Capítulo 13

Eu me encontro envolvida nos braços de Rodrigo, que me conduz suavemente até o quarto. Neste momento, não consigo entender bem o que está acontecendo comigo; o único desejo que ocupa meus pensamentos é estar ao seu lado. Eu me pergunto se é certo desejar tanto por alguém que mal conheço, mas, ao mesmo tempo, sinto uma forte curiosidade em descobrir mais sobre ele. Com um gesto ágil e sem hesitação, Rodrigo remove todas as minhas roupas, e me sinto totalmente vulnerável, entregue a ele. Seu corpo é musculoso e exala uma confiança que me fascina ainda mais. O que dizer sobre esse homem? Quando tudo estava indo tão bem entre nós, ele descobriu que eu sou virgem. Minha boca, que não tem papas na língua, disse exatamente o que eu sentia: eu desejava que ele estivesse dentro de mim. Queria discutir com ele, sentir a intensidade do momento, deixá-lo me pegar e me jogar na cama. Ele é um tipo de pessoa completamente doida, mas, aos poucos, estou me deixando levar por suas loucuras. Ele diz que sou apenas dele, que sou exclusivamente sua, e, por um breve instante, eu cheguei a acreditar nisso. No entanto, percebo que era apenas um sonho, uma ilusão. Agora, estou percebendo que é preciso ter cuidado com as expectativas e a realidade. Neste exato momento, estou me questionando sobre tudo o que aconteceu e como cheguei até aqui. Nunca havia me encontrado em uma situação como essa antes. A experiência foi intensa, um ato que me fez explorar limites que nunca tinha considerado. A sensação de ter aquele membro penetrando profundamente na minha garganta é algo que, até agora, me assombra.

Uma parte de mim começa a pensar que tudo isso poderia ter ocorrido em outro lugar, em circunstâncias diferentes. No entanto, a realidade que eu enfrento é dura e complexa. A verdade é que eu não posso me permitir me envolver com alguém que pertence ao crime organizado, como um mafioso. Minha presença aqui é temporária, e meu único objetivo é garantir a minha sobrevivência e encontrar uma saída desse labirinto em que me meti.

Vincent

Estou levando a Sofia, que está bem estressada, para pegar as roupas. Ela é um pouco maluca e só reclama de tudo. Se o irmão dele for assim, tenho certeza de que o meu irmão conseguiu lidá-lo melhor. Mas essa aqui está muito complicada; pense em uma mulher difícil! Meu Deus, não sei como consegui me meter nessa situação.

Vincent_ já resolvi praticamente tudo. Não temos o dia todo, pois tenho outras coisas para fazer.

Sofia_ Quem é que realmente se preocupa comigo, a não ser vocês? Vamos com calma, porque toda essa confusão não estaria acontecendo se vocês não estivessem atrapalhando eu e meu irmão.

Vincent_ Agora entendi. Pega uma dessas malas para mim, por favor. Vou levar para o carro.

Sofia_ Espere um momento, ainda não terminei de falar... Se você quiser ir embora, pode ir. Eu fico com um dos seus seguranças, não tem problema. Afinal, você não está ajudando em nada aqui.

Olhei para ela, que estava com as mãos na cintura, e me encarou com a expressão mais linda que já vi. Aproximando-me, senti um misto de curiosidade e atração.

Vincent_ Se você não se calar, não posso prometer que você sairá dessa sem levar uma lição.

Sofia_ O que você vai fazer? Vai me bater? Acha que é meu pai? Querido, onde você aprendeu isso? Eu sou professora.

Vincent_ Não me desafie, porque você não sabe nada sobre mim e não vai querer descobrir da pior maneira, certo?

Sofia_ se você tocar a mão em mim, eu vou contar para o seu irmão, e meu irmão vai estar presente. Ele vai querer ver todo mundo bravo, exceto o meu irmão.

Vincent_por que você ainda não me viu? Apresse-se, estou perdendo a paciência.

Ela subiu, pegou mais algumas coisas e voltou, dizendo que estava pronta. Eu peguei as malas e saímos da bagunça desorganizada que ela chamava de casa. No carro, enquanto eu dirigia, reinou um silêncio total. De vez em quando, ela tentava colocar música, mas eu batia em sua mão, fazendo com que ela me olhasse emburrada, embora não dissesse nada.

Nossa viagem se passou em um clima de silêncio, pois ela não queria conversar comigo, e eu, por minha vez, estava sendo bastante infantil na situação. Quando chegamos à mansão, meu irmão já estava na sala. Eu não vi o João, mas entrei e a Sofia entrou logo atrás de mim.

Sofia_ pergunta, com um tom curioso: Onde está o João?

Rodrigo_ responde, um pouco descontraído: Ele está no meu quarto.

Sofia_com uma expressão de dúvida, indaga: O que meu irmão está fazendo no seu quarto?

Eu olho para Sofia, tentando transmitir meu descontentamento com o meu olhar, mas ela permanece completamente impassível, não demonstrando um pingo de preocupação. Esse comportamento dela, indiferente e provocante ao mesmo tempo, desperta em mim uma sensação intensa de desejo. A imagem de uma mulher que é ao mesmo tempo atraente e um pouco irritada se forma na minha mente, e isso me excita ainda mais.

Rodrigo_Sofia, em primeiro lugar, gostaria que você baixasse um pouco o tom de voz. Eu não sou surdo, e além do mais, seu irmão vai dormir comigo esta noite.

Sofia_Hahahaha! Ah, mas ele não vai mesmo! Você está doido, não é?

Rodrigo_Por favor, controla a tua esposa.

Vincent_Sofia, por favor...

João_Sofia... podemos ter uma conversa?

Eu olho para o irmão dela, que está na escada, e percebo que ele provavelmente escutou tudo o que foi dito. Ele dirige um olhar nada amigável para o meu irmão, e já começo a imaginar que há algo mais por trás dessa situação, pois meu irmão apenas sorri de forma descontraída e me chama para entrar no escritório.

Fico me perguntando o que eles fizeram enquanto a Sofia e eu estávamos fora. O meu irmão não consegue me enganar; ele tenta conversar com o João para convencê-lo a ficar no quarto dele, e isso só aumenta a minha desconfiança. Estou determinado a descobrir o que realmente está acontecendo, pois sou um bom observador, e meu irmão sabe disso muito bem.

Vincent_Como você conseguiu isso? Me dá a instrução, porque com a Sofia nada é fácil.

Rodrigo_Você sabe como... bom, eu não te chamei aqui para isso.

Vincent_Calma, vocês dois. Enquanto eu e a Sofia fomos buscar a roupa...

Rodrigo_ Para de ser curioso!

Vincent_ Eu não consigo acreditar que enquanto uma pessoa está me ignorando, a outra já entregou os pontos para o meu irmão.

Rodrigo_Eu respeito muito a situação e considero essa questão importante. Gosto de voltar ao assunto que trouxe essas pessoas aqui.

Vincent:_Estamos realizando investigações sobre isso, mas não se preocupe. Estamos quase chegando a uma conclusão.

Rodrigo_Tenho certeza de que conseguiremos capturá-los rapidamente. Eles são como formigas, mas quando conseguirmos pegá-los, não vamos dizer nada ao Jão e à Sofia.

Vincent_Por que não?

Rodrigo_Eu quero passar mais tempo com ele. Não sei, acho que estou começando a gostar dele.

Vincent_Hum, entendi. É só uma fase de gostar ou você já está realmente amando ele?

Enquanto converso com meu irmão, percebo que ele está, de fato, apaixonado. Eu não sei explicar, mas há algo diferente no jeito dele. Ele tem um brilho nos olhos que não havia antes, e isso me deixa feliz. Por outro lado, torço para que o João não tire esse brilho dele, pois sei que ele não vai gostar nada de ver meu irmão chateado. Sem contar que meu irmão é bastante possessivo...

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