Capítulo 16 Nico

Atena estava na sala esperando que eu tomasse um banho para poder leva-la para casa, toda essa situação me deixou pensativo e, ao mesmo tempo triste por ve-la daquela forma eu queria ajuda-la mais ainda não sabia como, eu queria saber de toda a história mais não tinha cara para abordar o assunto sem ser indelicado e sem causar mais dor a ela.

Era um misto de emoções dentro de mim estranhas que eu estava tendo dificuldade de lidar, queria ela por perto, mais não sabia distinguir de qual forma. Sentia desejo por ela, óbvio!

Atena era uma sereia em corpo de mulher, linda, prestativa, alto astral, atenciosa sem contar ser dona de uma sensualidade que exala e me deixa louco para possui-la em qualquer lugar, em contra partida era um cristal raro prestes a se estilhaçar em milhões de pedacinhos impossíveis de colar, ansiava em ve-la de quatro na cama com aquela bunda empinada mais também queria coloca-la dentro de um potinho e protege-la de toda decepção e tristeza.

Era confuso eu sei, ela não merecia se envolver com alguém como eu. Não haveria garantias de que eu não a faria chorar dessa forma e isso era inaceitável o seu sorriso era lindo de mais para ser substituído por lágrimas e a sua amizade era diferente, eu nunca havia tido uma amiga mulher a não ser Kira que não conta por ser minha irmã.

Eu me sinto a vontade ao seu lado e não me importo por ela ser toda atrapalhada, ou que me veja criando novos pratos e me importo com sua opinião.

Saio do banho decidido a ter Atena por perto e ajuda-la a passar por esse luto, se eu venci a depressão e dei a volta por cima ela também é capaz e porque não ser o ombro amigo a mante-la dentro do eixo?!

Coloco uma camiseta e uma bermuda e por último o tênis, arrumo meu cabelo e desço para encontra-la, para minha surpresa Atena estava dormindo encolhida no sofá, vou ao meu quarto e pego um cobertor colocando em cima dela e sigo para a cozinha, aviso a Paola que não irei hoje a noite para que avise meu sub chefe para tomar a frente, ela me pergunta se estou bem porém não dou muita abertura e desligo o celular.

Faço um café forte e sento na área externa observando a natureza, adoro a tranquilidade desse lugar, abro uma planilha no celular e confiro algumas entradas e saídas das finanças do restaurante conferindo tudo certinho, apesar de ter um escritório responsável por toda a administração gosto de conferir tudo para não ter erros, fico imerso no trabalho quando escuto meu nome, no início ignorei já que nunca tem ninguém em casa, nunca trago mulheres aqui e a diarista vem pela manhã até que escuto novamente agora mais próximo.

— Nico?

A voz suave de Atena enche meus ouvidos me tirando um sorriso.

— Estou aqui fora!

Falo mais alto para que ela me ouça, e venha ao meu encontro, ela se aproxima admirando tudo em sua volta.

— Sempre me surpreendendo.

Ela diz.

— Acordou bela adormecida!

Brinco afim de tirar um sorriso de seus lábios.

— Você deveria sorrir sempre, fica linda!

Ela fica envergonhada.

— Pode parar!

Diz sentando na espreguiçadeira ao meu lado.

— Você nunca deixa de me surpreender, sua casa e perfeita.

— As vezes tenho medo da versão que pintou de mim já que é a segunda ou terceira vez que me diz isso!

— Playboy mimado, pegador e cheio de si!

Ela manda na lata e solto uma gargalhada.

— Imaginei, e que bom que te surpreendo positivamente! Quer café?

— Por favor!

Ela diz e me levanto para pegar na cozinha, volto com uma xícara e uma fatia de pão.

— Estou aqui pensando, sério que você só me via desse jeito?

Ela levanta uma das sobrancelhas e depois pisca para mim.

— Não, comecei a mudar de opinião depois da minha cirurgia, você ficou ao meu lado e depois da alta veio todos os dias me alimentar kkkkk

— É, eu tenho essa mania de achar que comida soluciona os problemas ou pelo menos ajuda a melhorar.

— Admiro isso, você sempre tenta buscar o melhor em tudo! Ah voce não está atrasado?

— Está me mandando embora?

— O que?! Não! kkkkk mais...

— Estou brincado! Não vou agora a noite.

Ela se levanta e então faço o mesmo ficando frente a frente com ela, Atena não era uma mulher alta batia no meu peito e o seu corpo era magro, porém curvilíneo. Ela levanta o rosto para me encarar e coloca a mão na testa tampando o sol que estava começando a se pôr.

— Preciso de um banho!

Ela diz e eu penso em todas as possibilidades de mante-la aqui em casa.

— Vou chamar um táxi.

— De jeito nenhum, eu te trouxe e eu mesmo te levo para casa.

— Não precisa, aproveite sua noite de folga!

— Eu vou para a casa do Nero e da Kira quer ir?

— Hoje não, preciso mesmo tomar um banho e tirar essa roupa foi um dia difícil!

— Tudo bem, vamos?

Seguimos até o carro e eu dirijo até a sua casa, assim que estaciono ela mais uma vez me agradece por ter ficado ao seu lado e dado um ombro amigo.

— Se não conseguir dormir, pode me ligar você tem o meu número!

— Você já fez de mais por mim, fica tranquilo.

— Estou falando sério, ah! amanhã te espero as seis em frente ao condomínio para corrermos.

— Nico não precisa disso...

— Pode parar, já está decido! Até amanhã.

Falo terminando o assunto para que ela perceba que não existe discussão sobre isso, ela beija o meu rosto me pegando de surpresa e desce do carro entrando no seu prédio.

Fico ali parado por alguns instantes assimilando o que acabou de acontecer, coloco a mão no rosto onde ela beijou e acabo sorrindo.

Chego na casa dos meus irmãos os pegando de supresa.

— Que saudade!

Kira me recebe com um abraço apertado.

— Olha quem apareceu!

Nero vem na minha direção e também me dá um abraço.

Nos sentamos e então nos atualizamos sobre a vida um dos outros quando tive a oportunidade toquei no assunto que me trouxe até aqui.

— Kira, você já viu alguma foto do marido da Atena?

Pego meus irmãos de surpresa e aguçou a curiosidade de ambos.

— Não, ela tirou tudo da casa e nunca me mostrou e também não quis ser indelicada pedindo que me mostrasse. Porque?

Conto a eles tudo que aconteceu hoje e a primeira pergunta do meu irmão foi.

— Levou ela para sua casa?

— Sim, acabei falar isso.

— Uau

Ele fala se levantando e colocando uma dose de whisky para nós dois.

— Eu queria muito que ela fizesse um tratamento mais ela disse que não quando sugeri.

Kira conta.

— Irei ajuda-la!

Os dois me encaram e apenas concordam com a cabeça. Fiquei um pouco mais lá conversando com eles até que segui para casa, até pensei em curtir um pouco mais preferi descansar.

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