Capítulo 15

...MURILO A NARRAR...

Ao amanhecer, eu estava pronto para ir para o trabalho quando recebi uma mensagem da Carlota. Suspirei e li a mensagem pela barra de notificações. Ela havia enviado uma foto de um freio cortado, e uma mensagem de texto.

"Carlota ( Ratazana ): Esse foi o meu terceiro aviso. O quarto poderá ser evitado, Murilo! "

Não respondo e guardo o meu celular. Terei que começar a trabalhar para fuder com ela. Ela tem que começar a pensar antes de tentar me atingir! Saio da mansão e vou direto para a minha empresa. Ao chegar lá, eu mando uma mensagem para o Thomas e mando ele procurar um hacker para poder desviar alguns dólares da Carlota. Eu sei que ela ama dinheiro e essa será a minha forma de vingança.

Ela irá pagar por tudo, se ela fez o Edgar perder mais de 40 milhões de dólares, ela também pode perder alguns dólares para sentir a mesma dor e decepção que ele sentiu.

XAVIER A NARRAR

Presa em pensamentos, eu não percebo a hora que o Luan juntou-se a mim para tomar café. Murilo está a tomar todo o meu tempo, ele sempre perturba os meus sonhos e pensamentos. Ao lembrar do nosso beijo picante, o meu corpo se arrepiou por completo e eu rapidamente mexo a minha cabeça em negação.

Esses sentimentos não podem aumentar, eu não posso confiar no Murilo! Ele ficou agindo estranho depois que eu contei tudo o que o Eduardo fez a mim, na sua face estava nítida que ele não acreditava em mim. Suspiro e logo olho para o Luan, que agora está a me encarar também.

— Está a sentir alguma dor? — Pergunta preocupada.

Luan negou com a cabeça e sorriu, um sorriso lindo e galanteador. Ele é realmente lindo, mas a sua beleza não me atinge.

— Foi só o Murilo. Ele...ele se desculpou comigo ontem a noite. — Diz perplexo.

Engasgo com o café e olho para o Luan incrédula. Ele estava chocado também e parecia não acreditar no que ele acabou de falar. Também é raro o Murilo pedir desculpas, ele sempre foi carrancudo e não é de se admirar o seu espanto.

Eu queria poder testemunhar o seu pedido de desculpas, confesso que adoraria vê-lo se desculpar!

— Você está falando do Murilo? O Murilo mesmo?! O nosso Murilo?!

Pergunto ainda incrédula. Eu estou em estado de choque!

— Sim Xavier, ele mesmo. Eu também não acreditei, mas ele realmente se desculpou comigo!

Nós dois rimos e então ele puxou assunto comigo, tentando de algum modo não deixar o papo morrer.

— Você tem planos para hoje? — Bebe um pouco do chá.

— Infelizmente não, faz tempo que eu não tenho o que fazer. — Diz chateada.

— Vamos sair para comer besteira?

— Claro, eu adoraria!

Eu preciso sair para esvaziar a mente, ficar presa o dia todo aqui está me deixando doente. Termino de tomar café e o acontecimento da noite anterior invadiu os meus pensamentos com força. As lembranças dos beijos quentes, a pegada bruta e gostosa do Murilo eram perfeitas!

Não tem condição, ele além de ser belo. Além de ter uma voz que te faz capotar umas mil vezes ou mais, ele também sabe beijar bem e tem uma pegada bruta deliciosa! Suspiro e tento afastar os pensamentos inadequados que insistem em ficar na minha cabeça. Eu sou uma mulher decente! Vamos aquietar o fogo por hoje!

Pela tarde, eu saí com o Luan. Fomos para vários lugares e comemos até não aguentar mais. Agora, estamos na frente de uma casa de chá, esperando a chuva passar.

— Engraçado, a chuva começou do nada. — Diz Luan, a suspirar.

— Sim, não estava com indícios de que teria uma queda de chuva por agora.

Sinto o olhar do Luan no meu corpo, ele olhou-me por um momento e perguntou, tentando ser discreto.

— Você gosta do Murilo?

Olho para o Luan envergonhada. Ele não estava olhando para mim, desta vez, ele estava a olhar para o chão.

— Sim, mas não sei se isso é bom ou ruim. — Morde os lábios.

Luan segurou no meu braço, sorriu fraco e perguntou.

— Por que? Você não confia nele?

Acho que mentir não irá me ajudar em nada, eu preciso falar sobre o que eu sinto para alguém e o Luan está a ser a melhor pessoa agora. Não devo perder esta chance, ele conhece o Murilo e poderá me alertar se a escolha de amar o Murilo for errada.

— Não, eu não consigo me sentir segura ao lado do Murilo. Ele age tão estranho comigo, que me confunde e eu só consigo me afastar dele. As vezes eu penso se amar o Murilo...estar a ser uma boa escolha. — Diz com o olhar distante.

— Ele sempre foi assim, o Murilo nunca foi fácil de decifrar. — Diz Luan, com um olhar diferente, um olhar triste e confuso.

— Vocês...eram amigos antes?— Muda de assunto.

Eu preciso saber um pouco mais sobre a infância deles, talvez esta seja uma boa maneira de saber como o Murilo era antes de se envolver nos meus problemas.

— Não, mais era bem mais fácil aturar a presença um do outro. — Sorri — Eu sempre tive inveja do Murilo, ele sempre demonstrou ser forte até nos momentos difíceis.

— Entendo...

Luan pega um pedaço de doce e come. Eu o imito e acabamos tendo uma competição. Ao anoitecer, estávamos voltando para casa. Estávamos cansados, mas felizes pois o nosso dia tinha sido maravilhoso. Estávamos num papo legal, quando um carro parou ao nosso lado e um homem mascarado começou a atirar na nossa direção. Luan puxou-me para trás e começamos a correr desesperadamente. Aquele carro começou a andar e estávamos quase chegando numa loja quando um carro de polícia chegou.

Vimos os caras dar a ré e ambos saíram dali numa velocidade impressionante. Eu estava trêmula e o Luan estava abraçado-me com força. Haviam algumas pessoas feridas no chão e eu só conseguia chorar nos braços do Luan. Porquê fazem isso? Eu não tive culpa nenhuma pela morte do Eduardo!

Luan colocou-me sentada numa cadeira. Ele pediu um copo de água com açúcar a atendente e rapidamente ele segurou na minha mão.

— Você não se machucou né? — Olha para o corpo dela.

— Não...Luan, será que foi ela? A mãe do Eduardo que mandou esses homens para me matar? — Chora.

— Eu não sei, mas podemos supor que sim...

O Luan está a esconder algo de mim, eu posso sentir isso! O encaro por um tempo mas depois olho para o copo de água que a moça trouxe para mim. Bebo toda a água de uma vez só e tento esquecer o fato do Luan estar a esconder algo de mim.

Assim que chegamos em casa, o Luan foi repreendido pelo Murilo. Ele estava irritado devido ao fato de eu ter corrido um grande risco lá fora. Apavorada pela discussão dos dois, eu abracei o Murilo por trás e pedi desculpas enquanto as minhas lágrimas molhavam a sua camisa.

— Não brigue com ele...por favor Murilo! A culpa foi minha, eu só queria me divertir...eu esqueci que poderia estar a correr um grande risco lá fora. Não culpe-o…— Pede entre lágrimas.

— Vocês foram irresponsáveis! Poderiam ter morrido...

Murilo mandou o Luan sair do quarto e então ele me abraçou com força e cheirou o meu cabelo.

— Nunca mais faça isso, okay? Você nos deixou preocupados! Está passando em todos os jornais esse tiroteio. O seu pai até me ligou e eu disse que você estava dormindo, já que eu não quis deixá-lo preocupado — Suspira — Tome um banho e desce para comer, você vai precisar se alimentar adequadamente.

— Por que cuida tanto de mim? Nós dois sabemos que você não gosta de mim...então...

Murilo calou-me com um beijo. Ele segurou na minha cintura e puxou-me para cima da cama. Eu suspirei ao sentir a sua língua entrelaçar a minha fazendo curvas deliciosas na minha boca. Gemi ao sentir a mordida leve dele nos meus lábios, enquanto as nossas respirações se misturavam e os nossos corpos começaram a se desejar. Ele se afastou de mim e disse, antes de me deixar sozinha no quarto e cheia de fogo.

— Tome seu banho. O jantar será servido em 30 minutos.

Ele é assim, ele te confunde, depois foge sem dizer o motivo do beijo e porquê de fazer isso…

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