Saio do vestiário trombando em Nico que vinha pelo corredor já vestido para ir embora.
— Temos o péssimo hábito de trombar por aí, qualquer dia vai se machucar!
Ele fala, e eu concordo massageando meu braço que bateu em alguma parte dura desse homem.
— Caramba Nico, seu osso é feito de barras de ferro?
Pergunto porque de fato doeu é provavelmente ganhei um belo de um roxo.
— Quem mandou ser desastrada andando por aí sem prestar atenção.
Ele rebate ironicamente e então nos dois caímos na gargalhada.
Para minha vergonha se tornar ainda maior minha barriga faz um barulho terrível, Droga!
— Me diz que isso não foi seu estômago roncando?
Coloco a mão sobre ele me recordando que não comi o lanche que comprei vindo para cá, isso significa que estou apenas com torradas e café na barriga desde que acordei.
— Pois é, não almocei e não comi nada até agora.
— Tá fazendo jejum intermitente?!
Ele me provoca e então dou um soquinho em seu braço e me arrependo assim que faço, só posso estar maluca que grau de intimidade é essa ?!
— Foi mal!
Falo acariciando onde bati deixando ainda pior minha situação. Queria ser um avestruz e colocar minha cabeça em baixo da terra.
— Vou indo nessa!
Falo e ele segura a minha mão me fazendo virar de frente para ele novamente.
— De jeito nenhum vou deixar você ir embora de dentro do meu restaurante com um buraco negro dentro do estômago. Vem comigo!
Ele me conduz sem soltar a minha mão até a cozinha, o seu toque é quente.
Ele puxa uma cadeira alta e pede para que eu sente de frente ao balcão, pega um avental e coloca, se vira pegando uma frigideira grande pendurada e uma panela funda, enche ela de água e coloca para ferver, enquanto na frigideira coloca um fio de óleo alho e algumas especiarias, o cheiro e divino!
Pega na geladeira um vidro de molho de tomate natural e despeja ali deixando que esquente enquanto na outra panela coloca talharim, Nico conduz com mestria e facilidade a cozinha e devo admitir que é extremamente sexy ve-lo tão concentrado preparando um macarrão para mim.
Fico em silêncio admirando, ele coloca dois pratos na bancada e então coloca o macarrão e por cima uma concha de molho, dois tomates cerejas e folhas de hortelã.
— Espero que goste de macarrão ao molho sugo!
— Uau, você fez em questão de minutos algo que eu levaria a manhã toda! E sim eu amo massa.
— Queijo?
— Por favor!
Ele pega um ralador e coloca uma pecinha de provolone dentro e rala em cima do meu prato fresquinho.
Me entrega os talheres e então enrolo o macarrão no garfo e levo a boca.
Uma explosão de sabores no meu paladar indescritível, nada de acidez e um gosto maravilhoso.
— Estou sem palavras!
— gostou?
— Tá brincando, isso aqui é o melhor macarrão que já provei em toda a minha vida!
Ele sorri e então dá uma garfada do seu prato e fecha os olhos enquanto mastiga como se estivesse saboreando e desvendando cada sabor que ele mesmo preparou.
— É para um prato rápido ficou bom!
— Tá de sacanagem rs! Isso está perfeito.
— Fico feliz que tenha gostado.
— Eu amei! Me diz como foi para a área de gastronomia?
— Eu fiz uma viagem com o meu pai e com o meu irmão antes dele falecer, fomos a Itália em um passeio gastronômico, vinhedos e foi um divisor de águas na minha vida, eu cresci ouvindo falar em diamantes, pedras preciosas em geral, ouro enfim tudo ligado a joias mais eu não via muita graça naquilo.
— Mais foi isso que fez a sua família prosperar não é?
— Sim, começou com o meu avô e passou pelas gerações, meu pai e teoricamente Nero e eu mais eu prefiro deixar isso apenas para ele já que ele nasceu com o dom do desenho e da criação, meu irmão sempre amou ir para a empresa e se interessava pelo assuntos já eu ia apenas para passar o tempo com o meu pai.
— Você tem parte na empresa?
— Sim, Tenho a porcentagem que meu pai me deixou após o acidente. Foi dividido entre mim, Nero e minha mãe como a lei manda. E ela possui a outra metade fazendo dela a majoritária. Nero administra perfeitamente bem e cria coleções exclusivas, temos outros três criadores.
Ele se levanta indo até a adega e volta com um vinho em mãos, enche duas taças e me entrega uma e então volta a se sentar, levanta e brindamos sei lá o que.
— Como começou o restaurante?
— Então, eu comecei a assistir programas de gastronomia sabe, esses realitys logo quando voltamos da Itália, duas semanas depois recebemos a notícia do acidente e do óbito do meu pai, eu era só um menino e acabei enfrentando uma depressão pois não entendia e não aceitava o que havia acontecido. Perdi o gosto pela culinária e sofri um retrocesso em algumas áreas da minha vida.Fiz anos de terapia mais o que realmente me faz querer mudar foi quando Kira chegou na nossa casa.
— Ela te ajudou a passar pelo luto?
— Sim, mesmo sem saber. Quando minha mãe contou que ela não tinha pai e havia perdido a mãe eu fiquei pensando como seria a minha vida se não tivesse os dois o quão solitário eu seria, então eu fiz disso uam missão queria ser para a Kira aquela criança assustada de grande olhos verdes o melhor irmão que ela poderia ter, não queria que ela se sentisse sozinha e assim nos dois criamos um laço muito forte e isso me ajudou a sair da depressão, ter o objetivo de não deixa-la se sentir só me ajudou a ter vontade de viver. E aí com quinze anos quando começou a se falar sobre faculdades eu voltei a pesquisar sobre a gastronomia, com dezesseis anos quase coloquei fogo na cozinha de casa e se Estela não estivesse lá e pegasse o extintor de incêndio seria uma catástrofe rs!
— Sua mãe aceitou bem a sua decisão?
— Sim, ela não se opôs ainda mais depois de ter recebido alta do psiquiatra hahaha.
Quando dei por mim, já havíamos tomado duas garrafas de vinho e a conversa fluía sutilmente, Nico me contou muitas peripécias na cozinha e muitos testes que deram errados e quase acabou em tragédia.
Eu não conhecia esse lado dele e sem dúvidas conhecer mais da sua história tirou um pouco a visão de playboy mimado pegador que eu havia dele.
Ele colocou a mão em cima da minha no balcão e então paramos de rir e ficamos frente a frente, nossos olhos se encontraram e como um imã nossos corpos começaram se mover fazendo a distância diminuir ao ponto de sentir sua respiração na minha.
Estávamos quase nos beijando quando o celular dele começa a tocar alto nos tirando do transe.
Nos afastamos e então digo.
— Pode atender.
Ele pega e então atende, posso ouvir uma voz feminina do outro lado e então volto na realidade percebendo a loucura que estávamos prestes a fazer.
Nico desliga e então me levanto indo em direção a minha bolsa para ir embora
— Não precisa ir.
Ele diz.
— Já é tarde Nico e estou muito cansada, obrigado pelo jantar estava maravilhoso e eu adorei saber um pouco maos sobre sua história.
— Atena.
Ele me chama e definitivamente não quero falar sobre o que quase aconteceu.
— Olha, vamos deixar para lá tá?! Somos amigos, temos uma irmã em comum e principalmente sou sua funcionária.
— Atena
Ele me chama de novo.
— Meu coração está fechado Nico, ele se foi junto com o meu marido vamos deixar como esta, pode ser?
— Precisa de uma carona para casa?
Ele pergunta enfim, Cristo será que eu não paro de fazer papelão na frente desse homem?.
— Não, estou de carro! Até amanhã.
Saio sem olhar para trás.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Gloria Katia Baffa
Adorara Atena com Nico!
2025-02-18
0
Sônia
Estou amando
2025-01-31
1
graziela andrade
adoro
2025-01-17
0