Capítulo 15

João vai conversar com a irmã dele, e eu aproveitei esse momento para passar algumas informações para o Vicente. Ele estava tentando encontrar o verme que quer nos prejudicar. Logo em seguida, recebo a visita de um velho amigo que faz parte do conselho. Ele começa a falar sobre casamento e sobre ter filhos, retornando a um assunto que já é bem familiar para mim.

Meu irmão, que não é nada ingênuo, simplesmente decidiu sair do lugar, como se estivesse se esquivando da conversa. Ele saiu porque eu havia pedido que ele fizesse os deveres de casa. Enquanto isso, o meu amigo chato continua falando, agora se envolvendo com assuntos sobre sua filha, que já é maior de idade e ainda é virgem. Chego a me perguntar onde foi que eu me meti nessa conversa. É uma situação bastante desconfortável e eu mal posso suportar mais daquelas histórias.

 Se ele soubesse do que a filha dele gosta, eu chupo até o caroço. Vou argumentando até ver o João parado, me olhando. Acho que ele escutou, pois os olhos estão cheios de lágrimas, mas eu vejo que não é comigo. Ele está em outro mundo, com os olhos profundos e abatidos, e vejo ele subir a escada apressadamente. Eu me despeço do velho, argumentando.Havia alguém na minha lista que eu tinha a intenção de me casar, e em breve o conselho ficará sabendo disso. Ele não ficou nada satisfeito com minha resposta e saiu bufando da minha casa, irritado. Que se danasse! Subi as escadas e, ao passar pelo corredor iluminado, avistei o João todo enrolado em um lençol. Não sei exatamente o que aconteceu, mas parece que foi algo sério. Por mais que eu pergunte, ele não vai me responder. Decidi então tomar um banho para relaxar. Depois disso, vou-me deitar ao seu lado, puxando-o para mim.

Rodrigo_ Me conta o que aconteceu, por que você está chorando? O que ela fez com você?

João_Na verdade, ela não fez nada. Ela apenas disse a verdade que meus pais costumam dizer.

Rodrigo_Sobre o que você está falando? Que verdade é essa que ela falou para te deixar dessa maneira?

Jão_ você me chamou para dormir com o senhor e ela acha que vou me dar, sei lá, me vender ou ser sua amante na cama.

Em um ato impulsivo, eu me viro de repente e posiciono meu corpo sobre o dele. Ele me observa com uma mistura de medo e curiosidade, intrigado sobre o que planejo fazer a seguir. No entanto, não é o medo que domina a expressão dele; na verdade, há um desejo evidente por trás de seu olhar, uma atração crescente que parece intensificar sua vontade de estar comigo. E como eu consigo perceber isso? Basta olhar para a ereção que se destaca dele.

Rodrigo_Amanhã eu vou resolver essa situação com ela. Neste momento, quero buscar algo diferente.

João_ Por favor, Rodrigo, eu...

Rodrigo_Não é apenas uma questão do que você diz. Seu corpo está expressando outra coisa: a maneira como você respira, como sua pele reage. Isso diz muito.

João_*Viro meu rosto e falo com um tom de desânimo* Por favor, Rodrigo, não faça o que minha irmã folou. Eu não quero ser apenas mais uma das suas putas.

Rodrigo_ *Com um olhar calmante* Você não precisa se preocupar com isso. Você não será mais uma.

João_*Com um pouco de hesitação, chamo novamente* Rodrigo...

Rodrigo_ *Tentando aliviar a tensão* Está tudo bem. Podemos simplesmente dormir abraçados e, amanhã, eu terei uma conversa com sua irmã.

João_*Mostrando um pouco de possessividade* Deixa ela comigo. Ela não tem nada a ver com você.

Rodrigo_*Com um sorriso no rosto* Mas um dia, ela vai ser a minha cunhada.

Observando ele sorrir, sinto que isso é um sinal de que posso conquistá-lo, de que posso trazê-lo para o meu mundo. No entanto, sei que ele é quem terá que tomar essa decisão e, sinceramente, acredito que essa escolha não será fácil para ele. Essa etapa é complicada para mim, pois não gosto de enfrentar essa situação. O que torna tudo mais desafiador é que percebo que estou me apaixonando por esse baixinho. Vejo como ele se movimenta e, então, o puxo para que ele fique de frente para mim.

Olhei para ele e, com carinho, dei um beijo suave na sua bochecha. Ele fechou os olhos lentamente e, em poucos instantes, adormeceu. Fiquei ali, observando-o enquanto dormia, encantado com sua pureza e a tranquilidade que exibia — ele parecia um verdadeiro anjinho. Não consigo descrever bem, mas naquele momento, deixei-me levar pelo cansaço e acabei adormecendo como se estivesse em um sono profundo, agarrado a ele.

Quando acordei, senti seu corpinho pequeno em cima de mim, aconchegado, e o som suave dos seus pequenos roncos ecoando pelo ambiente. Esse som, tão delicado e reconfortante, se tornou a minha parte favorita dele; era uma melodia que trazia paz e alegria ao meu coração enquanto o observava ali, tão tranquilo.

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