Capítulo 18

...Murilo a narrar...

O gosto da Xavier é melhor do que eu imaginava. Essa mulher é o sonho de consumo de qualquer homem e eu não vou deixá-la livre, nem que para manter ela ao meu lado, eu tenha que manter ela presa sem permissão para receber visitas.

Talvez eu esteja sendo possessivo, mas o que eu estou querendo fazer é salvar a minha esposa. Salvar ela daqueles homens que só querem a usar....se bem que eu também só quero usá-lá, mas a quero para mais de uma noite.

Respiro fundo enquanto sigo para a casa da Carlota. Essa mulher nem aqui me deixa em paz! Não tenho um minuto de paz e isso está a ser irritante. Ao chegar na casa dela, eu a vejo usando uma camisola que deixava uma boa parte do seu corpo amostra.

Quando a minha chegada foi anunciada por um dos seus seguranças, ela sorriu e mandou todos saírem dali. Fico sem entender e então ela sorri e me mostra uma mesa posta com alguns aperitivos e um notebook ao lado.

Ela sentou-se e eu fiz o mesmo, a encarei com cara de poucos amigos e a mesma sorriu.

— Como está sendo a sua noite, querido? Aposto que está a ser ótima! — Diz sendo sarcástica.

— Seja direta, por favor! — Fala ríspido.

Carlota alisa as suas pernas, ajeitou-se na cadeira luxuosa dela e sorriu mostrando malícia.

— Eu não confio mais em você Murilo, você fez o que eu pensei que nunca faria. — Fala séria.

Eu permaneço calado, ela coloca uma arma em cima da mesa e liga o notebook. Ao virar ele para o meu campo de visão, eu vejo um vídeo meu com a Xavier.

— Você estava me espionando?! Quem te deu este direito?!

— Calma filho, eu sei que você não ia negar uma bøceta. Aliás, como podemos ver aqui, ela é bem safada! — Rir.

— Você está testando a minha paciência! — A fuzila com os olhos.

Carlota se levanta, segura no meu ombro e senta no meu colo me deixando irritado.

— Você que está a testar a minha paciência, filho! Você não deve nunca se envolver com ela, ela matou o seu irmão! — Beija o rosto dele.

Sinto repulsa, ela está beijando o meu rosto enquanto me envolve nos seus braços. Eu odeio isso e odeio ainda mais fingir ter empatia por ela.

— A mate querido, não deixe aquela coisa te consumir! Quando você a tiver por completo não terá mais volta...

— Eu sei o que eu faço. Teremos a nossa vingança, mas isso será no meu tempo!

Eu a puxei fazendo ela sair do meu colo. Ajeitei a minha roupa e segui para a porta, mais parei assim que um som de tiro foi ouvido.

— Apenas 5 meses agora, Murilo. Eu não irei ficar tão quieta se você deixar passar esses 5 meses sem agir!

Concordo com a cabeça e saio dali. Ao chegar no meu carro, eu soltei a fúria que tinha dentro de mim. Sair dali em alta velocidade. Passei num bar e comprei uma caixa de cerveja. Quando cheguei em casa eu segui para o meu escritório e fiquei ali bebendo.

Após alguns minutos, eu escutei um som baixo. Parecia passos de alguém descendo as escadas. Sair do escritório e quando cheguei na sala, eu vi Xavier saindo da cozinha com um copo de água. Ela notou-me e pude perceber a mudança no seu rosto.

— Ahn...eu te acordei? — Pergunta envergonhada.

Eu nego com a cabeça e pergunto se ela quer se juntar a mim para beber. Ela aceitou e fomos para o meu escritório. Ficamos bebendo e por incrível que pareça, ela já havia bebido cinco garrafas de cerveja e estava sem demonstrar nenhuma embriaguez.

— O que te acordou? Você teve algum pesadelo?

— Não. Eu apenas tive sede. Está aqui há muito tempo, Murilo? — O encarou.

— Não, cheguei há alguns minutos....

Ela fica calada, morde os lábios e eu pergunto para ter certeza.

— Você tem coragem mesmo de ficar sozinha comigo?

— Eu estou sozinha com você agora...

— Haha, você entendeu o que eu quis dizer Xavier!

— Aaa...e porquê eu não teria? Você não seria capaz de me matar, não é mesmo? — O olha.

Fico calado por um tempo e então eu solto um riso para tentar tirar as dúvidas que se passavam na cabeça dela. Eu não irei admitir que tenho sim coragem para matá-la, eu não sou tão besta assim!

— Só se for de prazer Xavier.

Pisco para ela e tomo um gole da minha cerveja, ela suspira e sorri. Após algumas horas ali, fomos para o quarto dormir. Ela entrou no quarto principal e eu fui para o meu. Eu não ia aguentar passar a noite com ela sem fazer nada e eu sei que ela estava desconfortável com nossa aproximação.

Dias se passaram e eu comecei a ficar mais próximo da Xavier. Ela ainda não está me dando muita confiança, mas posso crer que estamos tendo uma evolução no nosso relacionamento. Eu não sei se essa evolução é boa...ou se ela é ruim.

— Iremos voltar só no domingo, não é isso?

Olho para a moça loira e ela estava belíssima. Xavier estava usando uma calça jeans colada no corpo, deixando todas as suas curvas à mostra. Ela estava com o cabelo solto e os seus lábios estavam levemente avermelhados.

— Sim Xavier, você irá gostar de lá, não precisa ficar com medo de algo ruim acontecer.

Ela sorri, eu peguei a mala dela e levei para o carro. Antes dela entrar, eu me aproximei do segurança e perguntei:

— Percebeu algum movimento estranho?

— Não senhor, pelo menos por aqui nós não notamos nenhum movimento estranho ou suspeito.

Desde aquele dia que eu não deixei nada fácil para a Carlota. Eu e a Xavier merecemos a nossa privacidade, então eu optei por contratar seguranças para vigiar e tentar pegar os homens contratados pela Carlota.

Voltei para o carro, coloquei o cinto e segui caminho até a rodoviária. A viagem durou cerca de 5 horas de avião e 2 horas de iate. Eu até pensei em ir para a casa na floresta, mas aqui na ilha será melhor. Enquanto a Xavier dormia, eu olhava para ela de canto de olho e quando chegamos na casa, ela ficou surpresa ao ver que a cabana era bem organizada, limpa e bela.

— Eu amei vim aqui, obrigada...— Sorri.

— Por nada.

Fui para o quarto. A cabana era grande, mas só tinha um quarto e um banheiro, pois eu sempre vim aqui sozinho e não achei necessário mandar construir uma cabana com vários quartos. Coloquei as coisas dela perto da cama e arrumei as minhas no closet, peguei uma toalha e um conjunto de roupa para inverno.

Aqui faz muito frio durante a noite, então eu sempre trago casacos o suficiente para esta ocasião. Ao sair do banheiro, eu notei que a Xavier ainda não havia comparecido no quarto para arrumar as suas coisas.

Ao sair do quarto eu a vi sentada perto da praia, enquanto olhava para a lua cheia. Me aproximo dela com cautela e brinco, tentando puxar assunto.

— Está querendo se transformar Xavier? — Brinca.

— Ahn? — Ri — Aqui é muito lindo pela noite, mas o frio é grande também! — Exclama ao se levantar.

— Irei tomar um banho, você deve estar faminto, não é?

— Sim, mas deixe o jantar por minha conta. Hoje será o seu dia de laser, Xavier.

Xavier sorriu, concordou com a cabeça e começou a andar. Eu levantei e a puxei pelo braço, colei os nossos corpos e lhe roubei um beijo demorado e molhado.

— Espero que você não fuja de mim Xavier, pois essa semana eu irei te consumir por inteira! — Morde a orelha dela.

Saiu na frente e sinto aquele mesmo aperto no peito. Eu não quero matar a Xavier, mas sei que posso correr o risco de perder totalmente a minha sanidade por causa dela.

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Comments

Marianna Cantanhede

Marianna Cantanhede

manda mais capítulos faz tempo tô esperando

2024-08-24

1

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