festa

   Hoje Enrico comemora seus vinte anos, estamos todas nos arrumando porque será histórico.

A casa lotada de pais trazendo suas filhas, capos de todos os lugares procurando uma aliança com os Rossi, Enrico e Giovanni são visados e com razão, pois os dois são lindos, estamos aqui escolhendo os vestidos e acho um que vai servir perfeitamente para mim, agora que estou com a faculdade pronta quero passar a ser vista como uma mulher e não mais uma menina afinal já tenho 18 anos.

Filha você está linda, vocês duas são perfeitas, por isso esses homens da família morrem de ciúmes, Pietro, Vincenzo, Cristine e Paola virão logo — falou minha mãe, os filhos e sobrinhos do tio Julian eram como nossos primos, no fim eramos uma grande família.

Luca disse que vai se atrasar, estão treinando alguns soldados pelo que entendi — falou tia marisa já sentando, ela está grávida de 6 meses de uma menina e tio Julian todo bobo.

Filha bambina, está linda, você também mi amore — falou tia Samira.

obrigada tia, nós somos lindas né — falei e minha mãe que se aproximava com meu primo e meu irmão, ela não escondia o quão coruja era.

__ A alto estima é toda do pai — falou ela sentando ao meu lado.

Fernando estava me dizendo que recebeu um pedido de casamento para Lavinia hoje — minha mãe disse e vi que Enrico e Giovanni saíram correndo, eles nunca esconderam serem superprotetores.

Eu acho que o Enrico tem uma queda pela Lavínia — falou Serena inesperadamente pegando todas de surpresa e minha mãe e minhas tias só faltaram cuspir o que bebiam.

__ Acho que é só ciúmes de primo filha, hoje a festa é para ver pretendentes para ele, ele não aceitaria se não fosse por sua própria vontade — falou tia Samira e logo tratei de tentar apagar o que fora dito:

__ Não fala besteira, Enrico vive pegando todo mundo, é que ele foi a minha primeira referência de irmão, a mamãe sempre disse que ele vivia me protegendo quando nasci, então é bobagem sua Serena — falei e todas voltamos a conversar, mas vi que ninguém esqueceria isso.

Lavínia, vamos dar uma volta? — chamei minha prima Serena.

Sim, vamos — respondi me afastando.

Não se afastem muito — gritou minha tia Marisa e acenamos com a cabeça.

Porque falou isso sua doida, seu irmão não gosta de mim, não desse jeito né — falei.

A para que você nunca notou, os olhares, suspiros, os foras que ele dá nas vadias sempre que você está no mesmo camarote — ela falou e dentro de mim um pingo de esperança nascia.

Continuamos cumprimentando as pessoas e bebendo uns goles escondidas, quando um homem se aproximou:

A minha noite acabou de ficar perfeita, as duas Rossi juntas, boa noite — ele disse soando galanteador.

Me pus em frente a Serena e respondi:

Boa noite, se sabe quem somos sabe que minha prima tem 15 anos né, então vá ser galanteador para outro lado — puxei ela para sair e ele puxou meu braço.

Connor, sou Connor e espero que você eu possa ver mais vezes, veremos o que vai render ao final da noite — falou ele, Vincenzo se aproximou e disse:

Tudo bem aqui?

Sim Vincenzo, este senhor só queria nos cumprimentar — falei e ele me deu a mão.

__ Vem vamos as duas sair daqui, boa noite cavalheiro — ele respondeu e saímos.

Voltamos para perto das mulheres porque tinha muita gente de fora, o aniversário já rolava a algumas horas e estavam meu pai, meu tio, um homem, alguns soldados e meu irmão e primo ali dentro, quando a porta abriu um homem saiu de lá limpando o nariz, ele parecia ter levado um soco, passaram mais alguns minutos e meu pai saiu, tirou minha mãe para dançar sendo todo gentil e romântico, direcionou olhares para mim algumas vezes, eles nem disfarçam, estão falando de mim, meu pai sempre me disse que não iria me oferecer em casamento como um objeto, que me perguntaria e sempre consideraria minha opinião, passaram mais alguns minutos e Enrico saiu da sala furioso, foi para a porta de trás e tenho certeza que sairá, meu primo nunca explode em casa, se eu bem adivinhar ele vai ir no galpão lutar.

Estou com dor de cabeça tia, vou avisar minha mãe que irei me deitar — falei e meu tio se aproximou.

Está com dor princesa? Quer ir ao médico? — perguntou.

Não tio, só vou me deitar, minha inimiga mensal está em campo e acabando com meus hormônios — menti para dar a desculpa, ele beijou minha testa, me despedi da minha prima e das minhas tias, fui até meus pais e disse:

Pai, mãe eu vou me deitar, estou naqueles dias e com dor de cabeça, vou tomar um banho e descansar, fiquem e curtam a festa, eu não vou ficar mais — falei.

__ Quer que eu vá junto filha? — perguntou minha mãe preocupada, mas eu não estragaria a noite dela, minha mãe era nova e ia aproveitar.

Neguei, meu pai chamou o soldado e devido à quantidade de homens diferentes devido à festa, eles deveriam ficar de olho vivo na casa, então saí acompanhada.

Cheguei em casa e tinha uma mensagem no meu celular:

“ Me dê apenas um motivo para não tomar um café comigo?”

Não sabia quem era então ignorei, tirei o vestido e tomei um bom banho, o velho pijama de coelho seria minha companhia, fui até a cozinha e peguei sorvete, liguei a TV e recebi mais uma mensagem.

“ Estava divina hoje, sua boca respondona poderia fazer outra coisa além de brigar”

— Quem será o abusado? — questionei sozinha na cozinha.

Ignorei mais uma vez, então recebi uma ligação, tocou até cair, eu não atenderia, veio aí mais uma mensagem:

“ Um café e eu te deixo em paz”

Respondi dessa vez:

“ Sugiro que procure outra companhia, e quem é?”

“ Connor, e quero você”

Não acredito, cara chato, desliguei meu celular e fiquei vendo TV até acabar apagando.

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