CAPITULO 7 O BAILE REAL.

Quando a sua majestade falou o nome da minha mãe me veio uma onda de sentimentos e curiosidade ao mesmo tempo.

—Vossa majestade conhece a minha mãe? Sabe quem é o meu pai?

— Vamos Sophie não temos tempo a rainha está a chegar.

Para a minha angústia, sou a tomada pelo braço. Lady Laura arrasta-me. Ainda com uma pequena esperança da sua majestade ao menos de longe gritar: eu conheço-a! Mas foi em vão, apenas constato nos seus olhos um desespero de ver-me partir sem ao menos ter desfrutado da minha presença.

— Lady Laura por Deus! Ele conhece a minha mãe! Então sabe a minha origem, e com certeza ele sabe quem é meu pai, e decerto o porque a minha mãe foi abandonada grávida a sua própria sorte.

— Senhorita Sophie aumente os seus passos, ainda estamos no castelo arriscando sermos surpreendidas pela rainha. Não fique alimentando falsas esperanças, talvez a sua majestade ouviu o nome da sua mãe na época que visitou o condado.

— Não Lady Laura, ele disse que sou idêntica a ela, então com toda a certeza ele conhece-a.

Entramos na mesma carruagem que nos trouxeram outrora. De certa forma a descoberta que o rei conhece a minha mãe fez-me apagar o medo daquele momento e a primeira vez que sinto uma fração de alegria no meu tão certeiro destino. Sou tirada dos meus pensamentos pela Lady Laura.

— Ficará em uma das minhas propriedades, e para todos os efeitos é a minha prima da parte do meu falecido pai.

— O que irá dizer para os seus pais ao meu respeito?

— Os meus pais morreram senhorita, moro somente eu e o meu irmão mais novo.

— Os meus sentimentos, senhorita, mas quem cuida das suas propriedades e dos seus negócios.

— Eu mesmo senhorita Sophie, uma mulher consegue reger os negócios com tanta eficiência quanto um homem, ela tem inteligência para isso.

— Eu tenho total certeza disso, é um milagre a sociedade não ter obrigado a senhorita a casar-se para controlar os seus bens sabemos que uma mulher sozinha não tem direito nenhum.

— Até tentaram, mas eu sou a prima de primeiro grau da sua majestade, quem ousara falar da minha honra? Não quero casar-me estou bem sem homens.

— Tem a minha admiração Lady Laura os meus parabéns é uma mulher corajosa que faz o seu próprio destino.

 Assim que chegamos fomos recebidos com muita alegria por seus empregados, todos a recebeu com muita saudade, ela era muito amável com todos. Uma senhora a abraça forte e até chorou de alívio, pois ela havia chegado bem.

— Dolores eu estou bem! Para de chorar foi uma viagem de negócios, e também aproveitei para visitar alguns parentes da parte do papai, e trouxe a minha prima para morar connosco, conheça a Sophie de Montserrat Montreal.

Eu a olhei  assustada tentando entender de onde saiu este Montreal, ela apenas  faz sinal para eu concordar com tudo, então a senhora que chorava apenas diz:

— Ela é filha daquela irmã do Marques que moro no reino do sul?

— Isso Dolores! É ela mesmo.

— Mas está diferente, muito linda! Laura porque chegou tarde assim? De madrugada! Sabe que viajem a noite é perigosa!

— Eu sei Dolores, mas surgiu alguns imprevistos e contratempos no caminho e só conseguimos chegar agora.

— Vem Laurinha descansar, o seu quarto está pronto vou preparar um quarto para a moça agora mesmo.

A Lady Laura se aproxima de mim e diz:

— Para todos os efeitos a senhorita é a filha da tia Amélia que é irmã do papai, o sobrenome deles é Montreal no final.

— E se alguém perguntar a origem do nome Montserrat o que eu vou responder Lady Laura?

— Vamos parar com estas formalidades de títulos, afinal somos parentes, me chame Laura e eu a chamarei Sophie, diga que a sua mãe gostava deste nome e resolveu colocar em você por elegância.

— Está bem Lady, desculpe Laura, entendi tudo perfeitamente. Quero agradecer-lhe por tudo que faz por mim, com toda a minha alma sou-lhe grata.

— Tudo bem Sophie, eu estou feliz em ajudar-lhe é uma jovem muito pura e eu gosto disso, agora vamos tentar dormir antes que o sol apareça.

Fomos deitar, eu cair naquele (cama)como uma pedra. Acordei pensei está cedo, levanto-me arrumei-me como de costume e sair dos meus aposentos. Fico encantada com a beleza do lugar, ouço barulho de vozes então eu segui o barulho e cheguei na cozinha, onde havia um rapaz e parece que está a almoçar eu cumprimento-os:

— Bom dia!

O Rapaz sem olhar para mim diz:

— Bom dia! A senhorita que dizer boa tarde! Pois, já passa do meio-dia, Dolores eu não sabia que a minha irmã havia trazido visita

e que bela visita!

—Cavalheiro deve ser o irmão da Laura, julguei ser uma criança! Mas vejo que é adulto, eu sou a sua prima por parte do seu pai, me chamo Sophie.

Enquanto isso Laura se aproxima e repreende o irmão, querendo saber onde ele estava quando chegamos enquanto a descuçao dos dois seguia calorosa uma das suas servas disse que havia um mensageiro do rei procurando por ela.

— Mande o entrar já irei recebê-lo.

Na verdade, se tratava do convite para o baile real que não era novidade para nenhuma de nós duas, pois a ideia de tal baile veio da Laura.

Os dias avançava rapidamente. Aquela semana com eles foi muito divertida. A Laura é uma mulher admirável e inteligente, as vezes eu até me esquecia o que me aguardava, o seu irmão é um pouco sem juízo mas era muito carioso e respeitador.

E então o dia do baile chegou, eu acordei nervosa e com uma disputa dentro de mim, parte de mim queria ver o rei e saber tudo sobre a minha mãe, mas ao mesmo tempo não quero vê-lo, pois sem que terei que cumprir as minhas obrigações como uma concubina.

Nos arrumamos para o baile com muita elegância e esbanjando beleza. Laura havia me ensinando muito e também me aconselha com muita sabedoria então ela chama a minha atenção para as últimas instruções:

— Não olha nos olhos dos cavalheiros por muito tempo, não rir descontroladamente, seja bem reservada, preserve aquele ar de mistério que nós mulheres temos, aja conforme a dama que você é. Também a sua majestade pode não gostar que algum cavalheiro tome certa liberdade com a sua pessoa.

Eu escuto cada um dos seus conselho e guardo para mim, não quero ser alvo de falatórios na alta sociedade. Decidimos partir em direção ao palácio. Derrepente somos alcançadas pelo irmão da Laura:

— As damas iriam partir sem mim?

— Onde esteve que sumiu o dia inteiro? Como pode ser tão irresponsável, eu não quero que vá conosco, é uma péssima companhia.

— Irmã pense bem será ótimo a sociedade perceber que tem um irmão adulto e que você não está só, então terá mais respeito ainda pela a sua pessoa.

— Pessoa adulta? Tem certeza que é adulto? As suas atitudes provam o contrário, sobe aí e se comportar como um cavalheiro.

Antes da chegada ao palácio de longe avistamos muitas carruagens ao lado norte do palácio, o clima era diferente Tudo parecia perfeito.

Descemos da nossa carruagem entramos no castelo e somos conduzidos para o grade salão de festa. Ao contemplar a formosura daquele lugar fiquei encantada exalava riqueza, de longe avistei a sua majestade em seu trono e a sua rainha ao seu lado, de longe parecia uma mulher muito bonita e parece muito simpática pensei pra que o rei quer uma concubina com uma mulher tao bela ao seu lado?

Havia um cavalheiro com voz alta e grave anunciada às pessoas que entrava no baile para a sua majestade, veio um cavalheiro perto da Laura e perguntou:

— Mileide quem é a dama ao seu lado para ser anunciada?

— Ela é a minha prima da parte do meu falecido pai o Marquês de bela vista o seu nome é Sophie de Montserrat Montreal, e este é o meu querido irmão que todos já conhecem muito bem o Pierre.

Então em alto e bom som fomos anunciados.

— Entra também a honrada Lady Laura e o seu irmão Pierre e também a sua belíssima prima Sophie de Montserrat Montreal.

Entramos fomos para perto da sua majestade e o reverenciamos. Toda a atenção fora voltada para nós. Eu me aproximo da Laura e sussurro ao seu ouvido:

— Por que todos estão nos olhando?

— O alvo é você Sophie, pois aqui eu creio que todos conhecem a mim e ao meu irmão.

A sua majestade me admirava, o seu olhar parecia sedento, a Laura pega em meu braço e começou a me apresentar a cada pessoa importante que possuía um título na alta sociedade, ela se afasta de mim por um instante.

No minuto seguinte um senhor com a aparência de uns sessenta anos ou mais eu não posso dizer ao certo se aproxima de mim um pouco apreensivo ele diz:

— Me perdoe a audácia, o seu sobrenome é mesmo Montserra? Como chama a sua mãe senhorita?

Ele falando comigo e olhando-me intensamente. As lágrimas cobria-lhe o rosto, eu peço-lhe calma e quando eu ia falar o meu nome, chegou a Laura:

— Perdoe-me Cavalheiro! Mas tenho que apresentar a minha prima, a sua majestade, ele está ansioso para conhecê-la.

Eu queria saber o que aquele senhor sabe sobre mim, mas não tive a oportunidade. Logo depois eu estava frente a frete da sua majestade, eu reverencio-o ele levanta-se e se aproxima.

— Vossa majestade está é a minha prima Sophie de Montserrat.

A sua majestade beija a minha mão olhando com intensidade, der repente a rainha se aproxima:

— Olha se não é a querida prima do meu marido! Quem é a moça ao seu lado querida?

— Está é a minha belíssima prima Sophie, e a sua majestade, o rei, acabou nos fazer um convite para passar uma temporada aqui no Palácio, com a Sophie e é claro que eu aceitei, só esperamos a resposta da minha prima, você aceita Sophie?

Eu queria dizer não! Mas não tenho esta opção então eu digo-lhes:

— Eu aceito! Será uma honra passar uma temporada neste lindo palácio, muito obrigado pelo convite vossa majestade.

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