CAPÍTULO 10

Laura saiu satisfeita com sua experiência, nunca imaginou que sua vida pudesse ser tão cheia de emoção, e saber que foi feliz em outras vidas. Embora sabendo que muita coisa ainda pudesse acontecer, estava disposta a enfrentar esse desafio, queria conhecer mais dela. Estava adorando essa experiência de voltar a vidas passadas sabendo que foi uma linda italiana em outras vidas, e tudo isso explica porque muitas coisas acontecem nessa vida e ela sabe que já viveu muitas vidas. Ela não ia descansar e saber se de fato foi mesmo outras raças, sentiu que a partir daí que sua vida poderia dar uma reviravolta, mesmo assim estava feliz com as novas descobertas, agora era esperar mais uma semana até o dia da sua nova sessão com seu psiquiatra. Laura estava tendo sonhos como se fosse ter uma regressão espontânea. Desta vez ela não estava tendo uma regressão ao comando do seu psiquiatra, desta vez ela estava voltando em outras vidas, bem distinta do que ela pudesse imaginar, sonhar ou era uma simples regressão, e desta vez ela era uma americana bem sucedida que morava no estado de Chicago Estados Unidos. Laura estranhamente estava vendo uma senhora simpática e convidara para entrar em sua casa. Uma casa de dois pisos num bairro nobre de Chicago, de bom gosto em todos os sentidos, um jardim na frente com muitas rosas vermelhas, amarelas, e outras cores. E uma cachorra branca deitada embaixo de uma figueira grande, e ninguém chegava perto de tão brava que era, há não ser a dona da cadela, a senhora usava um chapéu de aba larga, uma dama da alta sociedade, que sempre morou nos Estados Unidos. Laura não entendia porque tanta intimidade com aquela senhora americana, parecia que as duas já se conheciam há muito tempo, aqueles lindos olhos azuis lembrava de alguém, e Laura sentia tanta necessidade de ter aquela agradável companhia só não entendia porque as duas tinham tanta afinidade, gostavam das mesmas coisas, tinham temperamento igual de personalidade forte a frágil, jeito duro de ser era apenas uma autodefesa para esconder as verdadeiras razões, as duas tiveram marcas do passado de muito sofrimento. Laura percebeu que aquela simpática senhora tinha os olhos profundos que escondia muita tristeza e muito sofrimento. O que será que ela tenha passado? Pensava Laura. E o que será que as duas tinham de tão em comum, por causa das afinidades, e aquela cachorra Laura lembrou que tinha igual aquela, mas da onde? Perguntava-se e aquela linda casa com jardim em frente. E aquela enorme figueira centenária que fazia uma boa sombra no verão torrente dos Estados Unidos. E uma rede não seria nada mal para deitar e descansar, a senhora simpática pediu que Laura entrasse e sentasse na sala e que ela ia preparar um café, e as duas iam colocar o papo em dia, "mas como papo em dia se nem conheço essa senhora?"

— Afinal quem era aquela senhora? — Se perguntava Laura, essa casa não é estranha, eu já estive aqui, como é possível? As duas tomando café da tarde enquanto conversavam e a senhora disse que tinha ficado viúva que o seu marido foi um bravo soldado e morreu em combate, e sentia falta dele, era um homem decente que amava muito ela, e que agora ela estava esperando a hora de partir e ficar perto dele, Laura estava vendo as fotos quando os dois eram jovens, ele era jogador de basquete e jogava bem, era bonito forte loiro olhos verdes fazia sucesso com as garotas do colégio, e no time de basquete. Ela era uma líder de torcida popular da escola, rebelde e admirada pela turma. E todos obedeciam pela forte personalidade de ser. Ela e John eram uma dupla perfeita sucesso por onde passavam, um casal perfeito. A senhora simpática disse para Laura que se chamava Brigitte que estudou e formou-se médica num conceituado hospital de Chicago. Laura quando olhava as fotos da formatura sentia uma doce sensação de que fosse ela na juventude, mas não fazia sentido o que seria Brigitte? Eram tantas perguntas sem saber por que estava tendo aquele sonho gostoso, ou se era uma simples regressão espontânea. Aquela senhora tinha cabelos brancos, e cacheados, e marcas no rosto pela idade de 90 anos, olhar doce e profundo com marcas de sofrimento, de que a sua vida nunca foi fácil, embora (sendo) bem sucedida, mas que sofreu muito na vida, tivera dois filhos. E muitas dificuldades quando o seu marido ainda jovem foi chamado para o exército americano. E seguidamente ele tinha que ir para guerra. Para Laura tudo aquilo era estranho, ser brasileira e sentir que era americana, tudo é diferente, a cultura desigual a do Brasil, com a dos Estados Unidos. Agora ela estava ouvindo a senhora simpática contar como foi quando se casou com John, e seus pais eram contra ela por ser filha de pais bem sucedidos e não queriam que ela se casasse com um simples jogador de basquete, mas ela enfrentou a todos e foi morar com ele, numa casinha simples, mas bem conservada, os dois sofreram muito do começo até construir as suas vidas. Os dois trabalhavam duro, ela estudando e ele também. Depois, na medida em que o tempo foi passando, os dois venceram as dificuldades. Tiveram algumas brigas do começo por causa dos ciúmes, Brigitte explica que John era ciumento e ela também, mas depois venceram esses percalços da juventude insegura, e na medida em que o tempo passava os dois ganhavam experiência e um aprendeu a confiar no outro. Embora sem ajuda dos pais mútuo, depois veio o primeiro filho, e tempo depois uma linda menina. E assim foi o tempo passado e o casamento dos dois era feliz, até que um dia John foi convocado para ir a guerra e desde então nunca mais voltou e Brigitte teve que levar a vida sozinha, viúva e cuidar dos filhos e nunca mais quis casar. E desde então John foi seu único e verdadeiro amor. Laura sentiu uma dor profunda ao ver a senhora simpática chorando e contando a vida dela, e não entendeu porque estava sentindo aquela dor imensa como se fosse com ela, e assim ela acordou aos prantos sem entender porque aquele sonho tinha haver com ela? Porque ela viu a senhora simpática contar aquela linda história de amor e vendo-a chorar e assim que ela terminou de contar a história chorando copiosamente como se tinha acontecido com ela, gostaria de saber mais queria dormir, mas e sonhar novamente. Queria estreitar aquela amizade com Brigitte, sentia falta dela e saudade. E John quem ele foi? Porquê daquela sensação de que conhecia também? Mais um mistério na vida de Laura, aquele não foi um sonho. Porque os sonhos são confusos, parte deles é cortada e nada explicado, e o que ela teve foi mais que um sonho, foi muito real para ser apenas um sonho, e como ela ia perguntar esse fato para seu psiquiatra se ela nem sabe em que ano foi que tudo aconteceu com Brigitte e John. Agora ela tinha que descansar e deixar os dias passarem até ter uma nova sessão com o seu psiquiatra. Laura passou dias pensando naquela senhora simpática, aquela imagem não saia da sua cabeça porque aquela cachorra que acompanha ela em todas as vidas que ela esteja. E se pergunta a si mesma. Será a mesma cachorra da mesma cor? Será que cachorros vivem em outras vidas? Àquela hora ela sentiu falta de um animal de estimação, sempre gostou de animais. Assim como gatos e cachorros, e desde que foi criança que sempre gostou, queria ter um, mas por falta de tempo para cuidar e que nunca adotara um animal que fosse. Agora a sua vida estava muito corrida. E, tinha que se concentrar na próxima sessão e não sabia se contava do seu sonho para seu psiquiatra. Sentia que devia guardar-lhe aquele sonho, ou se era de fato uma regressão espontânea. Pensou em deixar do jeito que estava, era melhor assim. E descobrir quem ela foi em outras vidas, entender porque sentia uma dor imensa no seu ombro e outras vezes em seu peito, e suas pernas, e essa pressa de querer ter as coisas da (noite) pro dia, porque não conseguia frear suas emoções, e ansiedade de querer ter tudo de uma vez na sua vida, e mesmo que tivesse tudo sabia que nunca ia conseguir preencher aquele imenso vazio dentro do peito, queria viver fortes emoções, mas o medo de viver e de arriscar falava mais alto, e continuava levando a sua vida sofrendo de ansiedade e as dor constante que ela sentia, não sabia porque, se era uma dor do corpo ou se era uma dor na alma, e só as suas sessões poderia esclarecer de uma vez por todas aqueles problemas que ela sentia no dia a dia, mas também pensava que não podia ser egoísta de só pensar nela, havia outras clientes que precisavam de ajuda do seu psiquiatra. E que não era só ela que precisava de ajuda, mas a sua ansiedade fazia ela se tornar egoísta que chegou ao ponto de sentir ciúmes do seu psiquiatra? Queria que ele só desse (atenção) a ela. Como se ela fosse o centro do universo. Mas que ridículo eu pensar assim pensava ela que chegava até ri dela mesma.

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