Capítulo 10

Xavier a narrar

Para um homem bonito como o Murilo, ele é bem carrancudo. Eu as vezes me pego a pensar nele, sem roupa, sem nada para cobrir o belo físico que ele tem. Só de lembrar que eu coloquei a minha boca no pau dele, o meu corpo arrepiou todinho. Eu nunca pensei que algo assim aconteceria entre nós..

Olho para o Murilo com intensidade, eu necessito saber o que se passa na cabeça dele neste exato momento. Será que ele pensa em mim? Ou no nosso ato íntimo?! Aa são tantas perguntas sem uma resposta!

Eu não consigo entendê-lo, uma hora ele trata-me com carinho e outra hora estar-me tratando com frieza...

— Por que está me encarando, Xavier?

Estremeci ao ver que o Murilo havia notado o meu olhar guloso sobre ele. Sinto o meu rosto ficar quente e logo trato de procurar um assunto para falar com ele. Ao explorar as minhas lembranças, eu lembro que ele me prometeu uma viagem quando eu saísse do hospital. Eu tenho certeza que ele nem deve se lembrar mais dessa promessa tosca.

— Você lembra...da viagem que me prometeu?

Murilo cerra os olhos, alisa a sua bela barba e nega com a cabeça. Eu tinha certeza, ele não tinha reais intenções em levar-me para sair, esse filho da puta!

— Uhm...— Desvia o olhar.

Eu não irei confiar em você tão fácil assim Murilo, se você pensa que eu serei levada fácil para a sua cama, você estar muito enganado! Tenho certeza que ele estava a ser bonzinho comigo por causa desta opção, ele quer me comer e depois vazar, como se nada tivesse acontecido. Eu não irei dormir assim tão fácil com ele, eu não posso ser fraca e dar motivos para ele me humilhar!

— Se quiser, podemos marcar uma viagem para o próximo mês. — Diz Murilo, tentando achar um jeito de agradar Xavier.

— Não, deixa para lá. Você é um homem ocupado, deve ter muitas coisas para fazer ainda! — Diz séria.

— Suspira — Vamos tentar nos acertar Xavier. Somos um casal, querendo ou não. Temos que agir como um casal, principalmente na frente do Luan. Ele está interessado em você, eu realmente não quero ser visto como o corno do ano! — Diz firme.

Eu não entendo o Murilo, ele é difícil de decifrar e de entender! A alguns dias atrás ele nem me queria por perto, mas agora, ele toca-me, beija-me e age como se fosse o meu dono. Eu não tenho dono, não sou um objeto e muito menos um animal para ter um dono e ele precisa entender isso!

— Olha Murilo, eu realmente não sei o que você estar a planejar para mim— Se levanta — Mais eu sei que você não é confiável, você pode enganar o meu pai— O encara com fúria — Mais a mim, você não engana!

Murilo sorri, ele cruza os seus braços e fala sendo óbvio.

— Eu não estou planejando nada Xavier, não viaja tá legal? — Molha os lábios — Se eu quisesse fazer algo contra você, você não estaria a respirar neste exato momento! — Afirma a ficar de pé.

— Pare com as suas paranoia e acorde para a vida, criança! — Sai da cozinha.

Sinto-me horrível, nojenta e tudo mais. Talvez eu esteja errada ao pensar que ele conseguiria tentar algo contra mim, mas o meu subconsciente não deixa que eu confie nele!

Após aquela conversa nada legal, eu deitei na minha cama, chorei por alguns segundos e adormeci logo depois. Acordei por volta das três horas da tarde, suspirei e lembrei que teria que ir à empresa do meu pai. Levantei, tomei um banho gelado e comecei a arrumar-me. Coloquei um vestido vermelho colado que ia acima do meu joelho, uma bota combinando e peguei a minha bolsa.

Saio do quarto e sei que o cheiro do meu perfume com fragrância de morango está em toda parte da casa. Assim que eu desço as escadas, eu fico paralisada com a cena nojenta que eu vejo. A Débora estava aos beijos com ele, sim, o Murilo. Passei por eles com elegância e ouvi quando ela perguntou:

— Você me perdoa?

— Não, agora vá embora.

— Mais...eu te amo...

— Você deixou claro que não queria mais. Eu errei indo atrás de você, mas isso não se repetirá. Suma da minha frente, Débora!

Ela passou por mim aos prantos e o Murilo olhou-me. Eu revirei os olhos e o mesmo segurou no meu braço.

— A onde você vai? — Pergunta com dificuldade.

Murilo estava ofegante, ele parecia estar arrasado mais não queria demonstrar.

— Eu tenho que te dar satisfação agora? — O encara.

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