Capítulo.4

Percebo uma movimentação estranha, olho para cima e não encontro o sanguinário... Onde está o Vicent?

Eu puxo o estressadinho pela cintura, e ele me olha assustado...

João_ O que você está fazendo comigo, Souta?

Rodigo_Ficaquieto e me acompanha.

João_Você está brincando? Minha irmã também está aqui.

Rodrigo_ Identifique quem é, e eu envio meus homens para buscá-la e levá-la ao mesmo local onde você está.

João_ Eu tenho pernas, poderia me soltar?

Rodrigo_ Ele está sob minha responsabilidade. Coloquei-o sobre o meu ombro e estou a caminho da saída. Ao chegar, encontro meu irmão, conhecido como 'O Sanguinário', que me observa, buscando uma explicação.

Vicent_ Esse é o homem que você estava observando, não é nada mal.

Rodrigo_ Cala a boca! O que está acontecendo?

Vicent_ Já estou resolvendo... foi apenas uma briga que envolveu a máfia, mas já estou contornando a situação.

Rodrigo_ Estou indo para casa... procure a irmã dele e leve-a para lá também. Se for necessário, pegue-a e coloque-a no ombro.

O estressado se debate, e eu dou um tapa na bunda dele, o que o surpreende, pois parou de bater nas minhas costas. Coloco-o com cuidado no carro, que fica em silêncio absoluto.

Rodrigo_Meu nome é Rodrigo, muito prazer

João_ Eu quero ir para casa, não para a sua casa. Minha irmã ainda está naquela boate horrível, e eu nem sei o que aconteceu. Além disso, seu irmão não sabe quem é a Sofia.

Rodrigo_ Ele sabe, mas fique tranquilo. Sua irmã vai aparecer, Sam e Sauva também estão a caminho.

Sinto um intenso ressentimento em relação a esse sujeito desprezível. Ele acredita que pode simplesmente me colocar nesse carro e me levar à força, ignorando completamente a minha vontade. É angustiante lidar com cada pessoa estranha que surge e, para piorar, esse indivíduo miserável parece estar constantemente me observando, como se quisesse me devorar. Tudo que eu quero é sair desse lugar e nunca mais ter que encarar a cara desse infeliz.

João_ após você fazer toda essa palhaçada, será que eu posso ir para casa? Ou você realmente tem a intenção de me machucar?

Rodrigo_se você soubesse quem eu realmente sou, não estaria falando comigo dessa forma. queto furacão

João_não importa quem você seja, nem mesmo se você for o Papa, isso não te dá o direito de me sequestrar ou de me agarrar à força.

Rodrigo_eu sinto muito, meu amor.

João:Eu dou um tapa na cara dele, e ele me olha com uma expressão que mistura surpresa, espanto e ódio; é difícil saber o que ele realmente sente nesse momento. Simplesmente, ele me puxa para mais perto dele.

João_ o que você está fazendo... você vai me soltar?

*Rodrigo*

Decidi desafiar a fera que estava diante de mim e, para minha surpresa, acabei levando um tapa. Embora eu sempre tenha me considerado uma pessoa bastante tranquila, naquele momento, a raiva começou a dominar meus pensamentos e por pouco não perdi a compostura. No entanto, consegui me controlar a tempo e puxei-o para mais perto de mim. Notei que ele estava um pouco ofegante, provavelmente devido à intensidade da situação, especialmente após ter me agredido.

Rodrigo_Não é assim que se trata um dom, minha flor.

Ele me olhou com surpresa, permanecendo ali, à janela, visivelmente apreensivo. Quando o carro parou e eu saí, olhei novamente e vi que ele continuava observando, sem esboçar qualquer movimento. A situação começou a me causar desconforto; a intensidade do surto de medo se assemelhava a um furacão.

Decidido, abri a porta e o chamei:

Rodrigo_saia! O que você está esperando?

Ele saiu em silêncio, como se estivesse processando tudo o que havia ocorrido, ou talvez dominado por uma sensação de medo. Eu diria que era mais medo do que qualquer outra coisa. Entramos e ele estava em pé, observando, enquanto eu servia a mim mesmo um delicioso copo de uísque, o líquido dourado capturando a luz e refletindo um brilho sedutor.

Rodrigo se senta e me observa. Ele não era a pessoa que estava com medo; agora, exibe determinação. Começo a perceber que estou apreciando seu temperamento, que se assemelha ao meu. Será que finalmente encontrei a pessoa certa?

Rodrigo: – Por que a agressão?

João: – Você me estressou.

Rodrigo: – Sério? Eu não sabia. Ninguém deve agredir um dom e sair ileso; você sabe disso, não sabe?

João_ele continua provocando e, por isso, não tem argumentos, certo, Dom?

Ele me olha com uma expressão de deboche, como se tivesse certeza do que está dizendo, achando que eu não vou reagir ou que não enfrentarei consequências por tê-lo provocado. Aproximei-me dele e o puxei para se levantar. Ele me olhou assustado, mas não abaixou a cabeça do jeito que eu gosto...

Rodrigo_não tem medo de morrer...

João_ quem vai me matar, você?

Ele está me desafiando... sério isso? Acho que ele não sabe quem eu sou... Eu o pego e coloco no meu ombro, bebo o último gole do meu uísque enquanto ele se debate. Dou um tapa na bunda dele, que protesta, e o levo para o meu quarto. Coloco-o na minha cama e prendo sua mão acima da cabeça...

João_Ei aí, Souta?

Rodrigo_Fala, você está com medo?

João_De você? Não.

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