Paloma

Passei um final de semana incrível com Alex, decidimos desligar nossos celulares e esquecer o mundo lá fora.

Além de muito sexo, também assistimos alguns filmes, jogamos cartas e dominó, ele cozinhou para mim e devo confessar que ele cozinha muito bem.

Infelizmente hoje é segunda-feira e temos que voltar para a realidade, eu tenho que ir ao escritório, já que estou trabalhando em dois projetos, cujo os clientes são muito exigentes e eu preciso dar o meu melhor. Alex vai ter que viajar para uma das filiais do escritório, em outro estado, ele viaja muito e nessas viagens sempre leva a assistente, isso não deveria incomodar, mas o pior é que me incomoda e eu nunca fui ciumenta.

— Está entregue loira. — ele diz parando o carro, já que veio me trazer ao trabalho.

— Obrigada, bonitão. — digo e ele sorri.

— Vou sentir sua falta, minha loira. — ele sorri para mim e acaricia minha bochecha e meu coração se agita no peito.

— Também vou sentir sua falta. — digo.

— Se eu pudesse te levaria comigo. — ele diz.

— E se eu pudesse iria com você.

— Volto em duas semanas.

— Te espero.

— Vem aqui? — ele me chama e eu desafivelo o cinto e monto em seu colo. — Hum... Assim fica difícil eu querer ir a algum lugar, ainda mais tendo essa b*cetinha gostosa roçando no meu p*u, que está doido para entrar nela.

— Mas antes de vir pra cá fizemos isso.

— Eu nunca terei o suficiente de você meu amor, eu sempre vou querer mais e mais. — ele diz descendo as mãos até minha b*nda e a apertando e eu sorrio.

Alex é muito intenso e nem sei como ele não havia se apaixonado antes, pois nesse nosso tempo juntos pude perceber o quanto seus sentimentos são fortes.

— Eu não queria, mas preciso mesmo ir, Caio já deve ter me xingado umas mil vezes, pois vamos juntos e já estou atrasado.

— Melhor você ir então.

— Te ligo à noite.

— Vou esperar sua ligação sem roupa. — digo e ele joga a cabeça para trás fechando os olhos.

— Assim é f*da de eu querer sair daqui.

— Mas tem que ir doutor. — digo rebolando em seu colo.

— Paloma... Não me faça perder meu réu primeiro e ser acusado de atentado ao pudor por te comer dentro desse carro em plena luz do dia e no meio da rua.

— Sabe que eu não iria achar má ideia perder o réu primário assim. — digo.

— Pede que eu fico amor. — ele diz e seus olhos azuis estão fixos nos meus.

— E seu vôo? Primeiro as obrigações Alex Alencar. — digo e ele cheira meu pescoço deixando um beijo em seguida.

— Vou mandar mensagem para o Caio ir na frente e eu vou depois, essas são as vantagens de ter um jatinho à disposição.

— Ah é! Esqueci que você é super rico, rico não! Milionário e herdeiro.

— Eu sou! Mas eu trabalho e muito, meu pai agora só quer saber de viajar com minha mãe.

— Não faz mais que sua obrigação! Seus pais já criaram e educaram vocês, nada mais justo que deixar os dois aproveitarem. — digo olhando em seus olhos.

— Isso é verdade, meus pais trabalharam muito para chegar onde estão e nos dar a vida que levamos hoje.

— Eu sei.

— Sabe?

— Sei! Patrícia me contou, ela sabe tudo da vida de vocês.

— Sua amiga é uma figura.

— Falando nela, acho que ela e meu pai estão se pegando. — digo e Alex sorri de lado. — Está sabendo de alguma coisa que eu não estou, Alex?

— Esse assunto não é meu.

— Então está sim! — digo sorrindo. — Quero só ver quando eles vão falar para mim, estou esperando ansiosamente por esse dia.

— Isso não te incomoda?

— De jeito nenhum, isso me deixa feliz. Ter duas pessoas que eu amo juntas é incrível. Meu pai é um homem bom que vai cuidar muito bem da minha amiga que precisa encontrar alguém que a ame de verdade e meu pai precisa do mesmo, então os dois são a combinação perfeita um para o outro.

— Você tem quantos anos mesmo, hein?

— Vinte e dois, porquê?

— Você é muito madura, outra garota da sua idade e no seu lugar talvez não encarasse muito bem esse relacionamento, mas você ao contrário disso, torce para que eles estejam juntos.

— Eu quero ver a felicidade das pessoas que eu amo e se ficar juntos os fizer feliz, então estou feliz também.

— Você é incrível loira!

— Obrigada.

O celular dele começa a tocar e ele o vira para mim, para que eu veja quem está ligando e é seu irmão, Caio.

— Estou chegando. — Alex diz atendendo o celular. — Ok, chego em dez. — ele diz e desliga. — Preciso ir loira.

— Tudo bem.

— Meu beijo? — ele diz e eu o beijo. — Ah! Antes que eu esqueça. — ele diz e tira uma chave com um chaveiro de coração do bolso e me entrega.

— O que é isso?

— A chave da nossa casa, você precisa ter uma, se quiser ficar lá esses dias que estou fora, pode ficar a vontade.

— Alex...

— Aceite, a casa é nossa amor.

— Você não existe homem!

— Existo sim e sou todo seu.

— Ainda bem!

— Estou indo amor.

— Boa viagem, chegando me avisa.

— Pode deixar. Se cuida.

— Você também. — digo lhe dando um selinho e saindo de seu colo.

— Espera! Vou abrir a porta pra você. — ele diz quando coloco a mão na porta para abrir.

— Ok. — digo e ele desce do carro abrindo a porta para mim em seguida.

— Não queria ir, mas preciso. — ele diz me prensando contra o carro e me beijando.

— Você é muito intenso Alex, nem sei como não havia se apaixonado antes.

— Por que eu ainda não tinha encontrado minha pessoa, que no caso é você loira. — eu sorrio.

— Aí Alex! Você dizendo essas coisas é impossível não me apaixonar por você. Quer que eu deixe seu dia mais feliz?

— Não sei se isso é possível que eu fique mais feliz do já estou, mas sim, surpreenda-me.

— Depois desses meses e de tudo que vivemos, eu tenho plena certeza de que eu amo você e que te quero sempre na minha vida. — ele me olha abrindo um sorriso.

— Você o quê?

— Te quero sempre na minha vida.

— Isso também é bom, mas a outra coisa que falou...

— Que eu amo você?

— Sim! Diga outra vez, preciso ter certeza de que ouvi bem.

— Eu amo você Alex Alencar! — mal fecho a boca ele me puxa para um beijo.

Um beijo muito intenso e cheiro de paixão, de desejo, mas principalmente cheio de amor.

— Eu preciso ir querida... — ele diz ofegante.

— Eu sei...

— Amo você Paloma.

— E eu você Alex. — ele me dá um selinho e um abraço muito forte e me olha intensamente, um daqueles olhares que enxergam até sua alma.

— Volto em duas semanas.