amigos

 Quando Lavínia me enfrentou eu queria arrastar ela para casa, mas sentia que Julian estava como um gavião, de olho em cada movimento meu, então deixei ela ali com ele e sai do escritório, descendo o camarote encontro Nicole e a puxo para mim, mesmo sem tesão algum preciso extravasar, tanto a raiva quanto a vontade olhar por baixo daquele vestido sexy e minusculo que ela usava, Julian passou com Luca e as meninas, beijei Nicole na mesma hora e sei que ela viu, quando elas saíram da boate larguei Nicole:

Uau gatinho, o que foi isso? — perguntou limpando a boca e eu me afastei.

Só um beijo, agora me deixe ir — falei já saindo, mas ela puxou o meu braço.

Espera vai, vamos para o meu apartamento, coloquei uma calcinha do jeito que você gosta, bem ousada né — falou me dando a mão e logo soltei, essa proximidade me incomodava um pouco, eu até gostava da companhia e do sexo, mas não quero dar a entender que tenho um relacionamento.

Hoje não, hoje eu só quero ir para casa, falaremos outro dia — falei e sai deixando ela ali parada, eu sabia que ela não terminaria a noite sozinha.

Enrico? Vai para onde? — Perguntou Giovanni se aproximando.

Precisamos logo voltar na boate, deu uma confusão lá e precisa resolver antes que seu pai ou o meu sejam avisados — ele disse.

Vamos lá então resolver essa porra — ficamos responsáveis pela boate, nossos pais deixaram isso com os filhos assim que fizemos 18 anos, mas quando a merda era maior e pelo fato de ser o Don, meu pai era sempre avisado.

Seguimos para a boate e vi que os carro do meu pai e do tio já estavam lá, não sei o que houve, mas a merda foi feia aqui, entramos logo e nesse horário a boate estava mais vazia, seguimos em direção ao escritório e tinham dois homens amarrados, muitas vezes na semana homens eram pegos colocando bebidas nos copos de clientes e até algumas das meninas com a intenção de não pagar a noite.

Enrico, Giovanni — meu pai nos cumprimentou e meu tio só acenou, acredito que deve ter dado um desencontro com a filha senão ele não teria vindo.

Esses dois foram pegos colocando droga nas bebidas, duas meninas vomitaram e relataram alucinações, uma delas era da casa — o gerente avisou e pelo que vi meu pai tinha acabado de chegar.

Odeio esses estupradores, levem eles para os galpões — falou meu pai e os soldados levaram eles.

Posso saber onde estava? — Perguntou meu tio ao Giovanni.

Fomos buscar as meninas na boate do Julian, chegamos a tempo de evitar uma merda — ele falou e meu pai logo levantou.

Como assim, o que aconteceu? — dessa vez foi meu pai quem falou.

Quando chegamos na boate ela estava um pouco alterada, os soldados estavam perto e mesmo assim um dos convidados dela, Taylor o nome, ainda descobrirei o que ele é, ou quem ele é, ele colocou drogas na bebida dela, pelo que vimos na câmera ele ia beijar a Lavínia quando ela vomitou, percebendo que ela estava tonta e que o fato de ter vomitado havia atraído as atenções para eles, ele a deixou ali e correu para a rua, não foi pego ainda, mas os homens já estão atrás dele — falei.

Serena e Lavínia estão bem, Julian quis levar elas em segurança e nós voltamos para cá — finalizou Giovanni.

Resolvam isso com esses dois e achem esse cara, ninguém mexe com Serena e Lavínia e sai impuni, Fernando vamos para casa ver as duas — meu pai falou e saímos.

Lavínia ...

Estava envergonhada de ter sido drogada, Serena estava tranquila, a peste enfrenta o irmão todos os dias, tem sorte de não estar na mesma escola que ele, Tio Julian vendo a minha cara disse:

Princesa não tem motivos para isso, ele fez errado e não você, seu primo só está chateado ao ver que foi passado para trás — ele falou rindo — eles são superprotetores assim mesmo, Luca vai ser com a Livia também — nessa hora Luca riu, ele era um ótimo amigo, e eu já tinha percebido que era doido pela Serena, provavelmente nunca disse nada pela idade dela.

Quando chegamos em casa passamos pelo carro do meu pai e do tio, na saída Tio Julian foi falar com minha mãe e a mãe da Serena, minha prima entrou correndo para disfarçar o cheiro de álcool na boca e Luca ficou na porta ao meu lado.

Não liga para o piti do Enrico, meu pai ta certo, ele ficou puto que foi passado para trás — ele disse beijando minha mão — Posso te abraçar? Sabe que somos igual primos né, conta comigo tá bom? — ele me abraçou na frente da minha casa, se despediu e voltou para o carro esperando pelo pai, entrei na minha casa e fui tomar um banho, era a noite que seria a comemoração e virou a noite que chorarei até amanhecer.

Tomei um banho quente e nem sequei o cabelo, sentei na cama e minha mãe logo bateu:

"TOC, TOC, TOC"

Entra mãe — falei sabendo estarmos sozinhas.

Como está meu amor, de cabelo molhado filha, vem cá vem — ela pegou o secador e se aproximou.

Aconteceu algo? O carro do pai passou por nós — perguntei.

Um problema, e como os meninos descobriram vocês lá eles tiveram que ir resolver — ela respondeu.

Quer conversar? — perguntou.

Não mãe, eu entendo os riscos, sempre entendi, acho que vou entrar nos meus dias, estou sentindo muita vontade chorar, eu só queria me divertir — finalizei enquanto ela secava meu cabelo.

Sei que o fardo é grande filha, afinal são as princesas da máfia, sinto muito que eles peguem pesado, mas você tem seu pai e eu ao seu lado, seu primo e seu irmão cresceram ouvindo as histórias de tudo que vivemos, coisas que vieram desde a minha irmã, o homem que criou sua tia Marisa e aos piores sádicos, infelizmente os riscos são sim muito grandes — ela falou desligando o secador e me abraçando.

Já sei o que fazer, deita aí e me espera — minha mãe falou e saiu correndo, voltou com dois potes de sorvete e ligamos uma série, no fim fiquei com a minha melhor companhia, minha mãezinha.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***