algum momento eu ou você ficar desconfortável poderemos recendir o contrato.

— Certo, mais alguma coisa?

— Não que eu me lembre!

— Ok, agora vamos falar da sua bonificação por isso!

— Não preciso de nada, estou fazendo porque gosto de você e é um bom amigo.

— Eu sei que ser minha namorada mesmo que de mentirinha é muito prazeroso, mais eu quero te beneficiar ao final de tudo isso, vou abrir a sua floricultura do jeito que você quiser!

— Ta distribuindo dinheiro assim é?

— Não, mais você merece depois de passar por essa prova de fogo! kkkkk

— Você se acha não é mesmo! Mais ouça bem Nico Moreau eu espero que seja desapegado assim do jeito que você se gaba por aí e não termine loucamente apaixonado por mim no final desses três meses!

— É um desafio minha deusa do olimpo?

— Não, é um aviso! Pode colocar aí no seu contrato, é proibido se apaixonar.

Faço como ela diz coloco essa cláusula ridícula no contrato e depois mando imprimir e assino entregando para que ela faça o mesmo.

Coloco dentro de um envelope e guardo em uma gaveta e tranco.

— Bora trabalhar meu amor?

Ela explode em uma gargalhada gostosa e nos levantamos.

— Esse tipo de coisa parece que não combina com o seu vocabulário.

— Essa doeu.

Coloco a mão no coração e então nos separamos cada um para o seu lado.

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