20 - Entre a Igreja e a Sociedade (3)

Sasha cobria seu rosto com o véu para não verem o quando vermelho seu rosto estavam, por quase terem sido pegadas no flagra naquele salão de homenagens aos mortos.

Hiraeth corria atrás dela, tentando se desculpar com ela.

As duas eram seguidas pela dama de Sasha.

“Sasa, desculpe, vamos conversas mais um pouco” falou de forma manhosa, algo que fazia Sasha sempre cair nessa.

Todavia, isso não fez Sasha parar de andar mais rápido e Hiraeth apressaram mais sei passo.

Pobre Dama de Companhia

“Sasha, você esta me ouvindo?” chamou Hiraeth mais uma vez pela albina.

Sasha permanecia apenas correndo sem olhar para trás, meio que também não sabia para que lado estava indo, até que bateu em algo e caiu.

Hiraeth a seguro antes que caísse completamente no chão.

A albina olhou para cima e viu um cavalo negro em meio a area das carruagens. Seus olhos brilharam ao ver o animal.

“Você trouxe o Sirius aqui?” parecia muito animada ao pergunta

Hiraeth deu uma risada

“Não sou fã de carruagens”

Sasha se levantou e acariciou o cavalo que parecia muito manso em suas mãos, como se sentisse que ela não possuia qualquer perigo.

“Só faz algumas, Sirius, mas sentir saudades de você”

O relinchou com certa doçura para o carinho que Sasha estava fazendo nele.

A dama de companhia de Sasha chegou, quase praticamente sem folego. Nasceu como uma pessoa nobre e nunca experimento tal coisa, sentia-se humildade com tal fato.

“Minha dama, por favor, não importa o quando importante seja, não devia correr por um lugar como esse”

Aquela dama ousava em dar uma bronca naquela pessoa, já que ela achava que a dame da pureza iria se calar com tal coisa, pois, assim ela era conhecida.

“Quem você acha que é para falar assim com ela?” exclamou um transeunte que ouvia as reclamações da dama

“Você é apenas uma nobre que não sabe de nada” falou uma velha senhora

“Só está nesse lugar porque a Dame Sasha permitiu, coloque-se em seu lugar”

Transeuntes começaram a se juntar ao redor da Dama que havia dado um sermão em Sasha, parecia que eles surgiam do nada para defender aquela pessoa, a Santa deles.

Quando aquela dama olhou na direção a onde estava Sasha e o cavalo, o rosto de Sasha estava com uma expressão de alguém que ganhou um jogo sem mexer uma única peça se quer.

Bem, ela nunca precisou se defender, isso era totalmente verdade.

Os seguidores da Ecclessia, ou melhor, aqueles que cultuavam o Santo da Pureza, sempre apareciam para a defender, não importava onde estava.

Hiraeth que observava tudo, suspirou

“Não devia usar sua autoridade desse jeito”

Não era uma expressão de decepção, todos possuíam essa estranha habilidades de “invocação” de seguidores, não que ela já tenha usado isso alguma vez.

“Não usei, apenas sabia que ela iria fazer isso, só não sabia que seria em um lugar assim” falou acariciando a clina do cavalo “Ela já estava dando muito trabalho la em casa”

“Só veio com ela?”

“Exatamente, meu irmão falou que se precisasse me livrar de alguém com as mãos limpas, seria melhor fazer em um lugar assim”

Hiraeth começou a pensar, assim, teve uma ideia

“Então, não tem alguém para chamar a sua carruagem, certo?”

Sasha fez uma expressão confusa

Hiraeth assim, subiu em Sirius e logo estendeu a mão em direção a Sasha.

“Deixe que eu te leve, cara Dame” piscou de forma clichê para Sasha

Quando Sasha percebeu o tipo de proposta que Hiraeth estava fazendo, sua corpo mudou para vermelho rapidamente.

Hiraeth aponto a cabeça em direção à multidão ao redor da dama

“Melhor irmos, os seguidores podem se tornar complicados quando veem seu líder” falou apenas para Sasha

Sasha estava envergonhada, mas segurou a mão de Hiraeth que a puxo para cima do cavalo para poder ir embora daquele lugar juntas.

…

Em perto do por do sol quando Sasha e Hiraeth chegaram na mansão da família Eidel.

Hiraeth desceu primeiro e depois ajudou Sasha a descer do cavalo.

Sasha queria correr imediatamente para dentro de sua casa, queria ver Hiraeth um pouco mais e conversar sobre a ultima semana, mas ainda estava envergonhada pelo que aconteceu na Ecclesia. Todavia, Hiraeth a segurou pela cintura.

“Ainda posso vê-la?”

Sasha abriu a pouca, mas fechou ela antes de responder algo, pensou.

Olhando pro lado, respondeu: “Claro, mas me segurar aqui não vai me impedir de ir”

Existem coisas que conseguiam prender uma pessoa a outra além de uma paixão ou amor.

As duas sabiam, que onde vivam e naquela sociedade, elas não poderiam conseguir aquilo que tanto queriam, apenas manter aquele relacionamento as escondidas.

Hiraeth abaixou o seu olhar, como que soubesse o que ela estava dizendo e soltou Sasha de seus braços.

Antes de Sasha ir, Hiraeth beijo a testa dela e subiu em seu cavalo logo em seguida.

“Espero vê-la logo, Sasa” sorriu de forma triste ao se despedirem

Sasha conseguiu ver Hiraeth sumir pelas ruas de pedra da região que morava.

Ela estava tão triste quando Hiraeth, sentia seu coração apertar com aquela dor de amor.

…

“Sasha, aconteceu algo no seu caminho até aqui?”

Alphonse estava em seu escritório quando Sasha adentrou aquele lugar.

“Não houve nada, irmão, apenas me livrei da sujeira que estava em minha roupa no caminho de volta”

Sasha estava falando da dama de companhia de antes. “Espero que o irmão não se incomode em limpar o resto que ficou”

Alphonse apenas olhou para ela e voltou em direção aos documentos que estava revisando naquele momento.

“Não se preocupe com isso, sabe que nosso família limpa muito bem essa coisas”

“Muito obrigada, irmão, estou me retirando”

Sasha estava prestes a sair, quando Alphonse falou:

“Só espero que minha irmã não procure se sujar muito, pelo menos não em lugares visíveis aos outros dos outros” avisou

Sasha paralisou, mas Alphonse continuou falando.

“Não me importo com isso, mas sabe que essa não é a mesma opinião desse país, tome cuidado” de repente seu tom se tornou sombrio “Sabe muito bem o que aconteceu com aquelas duas quando eramos menores”

Sasha engoliu a seco e antes de sair completamente daquele escritório, respondeu:

“Eu me lembro muito bem o que aconteceu com elas e com todos os outros”

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