Capítulo 6 (Bônus Sabine)

Acompanho Atena até a pista, pensando no que ela me falou na escada.

A realidade é que desde que tudo aconteceu não estou sabendo lidar com a situação e o fato de não lembrar de nada me incômoda tremendamente.

Ao mesmo tempo me coloco no devido lugar afinal devo muito a Nero por ter me dado a oportunidade de ser sua secretária, entrei na Joalharia Moreau como estagiária de administração e lá dentro tive a oportunidade de passar por vários setores até virar secretaria administrativo do grande CEO.

Lá foi meu primeiro e único trabalho, hoje aos vinte e oito anos posso dizer que estou onde aumejei, tive uma oportunidade e a agarrei com unhas e dentes.

Atualmente moro sozinha, meus pais resolveram voltar para a Coreia a pouco mais de seis meses. Minha avó está precisando da minha mãe é como meu pai aposentou, resolveu acompanha-la, no início insistiram para que eu fosse mais isso seria impossível, apesar de ter mãe coreana meu pai é francês e eu nasci e fui criada aqui em Paris, íamos muito para Busan cidade Natal da minha mãe nas férias ela me ensinou muito sobre sua cultura e a língua porém não estava pronta para mudar toda a minha vida para lá e resolvi ficar.

Bom foi o melhor que fiz, apesar de ter ficado sozinha ganhei novos amigos, bem improváveis diga se de passagem mais fiéis, eu jamais imaginaria virar amiga do dono da empresa muito menos da sua mulher, mais sim isso aconteceu e junto conheci Atena, Nico e me aproximei de Tom.

E esse último é a causa da minha insônia e dor de cabeça constante, fecho os olhos enquanto a batida frenética da música me invade e me teletransporto para aquele bendito dia.

Kira e Nero iam se casar e para minha supresa fui convidada a ser uma das madrinhas, passamos dias incríveis até o casamento ajudando ela a decidir as decorações, músicas e vestido apesar da diferença gritando de posição social entre eu e eles nunca me senti desfavorecida quando estávamos juntos.

A cerimônia foi linda e cheia de emoção e a festa foi de arromba, mesmo depois que os noivos foram embora eu continuei a beber com Atena,Tom e Nico perdi o controle e quando acordei minha cabeça doía e eu estava completamente fora da realidade.

Não devia ter bebido tanto, pensei por Deus que eu não tenha feito nada embaraçoso!

Não conseguia me lembrar e com muito esforço abri os meus olhos, eles estavam pesados de tão cansada e também os silios postiços haviam grudado. Abro- os lentamente e quando viro para o lado me despreguicando encontro um tanquinho perfeitamente esculpido um calafrio percorre pela minha espinha sinalizando que eu havia feito merda, e uma das grandes!

Mesmo contra a vontade vou subindo o olhar e por fim encaro um par de olhos negros me fitando profundamente como se fosse a primeira vez que me visse.

Saio dos meus devaneios com um susto ao me dar conta que estávamos nus e na mimha cama.

— Como assim?

Dou um pulo da cama me colocando em pé puxando o lençol para esconder o meu corpo mais me arrependo pois ele ficou totalmente exposto, me dando uma visão maravilhosa não posso negar, aí Jesus o que eu estou pensando? Sinto meu rosto queimar e tenho certeza que estou vermelha feito um pimentão de tão vermelha.

Sem dizer nenhuma palavra vou até o banheiro o deixando nu para trás e fecho a porta.

Olho no espelho respirando fundo, e vejo marcas pelo meu corpo, fecho os olhos tentando me recordar da noite anterior e não consigo, tudo que me lembro foi de estar bebendo muitos shots não sei como cheguei em casa e muito menos como Tom foi parar na minha cama, tem chupoes pelos meus seios, e marcas dos seus dedos na minha cintura. Céus porque não consigo me lembrar dessa noite regada a sěxő selvagem. Coloco o roupão que estava ali pendurado, escovo os dentes e penteio meus cabelos negros desgrenhados antes de vestir a minha "máscara de péroba no rosto" e sair de lá como se o que houve não foi nada de mais e tornar esse momento o menos humilhante possível.

Volto para o quarto e eles está vestindo a sua calça.

— O que aconteceu aqui?

Pergunto sem graça e ele me lança um sorriso que me quebra inteira.

— quer mesmo que eu te diga?

— Melhor não!

Rebato antes que ele narre nossa noite de sěxő. Será que isso pode ser ainda mais constrangedor?!

Ele pega sua camisa e a coloca abotoando escondendo aquele abdômen maravilhoso do qual não me recordo de ter tocado ou beijado.

Tomás era um colega de trabalho e amigo íntimo de Nero e Nico, estava o tempo todo indo ao escritório dele e passando por mim, e muitas vezes precisávamos conciliar as agendas para os eventos isso não podia estar acontecendo. Como vai ser daqui para frente.

Ele termina e então coloca os sapatos e se movimenta procurando o paletó e antes de mais nada digo de uma vez.

— Tom

Ele para e então fica de frente comigo.

— Vamos fingir que isso não aconteceu? Vamos continuar como sempre foi, colegas de trabalho que possuem amigos em comuns.

— Claro, não se preocupe.

Ele diz e percebo um tom um pouco decepcionado em sua voz, mais como um bom cavalheiro que se prese ele não diz nada, volto para o banheiro deixando ele a sós me sentindo uma idiota, mais é o melhor a se fazer tomo um banho e decido nunca tocar nesse assunto e enterrá-lo a sete palmos em baixo da terra.

Somos adultos e podemos lidar muito bem com isso, porém há muito em jogo para ambos e conheço Tom e a sua fama, não irei ser mais uma na sua cama e depois que ele se cansasse de brincar comigo, ficaria um clima chato e eu me afastaria das minhas amigas que saem sempre com ele, e definitivamente nãos queria perder tudo isso por alguns momentos de prazer.

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